Faltavam poucas horas para a inauguração do controvertido Sínodo sobre a Família, que se estenderá até 25 de outubro, quando uma notícia bombástica perturbou profundamente a aparente serenidade dos palácios vaticanos e espalhou-se mundo afora com toda a sua carga provocatória.
O monsenhor Krzysztof Charamsa, 43 anos, professor de Teologia em vários ateneus religiosos e um dos mais elevados integrantes da Congregação pela Doutrina da Fé, revelou em várias entrevistas ser homossexual e amar um homem.
Decidiu reafirmar publicamente sua identidade de “sacerdote homossexual, feliz e orgulhoso” para chamar a atenção do papa sobre a “homofobia imperante na Igreja Católica. (...) Chegou a hora de a Igreja abrir os olhos diante dos fiéis gays e entender que a solução que propõe para eles, a abstinência total da vida amorosa, é desumana”.
A escolha de pronunciar-se na véspera do Sínodo teve evidentemente a intenção de causar repercussão midiática e concentrar o debate dos próximos dias na questão da homossexualidade.
Tentativa de condicionamento “externo” muito mal recebida pelos vértices vaticanos, que imediatamente a recusaram, convidando ao mesmo tempo o monsenhor polonês a deixar o cargo no Vaticano, onde atuou nos últimos 17 anos.
O papa não fez nenhum comentário específico, mas na homilia da missa de sábado reiterou sua postura de abertura em termos gerais: “Uma Igreja com as portas fechadas trai a si mesma e sua missão. Em lugar de ponte vira uma barreira”.
O conjunto da Igreja Católica está disposto a segui-lo? Até que ponto? As respostas, muito problemáticas, chegarão nas próximas semanas.
http://www.cartacapital.com.br/revista/871/o-amor-de-charamsa-3167.html?ref=yfp
Nota do moderador desse blog sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
AMOR. Uma
palavra linda, e fácil de ser falada. Nunca se viu tanto nesse tempo, a palavra
amor sendo usada para todos os tipos de ações, nas quais, em nada delas, possa
traduzir, ou mostrar o amor.
Deus é amor.
O humano, só poderá encontrar e compreender verdadeiramente o amor, se ele
estiver em Deus. Fora de Deus, vamos dando o nome amor, a tudo aquilo que
facilita, e alimenta a minha vontade. O amor vem da ordem de todas as coisas. No
amor, NÃO existem mentiras. No amor, existe a verdade de todas as ordens. No amor,
não são as minhas satisfações que precisam ser correspondidas. No amor, dou-me
ao outro na verdade. Quando encontro a Deus, e compreendo o que é o amor,
então, sou capaz de amar o outro com toda a minha totalidade. Amo, sem
interesses. Amo, sem mentiras, sem mascaras. Amo, e não uso. Amo, e dou a minha
vida por ele(a), mesmo que não preste. MAS, AMO, porque Deus me ama, e ama o
outro também.
Esse cidadão,
que era Padre, ele tinha total concepção acerca do que é o amor de Deus. Mas, o
amor de Deus, na ordem das coisas, na verdade, parece para muitos, algo muito
complicado, e certo demais. Queremos um tipo de “amor”, onde as minhas
vontades, estejam em plena satisfação. Mesmo que essa na desordem dos
relacionamentos. As nossas vontades, sempre estarão inclinadas para a
satisfação de nossa carne. Mas, quando conhecemos o amor de Deus, então
passamos a lutar para cada vez mais corresponder esse amor verdadeiro, e fiel.
Aliás, não estamos sempre em busca de um amor assim, para corresponder os
nossos anseios? Eis aqui um.
Esse
cidadão, NÃO desejou que fosse assim. Ele queria um “amor” que pudesse
alimentar o seu egoísmo, as suas ideias mais bizarras. O amor na forma errada,
ele contempla toda mentira. E nunca, nunca ele será pleno como se espera. Deus
não estar nele, porque ele não foi criado para ser imagem e semelhança do
Eterno. É isso que as pessoas precisam compreender. Não estamos sendo pessoas
que desejam o mal para as demais. Não. O que queremos, é formar as pessoas
sobre as suas identidades. Uma identidade, que nasceu do coração de Deus. Essa
inclinação a uma personalidade errada, coloca o ser humano em pleno conflito
com ele mesmo. Ele passa a não se conhecer como obra-prima de Deus. Ele passa a
ser um nada. Algo que se usa, e depois descarta.
Somos imagem
e semelhança de Deus. Em Deus, não desordem de personalidade. Essa mudança de
personalidade, estar na ordem cultural, ou circunstancial. Mas, isso, não nos
define. Somos o que somos, porque Deus nos criou assim. Por mais que exista a
possibilidade de muitas incisões cirúrgicas. Nada vai mudar o que somos: Homem,
ou Mulher.
Existem em nós, muitas carencias que não foram preenchidas nos primeiros anos de nossa vida . Quando há essa lacuna, temos a tendencia de buscar de forma errada, uma maneira de preencher. E, vamos assumindo personalidade, que nos ajude a esconder de nós mesmo, de quem somos de fatos. Preferimos mais as mentiras desse mundo, do que as verdade eternas. Preferimos mais a nos apegar coisas trasitorias, do que a certeza da glória eterna. As luzes da cidade, tem nos roubado de Deus. Os brilhos desse mundo, tornaram-se como cantos de sereias, a nos envolver de certa forma, para aos poucos, roubar a nossa vida.
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