quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Grávida apoia descriminalização do aborto em rede social e gera debate sobre o tema



RIO - Uma grávida que se manifestou a favor da descriminalização do aborto numa rede social está provocando um enorme debate sobre o tema na web. A pedagoga Gaabriela Moura, de 25 anos, que está grávida pela segunda vez, escreveu, nesta terça-feira, um texto de apoio às mulheres que optam por terminar a gravidez. Seu manifesto - parte de uma campanha que tem mobilizado gestantes em torno do assunto nos últimos dias - tem quase 22 mil “curtidas” e cinco mil compartilhamentos.

“Estou ao lado dos direitos reprodutivos das mulheres. Eu sou totalmente favorável à descriminalização do aborto, ao respeito às mulheres e suas escolhas e seus corpos. Sou inteiramente solidária às minhas irmãs que são massacradas, estupradas, culpabilizadas por suas gestações, culpabilizadas pela interrupção destas gestações. (...) Mulheres casadas abortam, cristãs abortam, prostitutas abortam, mulheres de mais de 40 anos, mulheres de menos idade abortam, e eu jamais vou usar a minha gestação contra elas”, escreveu a jovem na rede social.

Enquanto uma parte dos internautas aplaude a iniciativa, muitas pessoas com uma visão oposta à dela estão atacando Gaabriela em sua página pessoal, deixando claro o poder de polarização do assunto. Os comentários ofensivos estão sendo devidamente apagados pela dona do perfil, mas a futura mãe de segunda viagem tem mantido os comentários contrários à sua visão que não ferem sua dignidade ou de outras mulheres. A publicação, por isso, acabou virando um espaço para debate para a questão do aborto. Já são mais de 800 comentários em seu post

Confira, abaixo, o texto completo de Gaabriela:

“Eu passei pela experiência de engravidar duas vezes. A primeira não foi planejada, a segunda, sim. Ambas foram muitíssimo desejadas e apoiadas, parceiro, familiar, financeiro, todas as nossas questões nos satisfaziam, estávamos (e estamos, afinal, estou gestando ainda) muitíssimo felizes, empenhados e preparados física e, sobretudo, emocionalmente.

As minhas gestações são as minhas gestações, jamais poderia embasar decisões de mulheres, essas que suas histórias não conheço, essas que seus desejos não conheço, essas que suas dores e delícias não conheço, por minhas experiências felizes na gestação e maternidade.

Estou ao lado dos direitos reprodutivos das mulheres. Eu sou TOTALMENTE favorável à descriminalização do aborto, ao respeito às mulheres e suas escolhas e seus corpos. Sou inteiramente solidária às minhas irmãs que são massacradas, estupradas, culpabilizadas por suas gestações, culpabilizadas pela interrupção destas gestações, caso tenham esses filhos, sofram violência obstétrica, sejam culpabilizadas por péssimas condições físicas e emocionais, rechaçadas no trabalho, crucificadas nos meios conservadores e, muitas vezes, sobretudo se forem negras e pobres, mortas sangrando na mão de um sistema cruel, ao coro de comemorações, em um Estado que tem por dever ser LAICO, ou seja, não deve embasar suas políticas públicas em aspectos religiosos.

Mulheres casadas abortam, cristãs abortam, prostitutas abortam, mulheres de mais de 40 anos, mulheres de menos idade abortam e eu jamais vou usar a minha gestação contra elas.

Solidariedade às minhas irmãs mulheres”.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/gravida-apoia-descriminalizacao-do-aborto-em-rede-social-gera-debate-sobre-tema-15307305#ixzz3RXTymxrv
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Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição

Julio Cesar disse:

“Estou ao lado dos direitos reprodutivos das mulheres. Eu sou totalmente favorável à descriminalização do aborto, ao respeito às mulheres e suas escolhas e seus corpos. Sou inteiramente solidária às minhas irmãs que são massacradas, estupradas, culpabilizadas por suas gestações, culpabilizadas pela interrupção destas gestações. (...) Mulheres casadas abortam, cristãs abortam, prostitutas abortam, mulheres de mais de 40 anos, mulheres de menos idade abortam, e eu jamais vou usar a minha gestação contra elas”, escreveu a jovem na rede social.

