Sarajevo (RV) – Depois de celebrar a missa no estádio de Sarajevo, o Papa Francisco foi até a Nunciatura Apostólica, para almoçar com os seis Bispos que compõem a Conferência Episcopal da Bósnia-Herzegóvina.
De lá, o Pontífice iniciou seus compromissos da tarde na Catedral de Sarajevo, para a celebração da palavra com sacerdotes, religiosos e seminaristas.
Testemunhos comoventes
Antes da homilia, Francisco ouviu três sobreviventes da guerra que devastou a região dos Bálcãs de 1992 a 1995: um franciscano, um sacerdote diocesano e uma religiosa. Três consagrados que narraram ao Papa momentos dramáticos em que foram torturados devido à fé, mas nela encontraram a força para superar o trauma.
O franciscano Jozo Puskaric recordou com essas palavras o dia 14 de maio de 1992, quando policiais servos invadiram a casa paroquial e o sequestraram: “Aos 40 anos, transcorri quatro meses no campo de concentração. O tempo ali não se conta em meses, mas em dias, horas e segundos. Os dias eram muito longos porque eram repletos de incerteza e de medo. Cento e vinte dias foram como 120 anos ou mais. Vivemos em condições desumanas! Sofremos por todo o tempo a fome e a sede, sem as mínimas condições de higiene, diariamente maltratados fisicamente, agredidos, torturados com vários objetos”. O frade concluiu: “Depois da difícil experiência da guerra, com São João Paulo II, também eu posso bradar: Guerra nunca mais”.
Discurso improvisado
Ao tomar a palavra, Francisco disse que, ao ouvir os testemunhos dos religiosos, não poderia ler o discurso preparado e que sentia a necessidade de falar espontaneamente.
“ Os testemunhos falavam por si e esta é a memória de seu povo. E um povo que esquece a sua memória, não tem futuro”, disse. O Papa então foi enfático: “Queridos irmãos e irmãs, vocês não têm direito de esquecer a sua história. Não para se vingar, mas para fazer a paz”.
O Papa confessou que algumas das palavras ouvidas ficaram em seu coração, em especial a palavra “perdão”. “Um homem que se consagrada ao serviço do Senhor e que não sabe perdoar, não pode exercer esta missão”, disse Francisco. “Perdoar quem tem ciúme é fácil, mas quem nos tortura, nos ameaça, isso é difícil. E eles o fizeram e pregam que se continue fazendo.”
Outra palavra que marcou o Pontífice foi o relato dos dias no campo de concentração: “Quantas vezes o espírito do mundo nos faz esquecer esses nossos antepassados, seus sofrimentos. Aqueles dias foram contados em minutos, porque cada minuto é uma tortura. Viver todos juntos, sujos, sem alimentação, sem água, com o calor e o frio, e isso durante tanto tempo. E nós que nos lamentamos quando um dente nos machuca ou que queremos a televisão no nosso quarto ou que falamos mal do superior ou da superiora quando a refeição não é boa”.
Caricaturas
O Papa exortou: “Não esqueçam, por favor, dos testemunhos de seus antepassados. Pensem quanto sofreram essas pessoas e vivam uma vida digna da cruz de Jesus Cristo. Freiras, sacerdotes, bispos e seminaristas mundanos são uma caricatura. Não servem. Não têm memória dos mártires. Perderam a memória de Jesus Cristo crucificado. Nossa única glória”.
Crueldade
Para Francisco, os testemunhos ouvidos relatam histórias de crueldade. “Hoje, nesta guerra mundial, vemos tantas, tantas crueldades. Façam sempre o contrário da crueldade, tenham atitudes de ternura, de fraternidade, de perdão e carreguem a cruz de Jesus Cristo. A Santa Mãe Igreja os que assim: pequenos mártires, pequenas testemunhas da cruz de Jesus".
Em sua saudação ao Pontífice, o Arcebispo de Sarajevo, Card. Vinko Puljic, traçou o perfil da Igreja local, que “antes da guerra foi uma fonte de vocações à vida consagrada”. Como consequência do conflito, muitas famílias abandonaram a região e atualmente se registra no país uma queda de vocações. No total, a Igreja bósnia conta 509 religiosas, 578 sacerdotes e 280 paróquias.
(BF)
http://br.radiovaticana.va/news/2015/06/06/religiosos_relatam_ao_papa_torturas_sofridas_durante_guerra/1149681
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
Meus irmãos,
nascemos para sermos diferentes. Não por presunção, mais por vocação. Deus
estar dentro de nós. E, se ele nos habita, não somos iguais aos que estão no
mundo. Não que sejamos melhores que eles. Não somos melhores. Todos somos
irmãos. O que nos diferencia, é Deus que nos habita. Basta entender quem somos,
e de onde viemos, e para onde vamos. Sabendo de tudo isso, vamos perceber que a
nossa vida pode e deve ser diferente.
A cada
segundo, vou morrendo de amor pela Igreja de Jesus. Sei, e estou seguro que a
Igreja Católica, repousa a verdade que é Cristo Jesus. É essa verdade, que o
mundo não aceita. E não aceita, porque já estar mergulhado no pecado, escravo
dele, e aliado com as mentiras do diabo.
