segunda-feira, 27 de abril de 2015

UMA NAÇÃO QUE SERÁ EM POUCO TEMPO COMUNISTA, E UM POVO ESCRAVO, SEM DIREITO, E SEM VIDA: ACORDEM, SENADORES! Fachin, o candidato de Lewandowski e de Dilma ao Supremo, acha essa conversa de “família” uma besteira… Ele não vê diferença, por exemplo, entre mulher e amante

Se o Senado aprovar o nome de Luiz Edson Fachin, o homem de Ricardo Lewandowski e de Dilma, para o Supremo Tribunal Federal, não estará chegando ao STF apenas o ministro da CUT e do MST. Não estará chegando ao STF apenas o homem que sugere que um juiz deva julgar tanto com a “testa” (puro e simples arbítrio) como com o texto (o que diz a lei). Estará chegando ao STF um esquerdista que é dono das teses as mais exóticas sobre o direito de família.
Fachin é diretor de um troço chamado Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), que promove três causas no tribunal. Prestem atenção:
1: o IBDFAM acha que a amante tem de dividir com a mulher legítima a eventual pensão por morte do marido;
2: o IBDFAM acha que cirurgias de esterilização devem dispensar a autorização dos dois cônjuges;
3: o IBDFAM acha que transexuais que não se submeteram a cirurgias têm o direito de usar o nome pelo qual são conhecidos, o chamado nome social.
Notem, de saída, que as duas primeiras teses praticamente desconsideram a noção de família ou a dão por destruída. A amante passa a integrar o núcleo familiar, ao arrepio da, como vou chamar?, “mulher oficial”.
Como? Não fica bem falar em “preservação da família”? Pois eu falo. A questão da esterilização ignora o fundamento de que o casal constitui, afinal, uma unidade. Assim, a mulher pode, por exemplo, fazer uma cirurgia de laqueadura sem dar satisfação ao marido, e este, submeter-se a uma vasectomia sem nem mesmo comunicar a decisão à sua mulher. Se os parceiros que ficaram fora da decisão querem ou não ter filhos, pouco importa. Que mudem de casamento!
É uma tese conexa à do “aborto como um direito da mulher porque diz respeito a seu corpo”, defendida pelo feminismo mais canhestro, com a qual, suponho, Fachin deve também se alinhar.
A terceira causa do instituto de que Fachin é diretor já foi objeto de duas resoluções federais no dia 12 de março. Uma delas garante justamente o tal uso do nome social em ocorrências relativas à segurança pública. A outra, coalhada de absurdos, permite que um estudante, mesmo menor de idade, seja chamado por seu nome social. Vai além: faculta o uso do banheiro segundo a identidade alegada pela pessoa. Ou por outra: se um garoto se sentir uma menina e se vestir como tal, então ele passa a ter o direito de usar o banheiro feminino…
Leio no Globo que Fachin já passou mel da boca do suposto conservador Marcelo Crivella, senador da Igreja Universal, de Edir Macedo, e também do PRB do Rio… O advogado foi falar com o parlamentar, que ficou encantado com a sua conversa. Bem, de conservadores como Crivella, o inferno certamente está cheio, não é mesmo?
Segundo o senador, o interlocutor lhe garantiu que temas ligados à família pertencem à órbita do Congresso, que é quem deve legislar a respeito… Ora, não me diga! Eu estou enganado ou o Supremo, em duas decisões, uma vez provocado, mudou o conceito de família, ignorando um artigo da Constituição, e ampliou as possibilidades do aborto, ignorando o Código Penal? Eu estou enganado ou o Supremo se arvorou até mesmo em fazer a reforma política? Mas esses não são temas que dizem respeito ao Congresso?
Aí alguém dirá: “Ah, mas Fachin conta com o apoio de tucanos como Alvaro Dias e Miguel Reale Jr.”! E eu com isso? Se o PSDB sempre fizesse a coisa certa, talvez o PT não estivesse no 13º ano de seu mandato, com o país na pindaíba.
Fachin encarna o esquerdismo mais deletério. O PT, que está morrendo, pretende sobreviver como o Partido do Tapetão.
Por Reinaldo Azevedo

28/04/2015
 às 7:49

ESTA VAI PARA O SENADO – Além de teórico dos direitos da amante, Fachin, candidato ao STF, também flerta com a poligamia e vê em quem discorda nada mais do que “gosma”…  

