“Se a gente entende que o nosso inimigo principal é a classe média, nós vamos ter de decidir o que vamos fazer com ela: se vamos exportar para Miami ou se vamos fuzilar.”
A declaração, que chocou os participantes de uma palestra na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), na última quarta-feira (26), partiu do secretário do movimento popular socialista Brigadas Populares, Sammer Siman.
A reportagem sobre essa declaração foi publicada na edição desta sexta-feira (28) no jornal A Tribuna, assinada pelo repórter Vitor Carletti, da editoria de Política.
O grupo a que Sammer pertence apoiou a Presidente contra Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições presidenciais do ano passado. No primeiro, apoiou Luciana Genro (Psol).
Um áudio da palestra de Sammer na Ufes, em que foi apresentado o perfil socioeconômico dos manifestantes que foram às ruas no último dia 16 pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, confirma a declaração.
Antes de sugerir o fuzilamento da classe média, Sammer disse o que País precisa de outro projeto. “Se a gente pensa que é necessário recompor um projeto de nação, isso passa por recompor um projeto geral de sociedade”, disse, na ocasião.
Em entrevista a A Tribuna, Sammer afirmou ter sido mal interpretado: “A declaração foi em um contexto irônico porque há uma ausência de projeto de País.”
Apesar da declaração considerada radical pelos que foram à palestra, Sammer disse que o apoio ao governo Dilma não é incondicional. “Não sou contra a classe média e não estava defendendo o governo Dilma. O governo condena a classe média, enquanto deixa imunes os segmentos dominantes”, garantiu.
A sugestão de atacar de forma radical aqueles que querem a saída de Dilma da presidência não é novidade. Neste mês, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e o presidente da Câmara de Porto Seguro (BA), Élio Brasil (PT), declararam disposição para “pegar em armas” para defender o mandato de Dilma, se a oposição insistir no discurso de impeachment.
Ouça o trecho da fala de Sammer durante a palestra no qual ele fala do fuzilamento da classe média:
http://www.redetribuna.com.br/online/noticia/5453/politica/grupo-pro-pt-sugere-fuzilar-a-classe-media?ref=yfp
Ato na Avenida Paulista tem tumulto e boneco inflável de Lula é esvaziado
Organizadores do ato com o boneco inflável do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário decidiram terminar o protesto deste domingo (30) na Avenida Paulista antes do horário pretendido depois que um grupo de apoiadores do governo foi à avenida para confrontar a manifestação. O boneco foi inflado às 11h e seria desmontado às 15h, mas o tumulto fez os organizadores mudarem de ideia. O boneco foi esvaziado às 13h55.
A Polícia Militar precisou fazer um cordão de isolamento para separar os dois grupos. Com ânimos acirrados, o grupo contra o boneco gritava "Não vai ter golpe" e chamavam os manifestantes de "fascistas". Com bandeiras do Partido dos Trabalhadores, eles pediam para o boneco ser demontado.
O grupo que organizou o ato, por sua vez, falou para os petistas irem protestar em outro lugar e afirmando que têm posições diferentes. Acusaram ainda os petistas de estarem recebendo R$ 50 para ir ao local. Antes, eles haviam discutido com um casal que se manifestou contra o boneco.
Os petistas comemoraram quando o boneco foi esvaziado e gritaram o nome de Lula. "Era para ficar mais tempo, mas não queremos conflitos", disse Heduan Pinheiro, de 34 anos, integrante do movimento Brasil Melhor e é um dos responsáveis por trazer o o boneco para Avenida Paulista.
"Vamos encerrar em respeito aos cidadãos. Vimos que em São Paulo não dá para se manifestar livremente. Mas se voltarmos a nos manifestarem aqui, estaremos muito mais preparados", completou.