“ Os testemunhos falavam por si e esta é a
memória de seu povo. E um povo que esquece a sua memória, não tem futuro”. Papa
Francisco. O Papa então foi enfático: “Queridos irmãos e irmãs, vocês não têm
direito de esquecer a sua história. Não para se vingar, mas para fazer a paz”.
Um povo sem memoria, não tem futuro. Temos que fazer memoria do nosso
povo. Temos que olhar a nossa historia e ver o que podemos mudar. E mudar para
melhor. Não podemos ser como os outros são do ponto de vista negativo. O pecado
nos destrói, nos divide. E temos que saber que, vamos passar dessa vida, e
vamos tão logo, estar diante de Deus, e de lá, vamos prestar contas de nossa
vida.
Nascemos para sermos diferente. Quando há um esquecimento, um
distanciamento da verdade do nosso povo, Deus nos chamou quando inda éramos
apenas um esboço, um sonho de Deus que nos deu a vida e nos chamou a ser e a
fazer tudo diferente.
Nessa vida, não estamos sozinhos, ou caminhamos sozinhos. Deus estar
conosco. Jesus Cristo homem passou por tudo o que passamos, porque assumiu a
nossa vida, e dela deu um novo sentido. O sentido do amor, do perdão, da
solidariedade, de Santidade.
Há uma necessidade de sermos diferentes. Vejam como é que estar esse
mundo. Há uma necessidade de uma resposta diferente. Olhamos ao nosso redor, e
vemos o grito das circunstâncias que nos chama, nos acorda para buscar levar a
Cristo o nosso modelo de vida.
O Papa confessou que algumas das palavras ouvidas
ficaram em seu coração, em especial a palavra “perdão”. “Um homem que se
consagrada ao serviço do Senhor e que não sabe perdoar, não pode exercer esta
missão”, disse Francisco. “Perdoar quem tem ciúme é fácil, mas quem nos
tortura, nos ameaça, isso é difícil. E eles o fizeram e pregam que se continue
fazendo.”
Se, acreditamos realmente em Deus e o amamos e o adoramos como Senhor de
tudo e de todos, não nos cabe agir da mesma maneira. É difícil dá perdão a quem
nos ofende. Mas, pensemos que, a natureza humana, além de ser fraca e miserável,
muitas delas, não conheceram o verdadeiro amor. Muitas delas, não tiveram essa experiência
de amor verdadeiro. Suas reações negativas são sinais da falta de amor que não
tiveram. São responsáveis sim, pelos seus atos. Mas, mesmo assim devem receber
de cada u de nós, o perdão e o amor, como Cristo nos deu na Cruz.
Outra palavra que marcou o Pontífice foi o relato
dos dias no campo de concentração: “Quantas vezes o espírito do mundo nos faz
esquecer esses nossos antepassados, seus sofrimentos. Aqueles dias foram
contados em minutos, porque cada minuto é uma tortura. Viver todos juntos,
sujos, sem alimentação, sem água, com o calor e o frio, e isso durante tanto
tempo. E nós que nos lamentamos quando um dente nos machuca ou que queremos a
televisão no nosso quarto ou que falamos mal do superior ou da superiora quando
a refeição não é boa”.
Caricaturas
O Papa exortou: “Não esqueçam, por favor, dos
testemunhos de seus antepassados. Pensem quanto sofreram essas pessoas e vivam
uma vida digna da cruz de Jesus Cristo. Freiras, sacerdotes, bispos e
seminaristas mundanos são uma caricatura. Não servem. Não têm memória dos
mártires. Perderam a memória de Jesus Cristo crucificado. Nossa única glória”.
Essa primeira abordagem do Papa em nos ajudar a refletir sobre o
sofrimento de nossos antepassados, e ver neles a firmeza de tudo suportar por
amor de Deus, vai em confronto as pequenas contrariedade de nossa vida, na
qual, não aceitamos, resmungamos, murmuramos. Verdadeiros homens e mulheres
fortes, que resistiram a tudo, sabendo perdoar e não se vingando. Há uma
necessidade de mudança de olhar. A começar por mim: Antes de reclamar da vida,
das contrariedades, olho para o Cristo sofredor que tudo suportou por amor a
mim. Olho para o povo de Deus, os que agora padecem de todo mal, não desistem
de viver, de crer em Deus. Um povo que não se dobra, mesmo diante da morte. É firme
e fiel.
Não podemos ser uma caricatura, uma mentira, um mais ou menos. A vida,
não irá mudar porque tenho medo de vivê-la. Se, tenho medo, e isso é normal,
mais esse medo não me leva a confiar em Deus, a vida me triturar, vai me mudar
negativamente. O mundo precisa de Paz, Paz real que é Jesus Cristo. Jesus
Cristo é Rei e Senhor de nossa vidas, e Ele deseja se fazer presente em nossa
vida. Pois, Ele é o perfeito modelo que buscamos.
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