Não, essa senhora NÃO estar preocupada, e muito menos “solidaria” com as outras demais mulheres. Nada nesse mundo, pode justificar um assassinato de um inocente, advindo de sua própria mãe. Essa mulher, e seu discurso eivado de ódio, pode estar inserido em feridas do passado, ou, que a mesma seja manipulada a se manifestar dessa maneira. – Vejamos o ridículo apontamento dessa senhora: “eu jamais vou usar a minha gestação contra elas” – A senhora, já estar usando.

Matar um inocente, é errado, é IMORAL. O mundo, estar manipulando as pessoas com as suas mentiras, fazendo as pessoas crerem que, serão “felizes” se NÃO sofrerem. Uma coisa que o mundo esconde é: NÃO EXISTE VIDA SEM SOFRIMENTO. E, se escondermos do sofrimento, cedo ou tarde ele nos encontrará. Ninguém nessa terra, estar isento de sofrer – O sofrimento, é fruto do pecado. Seja manifesto de nossa parte, diante de nossas atitudes irresponsáveis, ou de outros, infligido contra nós.

A questão dessa senhora, estar ganhando notoriedade, depois quando o Presidente da Câmara Federal, disse que, NÃO aprovaria o aborto, nem que a vaca tussa. Os aproveitadores, os carniceiros de plantão, estão jogando sujo com a dignidade da mulher, as fazendo de assassinas. Conheço as dores de muitas mulheres, com gravidez não planejadas, advindas de muitas situações. Creio que, apesar de ser homem, respeito muito as mulheres. Mas, diante das dores e situações que se passam, ABORTAR, MATAR uma criança, não é um passo sério, ou moral, para resolver essas questões.


Ao optar pelo aborto, a mulher acha que estar retirando, eliminando o problema. Ao contrário, a situação tende a piorar cada vez mais. Existe o sentimento de quem optar em abortar, porque a culpa fica assolando. Há sinais de suicídio, de problemas no útero, e por ai vai. Em todas as situações de nossa vida, temos que confiar em Deus, e não fazer uma loucura, tipo essa. Deixo aqui abaixo, duas reportagens, de duas mulheres que, diante da situação difícil, não optaram pelo aborto, optaram pela vida, confiando tudo nas mãos de Deus:

Posse da Dilma] Mulher que foi estuprada e teve o bebê convida para Grito Nacional contra o aborto

Padre Pedro Steipen, diretor nacional do Movimento Pró-Vida está organizando o grito nacional das crianças contra o aborto, em Brasília. De acordo com o sacerdote, o evento acontecerá no dia 1º de janeiro. “Na posse da Presidente Dilma, nós queremos reunir toda a população, todas as crianças, como os pais, toda nossa nação para sensibilizarmos os nossos governantes para que eles não legalizem o aborto”, disse.

Padre Pedro. Foto: Reprodução Rede Vida de Televisão.
Padre Pedro. Foto: Reprodução Rede Vida de Televisão.

Uma das pessoas que garantiram presença é Regiane Silva, 38 anos, que foi estuprada por um traficante, engravidou e optou em ter a criança. Sua opção pela vida trouxe-lhe problemas pois não há ajuda de nenhum dos órgãos que dizem defender a mulher vítima de violência. A única opção que propagam é a do aborto. 
Hoje minha filha tem três anos de idade e não me arrependo de tê-la deixado vir ao mundo. Vamos sensibilizar esta senhora que é a presidente do país que a vida que está no útero merece respeito. Não é fazendo um aborto que você estará se livrando de um problema. Jamais!”, fala a mulher.

