BRASÍLIA — Entre 2013 e 2014, o Brasil conseguiu reduzir a taxa de detecção de novos casos de Aids e também o índice de transmissão vertical (de mãe para filho). Mas a taxa de óbitos provocados pela doença permaneceu estável, enquanto o número de jovens com Aids segue uma tendência de alta. O Brasil registra cerca de 40 mil novos casos a cada ano e estima-se que 781 mil tenham o vírus HIV. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde ontem, Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
A taxa de detecção caiu 5,5%, passando de 20,8 casos por cem mil habitantes em 2013 para 19,7 no ano seguinte. A redução na transmissão vertical foi maior: caiu de 3,1 para 2,8 para cada grupo de cem mil crianças menores de 5 anos. É raro que uma criança nesta faixa etária contraia o vírus HIV de outra forma. Já a taxa de mortes permaneceu a mesma: 5,7 para cada cem mil. Ela chegou ser de 6,4 em 2003, mas já registrou níveis mais baixos.
Entre os jovens de 15 a 24 anos, a taxa de detecção de novos casos subiu de 9,5 casos para cem mil pessoas em 2004 para 13,4 no ano passado, um aumento de 41%. Os jovens serão o grande alvo da campanha publicitária lançada ontem, que será veiculada em TV, rádio, jornal e redes sociais. Uma das mensagens diz: “Viver com HIV não é fácil. Mas eu encaro”.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, destacou que o Brasil é signatário de um acordo para que a Aids deixe de ser epidemia em 2030:
— Este é um compromisso em que não podemos falhar.
O ministério citou medidas adotadas este ano para o combate à Aids. Uma delas foi a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de permitir o registro de testes rápidos de HIV no Brasil. Os testes poderão ser comprados nas farmácias e testados pela própria pessoa que suspeita ter o vírus. Mas, segundo a Anvisa, trata-se apenas de uma triagem. O resultado, seja positivo ou negativo, precisa ser confirmado depois em laboratório.
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