domingo, 12 de abril de 2015

Padre Fábio de Melo canta com Nana Caymmi e Zeca Pagodinho em novo disco





RIO - Padre Fábio de Melo está consciente de que vida no sacerdócio impõe desafios severos. E eles são amplificados quando, além de padre, você é um ídolo da música popular — ele já vendeu mais de dois milhões de discos, e está lançando agora “Deus no esconderijo do verso” (Sony), que tem participações de cantores como Nana Caymmi e Zeca Pagodinho. Sua condição o expõe a situações como a que relatou recentemente em sua conta no Twitter: “No Instagram, um fake se passando por mim, interagindo e chamando as pessoas de ‘fofas’. Assim não dá”.

Padre Fábio tem a fala tranquila e sedutora de um bom sacerdote — e comunicador, que apresenta um programa de TV semanal, “Direção espiritual” na TV Canção Nova —, mas não chama as pessoas de fofas. E, apesar de toda a compreensão cristã, também não tem muita paciência com outras fofices, como podemos perceber novamente em seu Twitter: “E a Humanidade segue fazendo coraçõezinhos com as mãos”.

— Ali mostro um Padre Fábio que as pessoas não têm muita oportunidade de ver no palco ou na igreja — conta. — Sou muito descontraído, tiro humor das situações menos propícias. Muitas vezes me acusam de ser um fake: “Um padre nunca escreveria isso”. Já me contaram que viram humoristas roubar piadas que postei ali 

A visibilidade de sua conta no Twitter ultrapassa as fronteiras do catolicismo e da música — muitos de seus 855 mil seguidores o acompanham apenas ali, ou seja, estão mais interessados em suas tiradas curtas do que no que tem a dizer o líder religioso ou o cantor. Uma popularidade de webcelebridade que veio sem que ele a buscasse:

— A primeira vez que fiz isso, estava vendo o Prêmio Multishow (em 2013) e achei a plateia muito desanimada. Postei: “Quem são as pessoas da plateia VIP do Prêmio Multishow? Como vivem? Por que estavam tão cansadas naquela noite? Sexta, no ‘Globo Repórter’”. Isso foi retuitado e deu uma enorme repercussão, vários seguidores. A partir dali comecei a me sentir livre para postar coisas engraçadas.

“ELE TEM QUE FAZER STAND-UP”

O humor é uma das características centrais do padre, aponta quem o conhece na intimidade. É o caso de Heliomara Marques, sua empresária há quase 20 anos. Ao lado da sensibilidade ao outro (“muitas vezes depois do show ele manda buscar pessoas que viu no meio da plateia e que achou que precisavam conversar com ele”), ela destaca sua capacidade de fazer graça.

— Já disse ele que ele tem que fazer o stand-up dele — diz Heliomara, num tom que sugere que pelo menos uma fração de piada pode ser verdade (o que não surpreenderia num padre que se desdobra entre sacerdote, escritor, cantor, compositor e webcelebridade).

A facilidade de trânsito do padre se mostra na música. Não que ele circule muito longe da canção popular com pendores de sofisticação da MPB — tendência que aprofunda em seu novo disco, com produção de José Milton (produtor dos álbuns de Nana Caymmi há 20 anos). Mas foi convidado a participar do mais recente álbum de Fernanda Takai, “Na medida do impossível”. E, além dos citados Nana e Zeca, “Deus no esconderijo do verso” traz duetos com Elba Ramalho, Ninah Joh, Fagner, Alcione e Fafá de Belém. E uma parceria sua com Cristóvão Bastos — autor, com Chico Buarque, do clássico “Todo sentimento”.

Muito desse alcance vem de um discurso conciliador e equilibrado sobre a religiosidade, temperado com técnicas de autoajuda, estudos de filosofia e antropologia e uma formação espiritual iniciada, ainda na infância, com discos de Maria Bethânia e Chico Buarque:

— A igreja fazia parte do meu cotidiano, havia os rituais, minha família era religiosa. Eu brincava de ser padre na infância, usando batata frita como hóstia. Mas minha religiosidade era natural, da vida, não era igrejeira. Minha relação com Deus nunca se deu de maneira sobrenatural. Apreendi Deus a partir da sensibilidade da vida. Com a MPB, por exemplo, os discos de Bethânia e Chico que havia lá em casa (em Formiga, interior de Minas Gerais). Criança, eu não tinha acesso à profundidade daquelas letras, mas era como se elas tocassem a minha alma. Como se fosse sagrado mesmo. Para mim, a arte é o lugar por excelência do sagrado — define o padre, que aponta Gilberto Gil como o maior compositor da MPB e chegou a gravar “Se eu quiser falar com Deus” (evitada por Roberto Carlos, para quem ela foi feita, por ter uma visão pouco dogmática do divino, em versos como “Se eu quiser falar com Deus/ Tenho que comer o pão/ Que o diabo amassou”). — Gravei, mas ela acabou não entrando no disco porque acabou ficando muito épica, fora do clima do álbum.