Crianças que participarão do Grito.
Crianças que participarão do Grito.
http://blog.opovo.com.br/ancoradouro/posse-da-dilma-mulher-e-estuprada-tem-bebe-e-convida-para-grito-nacional-contra-o-aborto/

“Fui estuprada e terei a criança”. Conheça a história de Irmã Lucy Veturse,a freira que foi violentada

Uma história comovente. Irmã Lucy Veturse, da Bósnia, foi estuprada e optou em não usar a violência contra o feto gerado no ato indesejado. Acompanhe o testemunho da freira que foi publicado na Revista Pergunte e Responderemos.
Confira a carta da religiosa
Reverendíssima Madre Geral,
Eu sou Lucy Veturse, uma das Junioristas que foram violentadas pelos milicianos sérvios … acontecimento que atingiu a mim e às duas Irmãs Religiosas: Tatiana e Sendria.
Seja-me permitido não descer a certos particulares do fato. Há experiências tão tristes na vida que não podem ser comunicadas para ninguém a não ser àquele Bom Pastor a quem me consagrei no ano passado com os três votos religiosos.
freira
O meu drama não é a humilhação padecida, como mulher, nem a ofensa insanável feita à minha escolha existencial e vocacional, mas é sobretudo a dificuldade de inscrever na minha fé um acontecimento que certamente faz parte do insondável e misterioso plano dAquele que eu continuarei a considerar sempre o meu Divino Esposo.

Tinha lido, poucos dias antes, o ´Diálogo das Carmelitas´ de Bernanos e me tinha sido espontâneo pedir ao Senhor poder eu mesmo morrer mártir. Ele me tomou na palavra,…mas de que jeito! Encontro-me atualmente numa angustiante noite escura do espírito. Ele destruiu o projeto de vida que eu considerava definitivo para mim. De improviso me inseriu em um novo desígnio que neste momento é , para mim, ainda a ser descoberto.
[...]
Escrevo, Madre, não para receber da senhora conforto, mas para que me auxilie a agradecer a Deus por me ter associado a milhares de minhas compatrícias ofendidas na honra e forçadas à maternidade indesejada. Minha humilhação junta-se à delas e, pois que não tenho outra coisa para oferecer para a expiação dos pecados cometidos pelos anônimos violentadores e para uma pacificação entre as duas opostas etnias, aceito a desonra padecida e a entrego à misericórdia de Deus.
Agora eu sou uma entre elas, uma das tantas anônimas mulheres do meu povo com o corpo destruído e a alma devastada. Nosso Senhor me admitiu a participar de seu mistério de vergonha; mais ainda a mim, Religiosa e freira, concedeu o privilégio de compreender até o fundo a força diabólica do mal.
Sei que, de agora em diante, as palavras de encorajamento e de consolação que conseguir extrair do meu pobre coração, serão com certeza aceitas, porque a minha história é a história delas e a minha resignação, sustentada pela fé, poderá servir, se não de exemplo, pelo menos de referencial para as suas reações morais e afetivas.
[...]
Lembro que, quando freqüentava em Roma a Universidade ´Auxilium´ para a formatura em Letras, uma idosa docente de Literatura Eslava citava os seguintes versos do poeta Alexei Mislovich: ´Tu não deves morrer, porque tu escolheste ficar do lado da vida´. Na noite em que fui dilacerada pelos sérvios, por horas seguidas continuava a repetir para mim mesma aquelas palavras que me pareciam como um bálsamo para a alma, mesmo no momento em que o desespero parecia aflorar para me apanhar. Agora tudo passou e, se me volto para trás, tenho a impressão de ter tido um terrível sonho feio.
Tudo passou, mas, Madre, tudo está para começar. No seu telefonema, depois de suas
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palavras de conforto, de que ficarei agradecida por toda a minha vida, a senhora me colocou uma clara pergunta: ´Que farás da vida que te foi jogada no seio? ´.Percebi que sua voz tremia ao me colocar esta interrogação, à qual achei pouco oportuno responder logo, não porque não tivesse já refletido sobre a escolha, a decisão a ser tomada, mas para não atrapalhar as eventuais propostas e projetos seus a meu respeito.