Vejam esta foto. Volto a ela no fim do texto.
Fachin com a mulher
A presidente Dilma Rousseff indicou o advogado e professor Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal. Sou dedicado. Quando a petista escolheu Roberto Barroso, por exemplo, decidi ler um livro escrito pelo homem: “O Novo Direito Constitucional Brasileiro”. Antes de ele ser aprovado pelo Senado, escrevi uma série de artigos a respeito do seu pensamento.  Estão aqui. Previ problemas. Barroso integrou a nova maioria que absolveu a cúpula petista do crime de formação de quadrilha no julgamento dos embargos infringentes. Mais: ele é o autor intelectual da Ação Direta de Inconstitucionalidade que pretende proibir a doação de empresas a campanhas eleitorais, o que jogaria o sistema político na clandestinidade. Eu estava certo. Agora, decidi ler o pensamento do professor. É chocante.
Publiquei nesta segunda um post a respeito. Demonstrei que o doutor está empenhado em teses que simplesmente destoem qualquer noção comezinha de família, como essencialmente a conhecemos nos países ocidentais ao menos. É tal a quantidade de barbaridades que trazem a sua chancela que não conseguirei resumir tudo neste segundo post. Outros haverá a respeito.
Além de ser um teórico dos direitos da amante, o professor flerta abertamente com a poligamia. Sim, senhores! Vocês leram direito. O agora candidato ao Supremo prefaciou um livro que faz a apologia da poligamia, intitulado “Da Monogamia – A sua superação como princípio estruturante da família”, de Marcos Alves da Silva, ex-aluno do dito jurista.
Capa do Livro Monogamia
Mera especulação acadêmica? Não mesmo! Quando nos damos conta das demais teses que Fachin patrocinou, é forçoso reconhecer que estamos diante de um inimigo declarado da família, segundo, ao menos, esta que conhecemos. Atenção! Eu nem me refiro à família dita tradicional Nem aquele conceito revisto e ampliado pelo STF por conta própria, sem participação do Congresso, serve ao doutor. Na concepção do candidato ao Supremo, essa história de núcleo familiar composto por homem e mulher, dois homens ou duas mulheres é coisa de mentes provincianas. Ele  quer botar mais gente nessa cama. No prefácio que faz da obra, como vocês verão, ele vai além de elogiar a, digamos, coragem teórica de seu ex-pupilo.
O livro não deixa dúvida: prega a superação da monogamia. O prefaciador também não deixa dúvida quanto à adesão à tese, tanto é que intitula seu texto de “Seres sem jugo”. Qual? Ora, o da monogamia. Para o candidato a ministro, a tese deriva daquele grupo de pessoas “de mentes generosas e corajosas, preocupadas incessantemente com o que nos define como humanos (…)”. Parece que superar a monogamia, ou defender a sua superação, torna o indivíduo um humano superior. Segue imagem do texto.
Poligarmia - Trecho 1
Intolerante
Fachin demonstra não ser do tipo tolerante com a divergência. Segundo escreve, seu ex-aluno, entusiasta da poligamia, se esforçou para “não se servir de fantasias que povoam as vestes jurídicas das relações familiares”. Em suma, os que discordam de autor e prefaciador são pessoas presas a meros formalismos sem substância. Ele vai ser ainda mais duro na desqualificação dos adversários intelectuais. Escreve: “O texto de Marcos Alves da Silva não compõe o coro crédulo e entusiástico da manualística rasteira que grassa pelo Direito de Família no Brasil e que mistura Sula Miranda com Shakespeare (…), essa gosma com verniz de epidérmico conhecimento que hoje, em muitos livros e não em poucos tribunais oscila entre o provinciano e o surreal (…)” . Parece que o advogado considera “gosma” as escolhas morais que não coincidem com as suas. Segue trecho.
Poligamia - Trecho 2
Houvesse alguma dúvida sobre a adesão de Fachin à tese, ela seria dirimida na parte final de seu prefácio, como se lê abaixo.
Poligamia - Trecho 3
Leio ali: “quiçá ser um verdadeiro ser humano, especialmente nas relações familiares, pode iluminar um ser sem jugo.” O que isso quer dizer, além de um estilo insuportavelmente cafona e do uso indevido do modo indicativo no lugar do subjuntivo (“quiçá possa”)? Resposta: nada! Afinal, é o verdadeiro ser humano que ilumina o ser sem jugo, ou é preciso não estar submetido a jugo para ser um “verdadeiro ser humano”? Quero ver Fachin responder quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha. Ou ainda: por que Tostines é mais fresquinho? De resto, um homem submetido a condições que não escolheu perde a sua condição humana? É esse o pensador  que diz se opor à “gosma com verniz epidérmico”?
E o doutor conclui: “Apenas belo sonho? A liberdade da resposta não conforta a quem se acomoda no dogmatismo enclausurado nem sobressalta quem elimina a instância jurídica como instrumento de emancipação. Anima, porém, quem ainda combate a luta que não é mesmo vã e clama por justiça e vida digna. Acolhamos, pois, numa comunhão de boa leitura, as propostas que embalam significantes e significados no berço que desempacota os nós de alguns ninhos.”
Como se nota, para o “supremável”, o direito é, sim, um terreno de militância — “instrumento de emancipação”. E é esse militante que Dilma quer no Supremo, com a chancela do MST e da CUT. Mas esses estão virando males menores. O nome escolhido pela petista, está demonstrado, é inimigo da família segundo a entende a esmagadora maioria dos 200 milhões de brasileiros, dos quais ele pode ser ministro.
Fachin, a gente percebe, tem horror a Sula Miranda. Está na cara que se tem na conta de um Mozart das letras jurídicas. Decidi ler o que ele andou escrevendo sobre direito da família. Posso assegurar que nem mesmo um Pestana ele consegue ser, aquela triste personagem de Machado de Assis que queria compor música erudita, mas só conseguia produzir polcas.
Mas há uma diferença: Pestana era infeliz porque tinha noção de sua mediocridade. Fachin, pelo visto, é feliz.
Fiquem calmos, senhores senadores, o homem é capaz de muito mais. E eu ainda vou demonstrar isso.
A foto
Ah, sim: o advogado foi ao Senado no dia 15 pedir o apoio de Renan Calheiros. Levou a sua mulher a tiracolo, a desembargadora Rosana Fachin. Estavam juntos. De mãozinhas dadas. Eu sou terrivelmente lógico, professor. Caso o senhor tivesse uma amante (não estou perguntando nem da minha conta), o certo seria que ela estivesse enlaçada à sua outra mão? Afinal, o senhor defende que até a pensão a viúva oficial divida com a viúva paralela.
Não havia entendido a foto (de Ailton de Freitas/ Agência O Globo), Depois que li as enormidades escritas pelo candidato ao Supremo, tudo ficou mais claro. Sem entrar na economia doméstica dos afetos, diria que lá vai menos um casal feliz do que um álibi.
Que os senadores se pronunciem!
Texto publicado originalmente às 3h46
Por Reinaldo Azevedo


Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição


Julio Cesar disse:

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