Ele mesmo responde: Desejando sempre a Deus! Se tu O desejas, tu rezas...
Eis um pouco de um outro texto de Agostinho, tratando do mesmo tema:
“Em Tua presença estão todos os meus desejos.
Teu desejo é tua oração; e se o desejo é contínuo, contínua é tua oração.
Se não queres interromper a oração, não cesses de desejar. Teu contínuo desejo é tua contínua voz.
Calarás se desistires de amar. Quais são os que calaram? Aqueles dos quais foi dito: ‘E pelo crescimento da iniquidade, o amor de muitos esfriará’.
Esfriamento da caridade é o silêncio do coração;
ardor da caridade é o clamor do coração.
Se a caridade sempre permanece, sempre clamas;
se sempre clamas, sempre desejas;
se desejas, lembras-te do repouso”.
Então, caro Amigo meu, é preciso compreender o sentido profundo de tal percepção: a vida toda do homem faz-se oração quando ele todo tende para Deus, seu repouso; quando ele, consciente de que é finito, incompleto e sedento do Infinito, faz de toda a sua existência um caminho para o Senhor, no qual repousará seu coração.
Aí, sim: o homem vive na sua própria verdade! Não rezar, não desejar o Senhor, não tender para Ele, é viver numa mentira, numa ilusão, porque, queiramos ou não, desejamos a Deus quando desejamos a vida...
Nunca poderemos fugir de Deus, a não ser, como diz o Santo Doutor nas Confissões, fugir Dele manso para encontrá-Lo irado).
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
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