sábado, 21 de novembro de 2015

Escola que foi palco de conflitos entre alunos evangélicos e professores superou o impasse




Três anos depois que um grupo de 13 alunos evangélicos da Escola Estadual Senador João Bosco, na Cidade Nova, Zona Norte, se recusou participar de um projeto sobre a cultura afro-brasileira - que este ano completa 10 anos na escola -, o  “clima” de tolerância e respeito voltou a reinar na unidade.

O episódio causou polêmica e repercutiu, inclusive, nacionalmente. Os alunos do 3º ano do Ensino Médio precisavam defender o projeto interdisciplinar sobre a “Preservação da Identidade Étnico-Cultural brasileira”, da disciplina de história. O projeto é realizado na escola desde 2005, valendo nota. No entanto, o grupo alegou que o trabalho escolar “contrariava a crença” deles e fazia apologia ao “satanismo e à homossexualidade”.

Os alunos, então, fizeram um projeto sobre as missões evangélicas na África, que não foi aceito pela escola. Revoltados e incentivados pelos pais e pastores, eles acamparam na frente da escola, protestando contra o trabalho sobre cultura afrobrasileira.

O ensino da história e cultura afrobrasileira e africana no Brasil sempre foi lembrado nas aulas de história com o tema da escravidão. Até que, em 2008, a Lei 10.639/03 foi alterada pela Lei 11.645/08, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.

Antes mesmo da aprovação do texto, a professora de história Raimunda Nonata já realizava o projeto.  Até hoje, ela lembra do ‘movimento’ com tristeza. “Foi uma situação difícil, pois antes deste episódio, sempre tive muito cuidado em trabalhar o assunto com os alunos evangélicos, que em nossa escola são maioria”.

Segundo a professora, o projeto tem como principal objetivo fazer com que os alunos pesquisem e conheçam a cultura africada do País. “É um trabalho muito importante”.

Raimunda conta que, agora, todos os alunos são informados, no ato da matrícula, sobre o projeto que faz parte do calendário escolar. “Nunca foi nossa intenção ferir as crenças de nossos alunos. Tanto que, se eles não se sentirem à vontade em expor o conteúdo ao público, podem ajudar em outros momentos do projeto, como na parte da ornamentação da nossa feira cultural”, explica.
Caracterização
Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raçasdevem ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores com base em características, habilidades ou qualidades comuns herdadas.
Punição
No Brasil, o racismo é considerado crime inafiançável e  imprescritível, portanto há um rigor maior tanto da constituição quanto da lei em relação a esses crimes. Nesses casos, o Estado não depende da representação da vítima para investigar.

Como educadora, Raimunda afirma que não abrirá mão do projeto, pois vê o conteúdo como suma importância no currículo dos alunos. “Dentro dos conteúdos de história trabalhamos a contribuição cultural e econômica dos africanos no Brasil. Quando o assunto se tornou lei, fiquei muito feliz e triste ao mesmo tempo, pois infelizmente foi preciso se tornar lei para falarmos do assunto”.
Blog: Juarez Silva, historiador

"Em uma escola confessional vejo como natural que a cultura e religiosidade confessada tenham uma prevalência, muito embora se diferencie ensino religioso de ensino de cultura religiosa.   Mesmo nesse tipo de escola é preciso que ao menos o respeito à diversidade seja fomentado; por outro lado, temos as escolas não-confessionais e, principalmente nas públicas, pela laicidade, o que pode ocorrer é conteúdo de cultura religiosa e sem proselitismos. Penso que a maioria das escolas do ensino básico ainda não aborda a questão das diversidades cultural e religiosa da melhor forma possível,  mais especificamente no caso da história e cultura africana e afrobrasileira, o que inclui informações sobre as religiões de matrizes africanas.  Há inclusive obrigação legal por meio da lei 10.639/2003  de que todas, inclusive as confessionais, tratem da questão de forma transversal em todo o conteúdo. Infelizmente determinadas denominações religiosas promovem uma cultura de impermeabilidade, na qual valores e princípios de outros não devem sequer ser conhecidos, isso causa uma intolerância sistemática”
http://acritica.uol.com.br/noticias/Escola-conflitos-evangelicos-professores-impasse_0_1471052906.html
Nota do moderador desse blog sobre a materia em exposição



Julio Cesar disse:

Vejo e analiso os dois polos em questão, e percebe-se que há uma estranha aproximação entre as partes. Primeiro: Nada pode nos afastar do outro, mesmo que ele tenha uma fé diferente da nossa. O outro, apesar de sua diferença natural, ele é filhos de Deus. Exclui-lo, é excluir a Deus. Não se Evangeliza, e nem se mostra a beleza do Cristianismo, tomando atitudes dessa natureza. Jesus Cristo NÃO excluiu ninguém do seu meio, por pior que a pessoa fosse. Segundo: Sou fascinado por História, e conhecer a historia da civilização, não nos faz ser adeptos delas. Claro, deve SIM haver divergências de pontos. Ninguém é obrigado á aceitar determinados contextos históricos como verdade absoluta. Existe SIM um povo lindo, iguais a nós, que tem a sua cultura, e que deve ser respeitada. Concordar com certos aspectos religiosos, isso é exercício de plena liberdade. Ou se não, vamos começar a punir todas as pessoas que não são flamenguistas, São Paulinos, etc.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato

