RIO - Uma grávida que se manifestou a
favor da descriminalização do aborto numa rede social está provocando um enorme
debate sobre o tema na web. A pedagoga Gaabriela Moura, de 25 anos, que está
grávida pela segunda vez, escreveu, nesta terça-feira, um texto de apoio às
mulheres que optam por terminar a gravidez. Seu manifesto - parte de uma
campanha que tem mobilizado gestantes em torno do assunto nos últimos dias -
tem quase 22 mil “curtidas” e cinco mil compartilhamentos.
“Estou ao lado dos direitos
reprodutivos das mulheres. Eu sou totalmente favorável à descriminalização do
aborto, ao respeito às mulheres e suas escolhas e seus corpos. Sou inteiramente
solidária às minhas irmãs que são massacradas, estupradas, culpabilizadas por
suas gestações, culpabilizadas pela interrupção destas gestações. (...)
Mulheres casadas abortam, cristãs abortam, prostitutas abortam, mulheres de
mais de 40 anos, mulheres de menos idade abortam, e eu jamais vou usar a minha
gestação contra elas”, escreveu a jovem na rede social.
Enquanto uma parte dos internautas
aplaude a iniciativa, muitas pessoas com uma visão oposta à dela estão atacando
Gaabriela em sua página pessoal, deixando claro o poder de polarização do
assunto. Os comentários ofensivos estão sendo devidamente apagados pela dona do
perfil, mas a futura mãe de segunda viagem tem mantido os comentários
contrários à sua visão que não ferem sua dignidade ou de outras mulheres. A
publicação, por isso, acabou virando um espaço para debate para a questão do
aborto. Já são mais de 800 comentários em seu post
Confira, abaixo, o texto completo de Gaabriela:
“Eu passei pela experiência de
engravidar duas vezes. A primeira não foi planejada, a segunda, sim. Ambas
foram muitíssimo desejadas e apoiadas, parceiro, familiar, financeiro, todas as
nossas questões nos satisfaziam, estávamos (e estamos, afinal, estou gestando
ainda) muitíssimo felizes, empenhados e preparados física e, sobretudo,
emocionalmente.
As minhas gestações são as minhas
gestações, jamais poderia embasar decisões de mulheres, essas que suas
histórias não conheço, essas que seus desejos não conheço, essas que suas dores
e delícias não conheço, por minhas experiências felizes na gestação e
maternidade.
Estou ao lado dos direitos reprodutivos
das mulheres. Eu sou TOTALMENTE favorável à descriminalização do aborto, ao
respeito às mulheres e suas escolhas e seus corpos. Sou inteiramente solidária
às minhas irmãs que são massacradas, estupradas, culpabilizadas por suas
gestações, culpabilizadas pela interrupção destas gestações, caso tenham esses
filhos, sofram violência obstétrica, sejam culpabilizadas por péssimas
condições físicas e emocionais, rechaçadas no trabalho, crucificadas nos meios
conservadores e, muitas vezes, sobretudo se forem negras e pobres, mortas
sangrando na mão de um sistema cruel, ao coro de comemorações, em um Estado que
tem por dever ser LAICO, ou seja, não deve embasar suas políticas públicas em
aspectos religiosos.
Mulheres casadas abortam, cristãs
abortam, prostitutas abortam, mulheres de mais de 40 anos, mulheres de menos
idade abortam e eu jamais vou usar a minha gestação contra elas.
Solidariedade às minhas irmãs
mulheres”.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/gravida-apoia-descriminalizacao-do-aborto-em-rede-social-gera-debate-sobre-tema-15307305#ixzz3RXTymxrv
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Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
“Estou ao lado dos
direitos reprodutivos das mulheres. Eu sou totalmente favorável à
descriminalização do aborto, ao respeito às mulheres e suas escolhas e seus
corpos. Sou inteiramente solidária às minhas irmãs que são massacradas,
estupradas, culpabilizadas por suas gestações, culpabilizadas pela interrupção
destas gestações. (...) Mulheres casadas abortam, cristãs abortam, prostitutas
abortam, mulheres de mais de 40 anos, mulheres de menos idade abortam, e eu
jamais vou usar a minha gestação contra elas”, escreveu a jovem na rede social.
Não, essa senhora NÃO estar preocupada, e muito menos “solidaria”
com as outras demais mulheres. Nada nesse mundo, pode justificar um assassinato
de um inocente, advindo de sua própria mãe. Essa mulher, e seu discurso eivado
de ódio, pode estar inserido em feridas do passado, ou, que a mesma seja
manipulada a se manifestar dessa maneira. – Vejamos o ridículo apontamento
dessa senhora: “eu jamais vou usar a
minha gestação contra elas” – A senhora, já estar usando.
Matar um inocente, é errado, é IMORAL. O mundo, estar
manipulando as pessoas com as suas mentiras, fazendo as pessoas crerem que,
serão “felizes” se NÃO sofrerem. Uma coisa que o mundo esconde é: NÃO EXISTE
VIDA SEM SOFRIMENTO. E, se escondermos do sofrimento, cedo ou tarde ele nos
encontrará. Ninguém nessa terra, estar isento de sofrer – O sofrimento, é fruto
do pecado. Seja manifesto de nossa parte, diante de nossas atitudes irresponsáveis,
ou de outros, infligido contra nós.
A questão dessa senhora, estar ganhando notoriedade, depois
quando o Presidente da Câmara Federal, disse que, NÃO aprovaria o aborto, nem
que a vaca tussa. Os aproveitadores, os carniceiros de plantão, estão jogando
sujo com a dignidade da mulher, as fazendo de assassinas. Conheço as dores de
muitas mulheres, com gravidez não planejadas, advindas de muitas situações.
Creio que, apesar de ser homem, respeito muito as mulheres. Mas, diante das
dores e situações que se passam, ABORTAR, MATAR uma criança, não é um passo
sério, ou moral, para resolver essas questões.
Ao optar pelo aborto, a mulher acha que estar retirando,
eliminando o problema. Ao contrário, a situação tende a piorar cada vez mais.
Existe o sentimento de quem optar em abortar, porque a culpa fica assolando. Há
sinais de suicídio, de problemas no útero, e por ai vai. Em todas as situações
de nossa vida, temos que confiar em Deus, e não fazer uma loucura, tipo essa. Deixo
aqui abaixo, duas reportagens, de duas mulheres que, diante da situação difícil,
não optaram pelo aborto, optaram pela vida, confiando tudo nas mãos de Deus:
Posse da Dilma] Mulher que foi estuprada e teve o bebê convida para Grito Nacional contra o aborto
Padre Pedro Steipen, diretor nacional do Movimento Pró-Vida está organizando o grito nacional das crianças contra o aborto, em Brasília. De acordo com o sacerdote, o evento acontecerá no dia 1º de janeiro. “Na posse da Presidente Dilma, nós queremos reunir toda a população, todas as crianças, como os pais, toda nossa nação para sensibilizarmos os nossos governantes para que eles não legalizem o aborto”, disse.
Uma das pessoas que garantiram presença é Regiane Silva, 38 anos, que foi estuprada por um traficante, engravidou e optou em ter a criança. Sua opção pela vida trouxe-lhe problemas pois não há ajuda de nenhum dos órgãos que dizem defender a mulher vítima de violência. A única opção que propagam é a do aborto.
“Hoje minha filha tem três anos de idade e não me arrependo de tê-la deixado vir ao mundo. Vamos sensibilizar esta senhora que é a presidente do país que a vida que está no útero merece respeito. Não é fazendo um aborto que você estará se livrando de um problema. Jamais!”, fala a mulher.
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