Para enfrentar falta de preservativos, o Programa de Prevenção e Controle das DST/HIV/aids de Cuba recomenda, entre outras coisas, abstinência sexual
HAVANA – Em resposta a um desabastecimento de camisinhas que ocorre na cidade cubana de Pinar del Río desde dezembro, o jornal Granma, órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba fez a seguinte recomendação: “A busca de alternativas, como, por exemplo, limitar o ato sexual aos beijos, às carícias, à masturbação…”.
Intitulado Inconcebível Ausência, o texto publicado na terça-feira também recomenda a abstinência sexual diante da escassez de preservativos na região, mas não consegue desvendar as razões da falta de camisinhas.
“Ninguém sabe explicar com certeza a causa do problema”, afirma o Granma na primeira frase do artigo, escrito em estilo de reportagem. “O certo é que a falta de camisinhas tem castigado há semanas as farmácias da capital de Pinar del Río.”
A recomendação oficial pelas “alternativas” para praticar sexo seguro vem do Programa de Prevenção e Controle das DST/HIV/aids. “Não obstante, (o organismo de saúde) reconhece que no nosso país predomina uma cultura na qual o homem e a mulher têm de ter sexo com penetração para alcançar a satisfação plena”, declarou o Granma.
“De modo que é provável que a abstinência ou o que os especialistas denominam de ‘alternativas’ não resultem em opções viáveis para muitos casais, sobretudo naquelas idades em que ainda não existe total percepção dos riscos inerentes ao sexo sem proteção”, concluiu o texto.
http://internacional.estadao.com.br/blogs/radar-global/diante-escassez-de-camisinhas-havana-recomenda-alternativas/
Camisinhas são vendidas na Venezuela por R$ 2.068
São Paulo - Além das filas para compra de itens básicos, como açúcar, frango e até papel higiênico, os venezuelanos enfrentam a falta de outro produto importante: camisinha. E pior: está difícil pagar por elas, segundo publicou nesta quarta-feira a Bloomberg.
"O país está tão bagunçado que agora nós temos que esperar em fila para transar", contou um venezuelano à reportagem.
O colapso dos preços do petróleo, que representa 95% das receitas em divisas do país, agravou a falta de produtos como fraldas, desodorantes e o já citado preservativo, de acordo com o site.
As camisinhas e outros contraceptivos sumiram das farmácias desde dezembro do ano passado.
Mas, no mercado paralelo, ainda há como comprar. No site MercadoLibre, usado pelos venezuelanos para obter produtos escassos, um pacote com 36 unidades do preservativo Trojan pode ser adquirido por 4.760 bolívares, algo em torno de R$ 2068,70.
O valor corresponde a uma boa parte do salário-mínimo venezuelano, que é de 5.600 bolívares.
Algumas farmácias ainda têm preservativos e anticoncepcionais, mas os produtos não são da confiança dos consumidores. Feitos na Ásia, nem os farmacêuticos do país os recomendam.
Saúde pública
A falta de preservativos vai muito além das relações sexuais.
A Venezuela tem uma das taxas mais altas de infecção pelo vírus HIV e degravidez na adolescência da América do Sul.
"A falta desses produtos ameaça todos os programas de prevenção em todo o país", disse um representante da ONG StopHIV à Bloomberg.
Outros especialistas ouvidos pela reportagem da Bloomberg alertam para o possível aumento nos casos de mortes de mulheres que vão para clínicas clandestinas abortar.
Eles ainda lembraram do impacto econômico causado pela falta de camisinhas, já que mais jovens estariam longe das escolas e do mercado de trabalho devido à gravidez.
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/por-escassez-camisinhas-sao-vendidas-a-us-755-na-venezuela
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
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