Eu já decidi. Se for mãe, o menino será meu e de ninguém mais. Sei que poderia confiá-lo a outras pessoas, mas ele tem direito, mesmo não sendo esperado por mim, nem pedido, ao meu amor de mãe.
Não se pode arrancar uma planta de suas raízes. O grão caído no chão precisa de crescer lá onde o misterioso semeador, mesmo sendo iníquo, o jogou. Realizarei minha vocação religiosa, mas de outra maneira. Não peço nada à minha Congregação, que já me deu tudo. Fico agradecida pela solidariedade fraternal das coirmãs, que nestes dias me encheram de atenções e amabilidades, em particular por não me ter incomodado com perguntas indiscretas. Irei embora com meu filho, se Deus quiser. Não sei ainda aonde, mas Deus, que interrompeu improvisamente minha maior alegria, me orientará e indicará o caminho a percorrer para cumprir sua vontade.
Voltarei a ser uma moça pobre, retomarei meu velho avental, meus tamancos, que as mulheres usam nos dias de semana, e irei com minha mãe a recolher a resina da casca dos pinheiros dos nossos vastos bosques.
Deve mesmo haver alguém que comece a quebrar a corrente de ódio que deturpa, há tanto tempo, os nossos países. Ao filho que vier (se Deus quer que venha) ensinarei mesmo somente o AMOR. Ele, nascido pela violência, testemunhará, perto de mim, que a única grandeza que honra a pessoa humana, é aquela do PERDÃO.
http://blog.opovo.com.br/ancoradouro/fui-estuprada-e-terei-crianca-conheca-historia-de-irma-lucy-vetursea-freira-que-foi-violentada/

ISSO QUE É AMOR, ISSO QUE É RADICALIDADE: Eu fui estuprada durante uma viagem de negócios. Mas meu marido e eu escolhemos a vida






Em janeiro passado, durante uma viagem a negócios, eu fiquei hospedada em um pequeno hotel de uma cidade universitária. Acho que, geralmente, sou mais cuidadosa com o que acontece ao meu redor, mas havia tanta neve e vento que eu não teria ouvido os passos dele nem sequer se ele viesse pisando com força. Aconteceu tudo muito rápido. A porta foi aberta, eu me virei para fechá-la e lá estava ele. Um homem corpulento. Meu primeiro instinto não foi de medo, mas de confusão. No instante seguinte, ele me deu um soco no rosto. Eu não me lembro de ter sido arrastada do quarto, mas fui encontrada na escada. Não sei por quê. Talvez eu tenha tentado correr e pedir ajuda.

Os exames depois do estupro deram negativo para HIV, gonorreia, clamídia, sífilis, herpes e dezenas de outras coisas das quais eu nunca tinha ouvido falar. Deus é misericordioso.
No mês seguinte, eu estava escalada para trabalhar em um navio de cruzeiro. No segundo dia, tive uma disenteria e não melhorei com os antibióticos. Fui levada para um hospital quando ancoramos em Cartagena, Colômbia. Passei por um ultrassom para averiguar se havia alguma obstrução intestinal. Foi quando descobrimos que, dentro de mim, existia algo do tamanho de uma ervilha.
Era o meu filho.
De novo a bordo do navio, contei aos médicos uma versão abreviada da minha história, o que os levou a me colocar em quarentena. Medo de suicídio? Risco de um surto psicótico que me fizesse correr nua pelo navio? Quem vai saber... O que eu sei é que passei a semana seguinte ouvindo uma equipe muito bem intencionada de médicos e enfermeiras me consolando e dizendo o quanto seria “fácil lidar com isso”. Traduzindo: seria “fácil” matar o bebê e “seguir a vida”. Fácil???
Muitas coisas foram discutidas naquela semana em vários telefonemas transatlânticos para casa, cheios de ruídos na linha e de lágrimas no meu rosto, mas aquela tal possibilidade de “lidar com isso” nunca saiu dos meus lábios. Nem do meu marido. Quando eu disse a ele que estava grávida, ele respondeu com a voz calma e firme: "Certo... Certo... Está tudo bem. Está tudo bem, ok?".



