sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Lembre-se de quem você é


O homem não pode verdadeiramente declarar-se filho de Deus sem uma "determinada determinação" de tornar-se santo como o Pai é santo


filiação divina é o fundamento da vida cristã. O ministério público de Jesus inicia-se com estas palavras: "Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição" (Mt 3, 17). Essa é a novidade trazida pela encarnação de Cristo. Ao entregar seu único filho, a fim de que por Ele se operasse a redenção do gênero humano, Deus manifestou sua profunda essência paterna. Diferentemente do que apregoava Ário, nunca houve um tempo em que Deus não foi pai. Com efeito, é seu querer fazer que o homem atinja a perfeição cristã, conduzindo-o pelo caminho do amor, da fé e da esperança, até o dia em que o reunirá "e o apertará sobre seu seio" (cf. Is 40, 10-17).
O reconhecimento da paternidade divina, por sua vez, exige uma urgente mudança de vida. O homem não pode verdadeiramente declarar-se filho de Deus sem uma determinada determinação— como dizia Santa Teresa d'Ávila — de tornar-se santo como o Pai é santo [1]. Não pode servir a dois senhores. A santidade deve ser nossa única meta nesta vida. Todavia, para que possamos atingi-la, é necessário o auxílio da graça. Amamos com o amor de Deus. A lógica da santidade cristã, portanto, é esta: Deus me ama (pela fé, cremos no seu amor), eu amo Deus (pela caridade, devolvo seu amor a Ele e ao próximo). E isso se realiza mediante a esperança. Esperamos em Deus a purificação de nossas faltas para que possamos urgentemente amá-lO "em espírito e em verdade" (Jo 4, 24). Pois "quem pôs a sua esperança em Cristo vive dela, e traz já em si mesmo algo do gozo celestial que o espera" [2].
A consciência de que, pelo batismo, somos filhos de Deus — e, por isso, chamados a uma dignidade superior — revela-nos a nós mesmos. Assim, quem se esquece da paternidade divina, esquece sua própria identidade. No clássico-infantil O rei leão, enxergamos essa realidade, de maneira alegórica, na cena em que o pai de Simba, Mufasa, aparece nas nuvens para recordar a condição real do filho. Após um olhar profundo para o lago onde vê o rosto do pai — que poderíamos encarar como o olhar profundo para nossa alma —, Simba escuta a vós de Mufasa, que lhe diz: "You have forgotten me, you have forgotten who you are and so forgotten me. Look inside yourself. You are more than what you have become. You are my son. Remember who you are. — Você se esqueceu de mim, / você esqueceu quem você é e se esqueceu de mim / Olhe para dentro de você. Você é muito mais do que pensa que é. Você é meu filho. / Lembre-se de quem você é". Guardadas as devidas proporções, as palavras do personagem infantil ajudam-nos a recordar a exortação de um grande santo da Igreja, a saber, São Leão Magno: "Reconhece, ó cristão, a tua dignidade. Uma vez constituído participante da natureza divina, não penses em voltar às antigas misérias da tua vida passada. Lembra-te de que cabeça e corpo és membro" [3].
De fato, Deus nos ama. É justamente essa a razão pela qual, na oração do Pai-Nosso, Jesus se dirige a Ele não só pelo pronome "Pai"; Ele diz "Abba, Pai", que em hebraico significa "papai". Com esta expressão, Jesus demonstra seu livre abandono, sua confiança filial. Faz-se como uma criança. "Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem" (Lc 11, 13). Mesmo no pecado, Deus não nos abandonou à própria sorte, não deixou a ovelha perdida. Ao contrário, enviou seu próprio Filho para nos revelar a sua face e tornar-nos participantes de sua glória.
"Na tarde desta vida, aparecerei diante de vós de mãos vazias" [4]. Nesta frase, com a qual Santa Teresinha do Menino Jesus fez sua livre oferenda ao amor misericordioso, encerra-se toda a doutrina da filiação divina. Quem tem a Deus por Pai não pode ser outra coisa senão uma alma confiante. Ela, embora saiba o valor dos méritos, não procura ser amada por eles, mas unicamente pela graça do Pai. Não procura recompensas nem honrarias. Procura somente o amor. Sabe-se uma pequena ave, um fraco passarinho que, ficando em seu posto, não se aflige "se nuvens escuras vierem esconder o Astro de Amor", pois "sabe que além das nuvens seu Sol brilha sempre, que seu brilho não poderia ser eclipsado um só instante" [5]. Assim, voa para seu querido Sol nas asas de suas irmãs águias.
Os grandes santos da Igreja, a exemplo de Santa Teresinha, foram forjados sobretudo pela paternidade divina. Eles receberam o amor do Pai e, acolhendo-o em seu coração, sentiram a força para levar a mensagem salvífica até os confins do mundo. Em especial, mais do que qualquer outro santo, a Virgem Maria soube acolher a paternidade de Deus-Pai para ser a Mãe de Deus-Filho e, desse modo, cooperar para a redenção do gênero humano. Benditos são, portanto, aqueles que acreditam no amor de Deus.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição


Julio Cesar disse:

Você se esqueceu de mim, / você esqueceu quem você é e se esqueceu de mim / Olhe para dentro de você. Você é muito mais do que pensa que é. Você é meu filho. / Lembre-se de quem você é". – Rei Leão.

A minha e a sua identidade: Julio Cesar, filho de Deus – Imagem e semelhança de Deus – O que Deus é no céu, devo ser na terra – Pai, Filho, esposo – Nascido para ser Santo, para amar, para perdoar, para refletir o amor de Deus nas pessoas em todas as coisas – Ministro e Discípulo da Paz – Carisma SHALOM.

Talvez você não tenha um carisma, não importa. Mas, somos filhos de Deus, filho de um Rei e Senhor do Universo. Somos príncipes, participamos desse reinado. Chega de ser bobo da corte. O bobo da corte, não consegue ter a mesma herança do Filho Jesus Cristo.

Não somos desse mundo, e nem viemos para ficar. A nossa estada aqui, é para fazer brilhar o amor de Deus, para os outros irmãos, para que em cada situação vivida no amor e pelo amor, podemos nos Santificar.


Meus irmãos, em muitas situações dessa vida, estamos como sendo trouxas, quando não acreditamos no amor de Deus para conosco, e damos mais razão as coisas do mundo. Deus nos ama e que sempre o melhor para nós. Deus não deseja que fiquemos no pecado, na destruição de nosso corpo e da nossa alma. Esse mundo vai passar, em breve, estaremos no céu com o Senhor. Mas, até lá, temos que fazer a nossa parte. Em uma festa, quando convidados, não vamos de qualquer jeito, ou compramos qualquer presente. Sempre fazemos o melhor que podemos. Para Deus, que nos ama muito mais que tudo o que temos, temos que dá muito mais. Temos que dá a nossa vida sem medo.

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