Perto de Tóquio, vivia um grande Samurai. Já muito idoso, ele agora se dedicava a ensinar o Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, apareceu por ali um jovem guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos. Era famoso por usar a técnica da provocação. Utilizando-se de suas habilidades para provocar, esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de inteligência e agilidade, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem jamais havia perdido uma luta.
Assim que soube da reputação do velho samurai, propôs-se a não sair dali sem antes derrotá-lo e aumentar sua fama. Todos os discípulos do samurai se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da pequena cidade e diante dos olhares espantados, o jovem guerreiro começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu sereno e impassível.
No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se. Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado calado tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
– Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
O sábio ancião olhou calmamente para os alunos e, fixando o olhar num deles lhe perguntou:
– Se alguém chega até você com um presente e lhe oferece mas você não o aceita, com quem fica o presente?
– Com quem tentou entregá-lo, respondeu o discípulo.
– Pois bem, o mesmo vale para qualquer outro tipo de provocação e também para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.
Por essa razão, a sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, se você não o permitir.
http://pt.aleteia.org/2015/09/23/a-historia-do-samurai/
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
Linda essa história. Apaixonante. Gostaria de
pegar uma leitura Biblica, na qual, me enche profundamente e sou louco, louco
por ela:
Filipenses
2: 5 Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus. 6 Sendo ele
de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, 7 mas
aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos
homens. 8 E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda
mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9 Por isso Deus o
exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos
infernos. 11 E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus
Cristo é Senhor.
O
servo sofredor. Jesus Cristo vem nos mostrar como devemos ser. Por mais absurdo
que seja a maldade humana, se igualar a ela, é torna-la pior ainda. Ser diferente
ameniza os absurdos. O coração humano se tornou insensível devido ao pecado. O
pecado tem colocado o coração humano em forma defeituosa: Não sabe amar, não
sabe aceitar, partilhar. Tudo quer para si, sem se inclinar para a necessidade
do outro.
Não
revidar. Não devolver na mesma moeda as ofensas que são proferidas a nós, não
nos faz fracos. A fraqueza estar em quem procura de todas as formas a provocar
o mal ao inocente. O demônio se alimenta disso tudo., nos fazendo perder tudo o
que somos, e pelo qual fomos criados.
Jesus
Cristo, poderia ter reagido as ofensas, as torturas que lhe eram feitas. Mas,
NÃO conseguiríamos ser Salvos. Não conseguiríamos entender o amor em sua
plenitude. Deixou-se ser crucificado por amor. Uma morte vergonhosa, que nem os
piores criminosos eram lhes dado. Mas, qual crime Jesus Cristo cometeu para
desejar essa morte? O crime de amar? O crime de perdoar? O crime de ser Filho
de Deus?
Ser diferente
nesse mundo, não é fácil. Mas, também não é impossível. Diante do mal, temos a
chance de mostrar o bem. Diante da falta de amor, que eu possa amar. O amor
começa por mim, e contagia a muitos. Não posso revidar mais as ofensas, com
mais ofensas. Ou, violência, com mais violência. Tudo seja diferente.
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