“UNIÃO CIVIL GAY É UM DIREITO”

O padre explica sua posição sobre o sagrado diferenciando os conceitos de religião e espiritualidade:

— Nem tudo o que é religioso pode me espiritualizar, porque a religião é externa, nela cabem coisas como a hipocrisia. Na espiritualidade, não. Nos meus estudos de teologia, escolhi o caminho da antropologia, da filosofia. É salutar que a religião abra espaço para a dúvida. Isso pode soar um tanto herético num primeiro momento, o que já me fez sofrer críticas, mas decidi que as pessoas precisam ouvir isso, sobretudo num momento em que o discurso religioso passa por tanto descrédito. As pessoas têm que saber que o sagrado não se opõe ao profano, nem o contrário.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/musica/padre-fabio-de-melo-canta-com-nana-caymmi-zeca-pagodinho-em-novo-disco-15838535#ixzz3X67KIflc 
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Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição

Julio Cesar disse:

Não quero e nem vou polemizar nada. Mas, o que NÃO posso, é ficar calado. Ou será que NÃO existe democracia? Ou, será que não posso ter uma opinião diferente?

As pessoas nos menosprezam porque não aceitamos o pecado como algo “normal”. Realmente meu irmão, o pecado, não é uma coisa normal. Quando o Padre diz que, o direito a união gay é “legitimo” por direito, de outra forma, estar pregando que a união entre duas pessoas do mesmo, NÃO é pecado.

Quando falamos de pecado, as pessoas entendem, ou são manipuladas a entender que, estamos sendo contra elas. Não é nada disso. Não se deixem ser levados por pessoas assim. Pessoas, partidos, grupos que fomentam essa mentalidade, estão querendo uma divisão, uma guerra.

O que é o pecado? – O pecado, é a minha inclinação para as minhas vontades, feitas de maneira errada. Temos dentro de nós, uma completa desarrumação interior muito grande, na qual, nos leva a fazer coisas que mais cedo ou tarde por nos prejudicar.

O demônio sabendo de nossas fraquezas, ele fará de tudo para explorar isso. Vai explorar os nossos sentidos, para que uma vez inclinados ao pecado, se dê como consumados. É uma luta diária até o fim de nossas vidas. Ao assumir a minha carne, e a minha vida, se encarnou em nossa historia e a viveu de forma integra não no pecado, Jesus Cristo nos deu um exemplo de como viver. Suportou tudo por amor a Deus. Foi obediente ao Pai até o final de sua vida. Aceitou todo sofrimento no corpo, para colocar o nosso ser no céu. Antes, o céu estava fechado para nós. Jesus ao assumir a minha vida, a elevou ao grau maior com seu sofrimento e morte de Cruz. Jesus Cristo pagou um alto preço por mim. Salvou-nos. Não somos mais escravos da carne, mais escravos do pecado. A nossa carne se tornou divina. O nosso ser habita Deus. E, quando pecamos na carne, estamos novamente agredindo a Jesus Cristo. Estamos cuspindo, o torturando de novo.

Quando me inclino a fazer a vontade de minha carne, de forma errada, estou pecando, estou me excluindo do amor de Deus. Deus nos ama, apesar de nossos pecados. Deus não exclui ninguém, seja ele quem for, ou da maneira que esteja vivendo. Mas, Deus ABOMINA o pecado. O meu pecado, NÃO atinge somente a mim, mais todas as pessoas em minha volta. Com o meu pecado, eu abro as portas da minha vida e da minha família para os demônios. Todo o pecado leva o homem à morte do corpo e da alma. Porque é assim que o demônio nos trata. Ele nos oferece uma felicidade falsa, depois, o resultado virá.


Quando nos colocamos com a pratica sexual desordenada, NÃO estamos sendo contra ninguém. Eu amo cada pessoa, amo até os meus inimigos. Mas, quem ama, sempre fala a verdade e cuida para que o outro encontre a verdade e a verdadeira felicidade. Não for impor, vou propor. E creio que isso que o discurso do Padre não mostra.  Não concordar com o Padre, não me faz inimigo da Igreja. Eu amo a Igreja de Cristo e por ela morro e luto por seus Sacerdotes. Sem Eles, o meu Cristo não viria a mim. Sem eles, o meu Cristo não me absolveria dos meus pecados.

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