O catolicismo é a religião predominante entre os 513 deputados federais que tomam posse neste domingo (1º) na Câmara, de acordo com levantamento do G1 (clique na imagem ao lado para ver página especial).
De 421 deputados que responderam ao questionário proposto, 300 (71,2%) se declararam católicos. Outros 68 (16%) afirmaram ser evangélicos, oito (1,9%) disseram ser adeptos do espiritismo e apenas um deputado (0,23%) afirmou ser judeu.
Outros 14 (3,3%) afirmaram ser cristãos, mas não especificaram se seguem alguma religião. Dois (0,47%) disseram seguir todas as religiões, enquanto 19 (4,51%) alegaram não pertencer a religião alguma. Dos 513 deputados, 101 não responderam sobre o tema.
O número de católicos dentre os que responderam o questionário do G1 é superior à média nacional, e o de evangélicos, menor.
De acordo com o último dado disponível do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Censo de 2010, 64,6% da população se declararam católicos, enquanto os evangélicos somavam 22,2%.
Levantamento
Os números foram obtidos a partir de respostas de deputados eleitos e reeleitos a um questionário apresentado pelo G1 nas duas últimas semanas.
Além de opiniões a respeito de 12 assuntos considerados polêmicos, o questionário buscou saber a religião e o time de preferência dos políticos.
O levantamento do G1 envolveu uma equipe de 14 jornalistas de Brasília, São Paulo e Pernambuco, com a colaboração de repórteres de outros estados do país.
A reportagem procurou todos os 513 deputados que assumirão mandatos na Câmara para responder ao questionário. No caso dos deputados que assumiram cargos no governo federal, em estados ou municípios, o G1procurou o suplente que herdará a cadeira.
A maioria dos parlamentares respondeu às perguntas por telefone, mas uma parte preferiu receber por e-mail e devolver preenchido. Em todos os casos, os deputados foram informados de que suas respostas não serão individualizadas.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/01/71-dos-futuros-deputados-se-dizem-catolicos-e-16-evangelicos.html
Quase metade dos deputados admite legalizar
maconha para uso medicinal
O uso da maconha para fins medicinais é aprovado por 242 (47,1%) dos 513 deputados que assumem a Câmara a partir deste domingo (1º), apurou levantamento efetuado pelo G1(clique na página ao lado para ver página especial). Somente 7% (36 parlamentares) defendem a liberação do consumo da erva; 136 (26,4%) são contra; os outros 99 (19,2%) não quiseram responder.
Entre o último dia 15 e esta sexta-feira (30), oG1 aplicou aos deputados um questionário sobre 12 temas que deverão constar da pauta de debates legislativos deste ano. Parte dos deputados respondeu pessoalmente ou por telefone e outra parte, por e-mail ou por intermédio das assessorias. Todos foram informados de que a divulgação das respostas não seria feita de forma individualizada. No total, 421 deputados responderam ao questionário (82%); 44 se recusaram a responder (8,5%); e 48 não se manifestaram sobre os pedidos de entrevista (9,3%).
Em 14 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu retirar o canabidiol da lista de substâncias de uso proscrito. Na prática, o órgão do governo liberou a comercialização de medicamentos com a substância. Antes, a venda do produto era vetada.
O canabidiol é uma substância química encontrada na maconha e que, segundo estudos científicos, tem utilidade médica para tratar diversas enfermidades, entre as quais, doenças neurológicas.
Com a decisão da Anvisa, as empresas interessadas poderão produzir e vender derivados de canabidiol após a obtenção de um registro da agência. A aquisição do produto, informou o órgão, deverá ocorrer de forma controlada, com a exigência de receita médica de duas vias.
Disputa eleitoral
Na avaliação de Dilma, não cabe a legalização da maconha no Brasil porque é um país onde existe o crime organizado e as principais drogas são o crack e a cocaína. Para a presidente, a "pauta" não é a legalização, mas, sim, o combate ao tráfico e o tratamento de viciados, além da prevenção.
Em entrevista ao G1, o então candidato pelo PSDB ao Planalto Aécio Neves disse não ser favorável à legalização da maconha. Ele afirmou que o Brasil não deve se comportar como "cobaia" ou ser um país "experimental" na liberação.
"Respeito países que estão buscando alternativas, nós devemos inclusive acompanhar e observar com atenção essas experiências, mas eu ainda não vi nenhum resultado objetivo em países que avançaram na descriminalização", disse.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/01/quase-metade-dos-deputados-admite-legalizar-maconha-para-uso-medicinal.html
Mais da metade dos deputados apoia
criminalizar a homofobia
Mais da metade dos 513 deputados que assumem a Câmara a partir deste domingo (1º) é favorável a transformar em crime a prática da homofobia (discriminação contra homossexuais). Levantamento do G1 (clique na imagem ao lado para ver página especial) indica que 261 (50,8%) apoiam a punição a quem praticar ato discriminatório; 136 (26,5%) são contra; e outros 116 (22,6%) não responderam.
