segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Exemplo de paciência

fé-paciencia



O grande São Remígio, arcebispo de Rheims, mostrou-se, numa desgraça, modelo de heroica paciência.
Ameaçava o país uma crise terrível, e a fome seria fatal. O santo, previdente, juntou para os seus pobres grande quantidade de trigo. Uns malfeitores invejosos correram a lançar fogo em todos os celeiros.
O santo, mal teve disso notícia, montou a cavalo e sem demora se precipitou para ver se continha ainda os criminosos e salvar o trigo dos pobrezinhos. Mas ai! Já era tarde. As chamas se levantavam, devorando tudo. Que fazer? O homem de Deus parou o cavalo, contemplou uns instantes aquele espetáculo tão desolador, apeou e adiantou-se para o fogo. Era um dia de inverno. Começou a esfregar as mãos e foi aquecer-se tranquilamente ao calor das chamas. E, ao verem-no tão calmo, admiraram-se todos. – “Meus amigos – disse todo afável e sorridente o Arcebispo -, afinal de contas, sempre é o calor uma coisa muito boa!”
Belo exemplo de paciência! Se caiu sobre nós uma desgraça irremediável, que fazer? Aproveitar o que tenha ela de bom. E… Paciência, abandono à Santíssima Vontade de Deus! É inútil perder a paz. “Há males que vêm para o bem”, diz o povo. E de grandes calamidades saíram grandes santos. Portanto, quando as chamas de todas as calamidades vierem devorar a pobre casinha de nossos sonhos, tenhamos paciência! Há de haver aí fogo de algum bem. E que esse nos aqueça o pobre coração!
Trecho retirado do livro: O Breviário da Confiança
http://cleofas.com.br/exemplo-de-paciencia/
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição


Julio Cesar disse:

Muito forte. Mas, é a realidade de nossa vida. Há coisas que vão escapara de nossas mãos e entendimento. O que fazer então? Nada. Apenas estar em Deus e deixar que ELE nos indique o caminho a seguir.

Tudo o que nos acontece tem sempre algo a nos falar, e mostrar. Diante daquilo que nos causa tão grande dor, revolta, indignação, Deus tem nos mostrar, e ao mesmo tempo tirar daí. Nada fica solto, desconectado, quando passamos a dá outro sentido o que nos rouba.

Tudo é provisório. Tudo se vai. O que temos então, é para amar e para partilhar com os demais. Quando chegar o momento de tudo isso ir embora, mesmo na dor da saudade, teremos a certeza que não deixamos que passasse o amor. Diante de tudo isso, a certeza de que algum dia, contemplaremos a beleza de tudo no céu.

As perdas, tem a força de nos arrancar desse mundo, das coisas criadas, para que os nossos olhos NÃO percam o caminho do céu, e nem se prenda as coisas que passam. Tudo o que temos, é graça e dom de Deus para esse mundo, para a sua Igreja. Nada é nosso. Mas, estar sobre a nossa administração, para ser bem cuidado, ser amado. Amemos sempre, todos os dias, como se cada dia, fosse o único.

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