Perguntei: "O que você quer dizer com tudo bem?"



"Eu quero dizer que nós vamos conseguir. Nós vamos passar por isso. Vai ficar tudo bem. E... Eu amo bebês. Nós vamos ter outro bebê! Meu amor, isto é um presente. É algo maravilhoso, que veio de algo terrível. Nós vamos conseguir!".



E eu comecei a sentir a movimentação da alegria pela vida nova que se desenvolvia no meu ventre, florescendo sob o meu coração! Esse novo amor cresceria com tanta garra que acabaria com qualquer hesitação ou angústia. E o meu marido estava certo: nós íamos conseguir!
Na minha última manhã a bordo do navio, eu disse àquela equipe solidária: "Se alguma vez vocês pensarem neste assunto, se algum dia vocês se perguntarem o que aconteceu comigo, saibam que eu tive um lindo bebê em outubro de 2014". A reação deles... os olhares em seus rostos... A médica que tinha me empurrado o aborto com mais veemência do que os outros... Ela tinha lágrimas nos olhos. Pela primeira vez, eu pensei que Deus iria saber o que fazer com aquilo, com aquele pesadelo que eu tinha sofrido.
Eu moro na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O doutor que fez o parto dos meus dois filhos estava concorrendo nas primárias republicanas para o Senado. Ele tem que responder às pessoas o tempo todo sobre aquela questão infalível: "E em casos deestupro?".



Bom, no meu caso, o meu filho vai ter voz. Mas até ele poder usá-la, é responsabilidade minha e privilégio meu falar por ele.
Durante a gravidez, eu entrei e saí do hospital uma série de vezes. Fiquei mais dentro do que fora. Tive pré-eclâmpsia e pressão arterial elevada. Foi aterrador quando, na 26ª semana, eles me disseram que provavelmente eu teria que dar à luz naquela noite. Aterrador porque eu queria desesperadamente que o meu filho vivesse! Mas nós conseguimos atravessar todo aquele susto. Eu precisei ficar em repouso absoluto, mas pelo menos estava em casa. Cada semana depois disso foi ainda mais incrível, com a expectativa do quanto eu ficaria feliz quando ele finalmente chegasse aos meus braços em segurança. Na parte emocional, eu estava indo muito bem.


Tínhamos uma equipe de médicos muito abençoada. Tudo é questão de confiar plenamente. Não era algo novo. Eu tinha me sentido completamente fora de mim desde aquela violência sofrida em janeiro. O meu mundo tinha sido abalado e não voltaria a ficar bem até que o meu filho nascesse. Mas tudo aquilo me livrou da atitude arrogante e autossuficiente de dizer a Deus: “Está tudo bem, eu encaro isso”.


O nosso pequeno menino pode ter sido concebido num ato de violência, mas ele é um dom de Deus, um presente delicioso que preencheu em nossa família uma lacuna que eu nunca tinha percebido que existia. Ele nos tornou completos!
Eu me sinto profundamente grata por ter entrado em contato com outras mães que também engravidaram depois de sofrer um estupro. Nós somos sobreviventes. Não somos apenas vítimas. E foi o meu filho quem me curou.
A pressão da comunidade médica para abortar me abriu os olhos de uma forma impactante. Eles me disseram muitas vezes o quanto seria “simples” e rápido “lidar com isso” e “seguir a vida” depois que tudo “aquilo” tivesse acabado. Era de partir o coração ter que ouvir isso vezes e mais vezes. Mesmo alguns amigos achavam que ter o bebê era um erro, que eu não seria capaz emocionalmente.



Mas toda vez que nós, mães sobrevivente de estupro, compartilhamos as nossas histórias, saímos mais fortalecidas e fortalecemos os outros. Afinal, quantas vidas podem ser poupadas quando se conta com esse apoio e com essa coragem?


http://www.aleteia.org/pt/saude/artigo/eu-fui-estuprada-durante-uma-viagem-de-negocios-mas-meu-marido-e-eu-escolhemos-a-vida-5795128732024832

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