Entre o último dia 15 e esta sexta-feira (30), oG1 aplicou aos deputados um questionário sobre 12 temas que deverão constar da pauta de debates legislativos deste ano. Parte dos deputados respondeu pessoalmente ou por telefone e outra parte, por e-mail ou por intermédio das assessorias. Todos foram informados de que a divulgação das respostas não seria feita de forma individualizada. No total, 421 deputados responderam ao questionário (82%); 44 se recusaram a responder (8,5%); e 48 não se manifestaram sobre os pedidos de entrevista (9,3%).
A criminalização da homofobia causou polêmica na disputa presidencial no ano passado. Em agosto, um dia após divulgar seu programa de governo, a então candidata a presidente pelo PSB, Marina Silva, retirou o trecho que defendia um projeto em tramitação no Congresso que criminaliza a homofobia.
À época, a assessoria da campanha de Marina informou em nota que o texto inicialmente divulgado não retratava "com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo".
O projeto de lei cujo apoio foi retirado do programa de governo de Marina tramita no Congresso desde 2001. A proposta torna a homofobia crime com punição semelhante à de crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional .
A proposta foi aprovada na Câmara em 2006. No Senado, o projeto causou sessões tumultuadas nas comissões e foi defendidopela ex-ministra dos Direitos Humanos e deputada, Maria do Rosário (PT-RS). A proposta, no entanto, não foi votada em plenário e acabou arquivada pelo Senado.
Maria do Rosário também é autora do projeto mais recente apresentado na Câmara. A proposta, apresentada no ano passado, aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça. O projeto prevê a definição dos crimes de ódio e intolerância, entre os quais a homofobia, além da criação mecanismos para coibi-los.
Novo Código Penal
Tramita também no Senado a reforma do Código Penal brasileiro, que criminaliza a homofobia ao incluir um artigo que determina prisão de 1 a 5 anos para quem praticar discriminação ou preconceito de “identidade ou orientação sexual”. O texto assegura, por outro lado, a livre manifestação do pensamento “de natureza crítica”, especialmente em casos de “liberdade de consciência e de crenças religiosas”.
A proposta, já aprovada por uma comissão especial da Casa, aguarda análise na Comissão de Constituição e Justiça. Para virar lei, o texto precisará ser votado no plenário do Senado e da Câmara.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/01/mais-da-metade-dos-deputados-apoia-criminalizar-homofobia.html
Mais da metade da nova Câmara quer manter
atual legislação sobre aborto
A atual legislação sobre o aborto não deve ser alterada, na opinião de mais da metade dos deputados que assumem a Câmara a partir deste domingo (1º), segundo levantamento efetuado pelo G1 (clique na imagem ao lado para ver página especial). Dos 513 deputados, 271 (52,8%) se disseram favoráveis a permitir o aborto nas situações atualmente previstas em lei; 90 (17,5%) admitem a prática em mais situações; 58 (11,3%), em menos situações ou em nenhuma; e 94 (18,3%) não responderam.
Entre o último dia 15 e esta sexta-feira (30), oG1 aplicou aos deputados um questionário sobre 12 temas que deverão constar da pauta de debates legislativos deste ano. Parte dos deputados respondeu pessoalmente ou por telefone e outra parte, por e-mail ou por intermédio das assessorias. Todos foram informados de que a divulgação das respostas não seria feita de forma individualizada. No total, 421 deputados responderam ao questionário (82%); 44 se recusaram a responder (8,5%); e 48 não se manifestaram sobre os pedidos de entrevista (9,3%).
O aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento é considerado crime, com pena de detenção de 1 a 3 anos. Pela lei, a prática é permitida apenas em duas situações: quando há risco de vida para mãe ou em caso de estupro.
De acordo com a decisão do STF, obrigar a mulher manter a gravidez diante do diagnóstico de anencefalia implica risco à saúde física e psicológica. Aliado ao sofrimento da gestante, o principal argumento para permitir a interrupção da gestação nesses casos é a impossibilidade de sobrevida do feto fora do útero.
O assunto gera polêmica dentro do Congresso Nacional. Segundo informações do site da Câmara, tramitam ou já tramitaram na Casa 61 projetos de lei relacionados ao tema aborto.
A proposta estabelece um benefício mensal no valor de um salário mínimo e uma bolsa-auxílio de três meses a mulheres que engravidarem em decorrência de estupro e optarem por não realizar o aborto.
Aprovada nas comissões de Seguridade Social e Família e de Finanças e Tributação, o projeto aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça antes de ir a plenário.
Também há na Câmara pelo menos quatro propostas que transformam o aborto em crime hediondo. Os projetos foram reunidos e, em 2011, tiveram parecer contrário na Comissão de Seguridade Social. Com o fim da legislatura, serão arquivados pela Mesa Diretora da Casa.
Algumas propostas a favor da legalização do aborto também tramitaram no Congresso. A do ex-deputado Eduardo Jorge retirava do Código Penal o crime de aborto provocado pela mãe ou com seu consentimento. O projeto, no entanto, teve parecer contrário em duas comissões da Câmara e acabou arquivado em 2011.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/01/mais-da-metade-da-nova-camara-quer-manter-atual-legislacao-sobre-aborto.html
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse: