BUENOS AIRES - Metade da população latino-americana
é considerada pobre ou, pelo menos, corre risco de cair na pobreza, divulgou
nesta segunda-feira a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
(Cepal). O dado é preocupante para uma região que, no começo deste século,
cresceu como poucas vezes em sua história, reduzindo seus elevados índices de
desigualdade.
O organismo das Nações Unidas advertiu ainda que a
redução da pobreza estagnou desde 2012, e o índice de indigência começa a
mostrar uma leve tendência de alta. Até 2014, cerca de 167 milhões de
latino-americanos se encontravam em situação de pobreza, o que representa 28%
do total da população. Deste universo, cerca de 71 milhões de pessoas (12% do
total) não têm recursos suficientes para garantir os alimentos básicos.
— Nos preocupa muito que haja uma piora forte nos
índices de pobreza. Isso está atrelado ao mercado de trabalho informal e do
setor de serviços — explicou o economista chefe para a América Latina do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), George Gray Molina.
“As crianças, as mulheres, os jovens, os idosos, as pessoas com deficiências, os povos indígenas e as populações afrodescendentes são aqueles que mais sofrem situações de discriminação, carência, privação de direitos ou de vulnerabilidade na região”, ressaltou a Cepal.
Enquanto 7% da população não indígena e não
afrodescendente é considerada indigente ou altamente vulnerável à indigência, o
mesmo índice sobre para 11% no caso da população negra e para 18% nos povos de
origem nativa. Já as mulheres só têm acesso a 38% da massa dos proveitos
monetários na América Latina.
“Entre os fatores sociais que produzem, exacerbam
ou atenuam as desigualdades, o mais decisivo é o mundo do trabalho”, explicou o
organismo. Os salários representam, em média, 80% da renda total das famílias
latino-americanas. Já para o total das casas em situação de pobreza, o
percentual cai a 74% e, para os lares em indigência, a 64%.
Além disso, é importante priorizar o acesso ao
emprego produtivo e de qualidade, ressaltou a Cepal. Do total de pessoas
empregadas na região, 18,9% recebe salários abaixo da linha da pobreza
atualmente.
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Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
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