O Cristão, é um outro Cristo para o irmão. Criar uma divisão dessa favorece o diabo. Ao abortar os conteúdos históricos, parte de uma raça, não queira dizer que devo tomar como verdade a ser aceita, como algo absoluto. Há uma características religiosas entre eles. A parte de figuras pagãs invocadas em terreiros, nós acreditamos que isso foge a realidade do que cremos. O homem, sempre teve sede de algo sobrenatural. O homem sempre buscou alguém, alguma força sobrenatural que os mostrasse o além dessa vida. Foram criados deuses para que respondesse ao homem, a esse anseio de algo a mais. Ou, a busca de felicidade terrena. O negro, sempre foi privado de estar entre as demais pessoas, e de comungar de suas realidades sociais. O negro, sempre foi colocado às margens da sociedade. Algo realmente terrível. Desumano.

Quando Evangelizamos. Quando levamos o Cristo a toda nação, não queremos fazer nenhum proselitismo religioso. Toda historia mostra as ações do homem em busca de algo. Nem sempre esse algo, chega ser o certo. O demônio sabendo dessa sede do homem, ele procura estar na frente para tentar desviar o ser humano da verdade. Ora, onde uma missão não chega. Onde uma nação estar desprovida de conhecimento, ela se torna aberta a tudo o que demônio lhe oferece.

Enquanto, as religiões de matrizes africanas, tais como: Macumba, Candomblé, vodu, todas elas, buscam o auxilio de mortos para responder aos seus anseios de felicidade, prazer, material, etc. o pecado desordenou a percepção do homem sobre o que seja felicidade. Tudo o que a nossa carne deseja, precisamos saciar a sua fome, nos concedendo a todo tipo de experimento, e religiões. O homem, precisa de um deus  para responder aos seus anseios. Ou, que aceite as suas vontades. As religiões de matrizes africanas, tem de promover esse paralelo de fé. Ora, quando se fala sobre a formação dessa fé, se estar vendo o ser humano. Não é a toa que existem centenas, ou milhares de reportagens mostrando o resultado de tal procura do humano, a um deus diferente. Dizer que há RACISMO na não aceitação de fatos históricos, por mais evidentes e reais que sejam, e que pode haver sanções por conta disso. Aliás, NÃO se vislumbra na matéria, qualquer ato explicito contra a pessoa do negro, que caracterize preconceito. A única divergência, estar no campo de dados históricos. Claro, mais que pode afetar a convivência do outro.

Essa abordagem que exponho, não é nenhum falta de respeito. Admiro o humano como ele é. Mesmo que seja a pior das pessoas. Não me cabe a condenar ninguém. A minha exposição, estar mais centrada na historia do ser humano, na sua formação, e suas diversas modalidades, ou relações sociais. Quando se fala dessa natureza das relações humanas, nos apoiamos não somente em dados, mais, nas realidades que nos cerca de bem perto. Vemos, sentimos, e podemos com toda propriedade expressar tudo. Agora, é INFANTILISMO dos pais e pastores, privar seus filhos da companhia de outras pessoas por sua cor e raça. Ao permitir isso, estamos dando ganho de causa ao inferno. Todo inferno deseja que sejamos inimigos do outro, e não irmãos. Temos que ser irmãos, e cada vez mais presença de Deus. A presença de Deus para o outro, não estar somente na exposição da palavra. Mas, a palavra se torna vida em mim, para o outro. Quando não amo o outro a quem vejo, como poderei amar a Cristo a quem não vejo? Amor é respeito. Mas, nunca concordância de todos os fatos que o outro expõe. Temos que dá liberdade ao outro de querer ou não aceitar. Isso é exercício de liberdade e democracia.

Tenho uma esposa e um filho negro, e muito me orgulho deles. Agora, não vou entrar em uma guerra social, sabendo quais as posições de partidos de esquerdas, para se alimentar da desordem social. Reitero o meu compromisso contra o RACISMO, e a punição de seus autores. Mas, não podemos fazer uma politica de guerra urbana, como a esquerda deseja. E, nem muito menos, fazer uma guerra religiosa, tentando mostrar que determinada religião é melhor do que a outra. O Melhor aqui, é Cristo. Cristo é o verdadeiro homem, modelo que todos devem imitar. A nossa humanidade, estar escondida na humanidade de Cristo. Nascemos para sermos Santos. Para amar como Cristo ama. É o Cristo que apresentamos. E, ao falar do conteúdo exposto, na crença de mortos invocados em terreiros, estamos apresentando o que Cristo falou, o que a Igreja fala, ou o que os Santos doutores nos explicam sobre o perigo de tais invocações, onde, não são os mortos, os que deixaram essa vida, que estão presentes. Mas, o próprio demônio.

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