Mesmo após o boneco ser esvaziado, a discussão entre os dois grupos continuou. Por volta de 14h40, os manifestantes levaram o boneco embora e a multidão começou a dispersar. O boneco inflável de 12 metros de altura e 500 kg com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com roupa de presidiário foi montado na manhã deste domingo na Avenida Paulista, na região central de São Paulo. Os organizadores do ato contra o ex-presidente e o governo federal levaram grades e contrataram seguranças particulares para proteger o boneco de atos de vandalismo, como o ocorrido na sexta-feira, quando o boneco foi furado por uma mulher que era contra o protesto.
Os organizadores colocaram o Hino Nacional em um alto falante enquanto desenrolavam o boneco de plástico para começar a encher de ar. O boneco foi inflado em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal. A Avenida Paulista não foi fechada para veículos, como aconteceu no domingo passado.
Algumas pessoas protestaram contra a presença do boneco na Paulista. "Esse movimento é fascita", disse o professor universitário Adrian Carlo, de 51 anos. "Eu penso que é uma campanha de manipulação. Por que o Lula e não o José Dirceu? As pessoas gritam e não argumentam. Elas não querem se informar."
O boneco chamado de Pixuleco já havia aparecido na sexta-feira em dois pontos da capital, na Ponte Octávio Frias de Oliveira, a Ponte Estaiada, na Zona Sul, e na frente da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá. Na tarde de sexta, a presença do boneco causou tumulto entre manifestantes a favor e contra o ato.
Ministro é vaiado
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi abordado por manifestantes anti-governo Dilma Rousseff no início da tarde desde domingo na Avenida Paulista. Cardozo caminhava na avenida com um outro homem quando passou a ser xingado e vaiado.
Em vídeo postado pelo movimento Revoltados OnLine, Cardozo afirma que "é uma manifestação democrática e tem que respeitar o povo". Ele disse à rádio CBN lamentar quando alguns manifestantes cometem excessos.
Cardozo entrou uma livraria que fica dentro do centro comercial e os manifestantes o seguiram. A loja chegou a ser fechada por alguns instantes. Cardozo, que é frequentador habitual da livraria, se manteve tranquilo o tempo todo.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/08/paulista-tem-rixa-entre-grupos-pro-e-anti-governo-boneco-de-lula-e-esvaziado.html
No Facebook, defensores do PT incitam a violência. Os que protestam contra o governo não podem ceder às provocações
Vejam isto.
Com o estímulo da direção do PT, arruaceiros estão tentando forçar o confronto físico com os que pedem a saída de Dilma Rousseff. Vimos o que se deu na sexta-feira, em frente à Prefeitura. Um brucutu apareceu para bater nas pessoas. O Lula Inflado, apelidado de PIxuleko, sofreu um ataque com um estilete. Pessoas presentes ao protesto acusam a estudante de direito da FMU Emmanuelle Thomazielo. Ela é membro da União da Juventude Socialista, que pertence ao PC do B. Ai, ai…
“Manu”, como é conhecida, nega a agressão — o PT já assumiu oficialmente a sua defesa. Difícil é saber o que alguém com o seu perfil fazia lá, naquela hora, tão perto do Pixuleko. Pode-se inferir qualquer coisa, menos boa intenção, não é mesmo? No Facebook, a moça aparece abraçada a Lula, Fernando Haddad e Alexandre Padilha. É uma profissional da causa.
Muito bem! O Pixuleko está na Avenida Paulista, já restaurado, em frente ao TCU. Nas redes sociais, defensores do governo continuam a incentivar a violência, como vocês veem lá no alto.
Petistas e assemelhados estão estimulando confrontos de rua. Parece que os valentes não reconhecem o conteúdo do Artigo V da Constituição, que garante a livre manifestação e a livre expressão do pensamento. A tal “Manu”, uma estudante de direito!!!, deve ter arrancado essa página do seu exemplar da Carta — na hipótese de ela já ter posto as mãos em um, é claro!
Os que cobram a saída de Dilma não podem nem se intimidar nem ceder às provocações. A arruaça só interessa hoje a quem está no poder.
Por Reinaldo Azevedo
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
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