É preciso rezar a Deus e pedir todos os dias a graça de entender a sua vontade, a graça de fazer a sua vontade e a graça de realizar sua vontade completamente. Este é o ensinamento que o Papa buscou na liturgia do dia para inspirar a sua homilia na manhã desta terça-feira (27/01), na Casa Santa Marta.
Certa vez havia uma lei feita de prescrições e proibições, de sangue de bois e cabras, “antigos sacrifícios” que não tinham a “força” de “perdoar os pecados”, nem de fazer “justiça”. Então, o Cristo vem ao mundo e com sua subida à Cruz – o ato “que de uma vez por todas nos justificou” – Jesus demonstrou qual é o sacrifício que mais agrada a Deus: não o holocausto de um animal, mas a oferta da própria vontade para fazer a vontade do Pai.
Núcleo da fé
As leituras e o Salmo do dia conduzem a reflexão de Francisco a respeito de um dos fulcros da fé: a “obediência à vontade de Deus”. Esta, afirma o Papa, “é a estrada da santidade, do cristão” para que o “plano de Deus seja realizado”, que “a salvação de Deus seja realizada”:
“O contrário teve início no Paraíso, com a desobediência de Adão. E aquela desobediência trouxe mal a toda a humanidade. Os pecados também são atos de desobediência a Deus, de não fazer a vontade de Deus. O Senhor, ao invés, nos ensina que esta é a estrada e que não há outra. E começa com Jesus, sim, nos Céus, na vontade de obedecer o Pai. Mas na terra começa com Maria: ela, o que disse ao Anjo? ‘Que seja feito aquilo que dizes’, isso quer dizer, que seja feita a vontade de Deus. E com este ‘sim’ ao Senhor, o Senhor deu início ao seu percurso entre nós”.
“Não é fácil.” O Papa usa várias vezes essa expressão quando fala de realizar a vontade de Deus. Não foi fácil para Jesus que foi tentado no deserto e também no Horto das Oliveiras, e com dor no coração aceitou o suplício que o aguardava. Não foi fácil para alguns discípulos, que o deixaram porque não entenderam o que significava “fazer a vontade do Pai”. Não o é para nós, a partir do momento que – notou o Papa – “todos os dias nos são apresentadas em uma bandeja tantas opções”. E então, se perguntou, como “faço para fazer a vontade de Deus?”. Pedindo “a graça” de desejar realizá-la:
Fazer a vondade de Deus
“Eu rezo para que o Senhor me dê a vontade de fazer a sua vontade ou busco acordos porque tenho medo da vontade de Deus? Outra coisa: rezar para conhecer a vontade de Deus em relação a mim e à minha vida, sobre a decisão que devo tomar agora. Sobre a maneira de administrar as coisas… A oração para querer fazer a vontade de Deus, e a oração para conhecer a Sua vontade. E quando conheço a vontade de Deus, com a oração pela terceira vez: realizá-la. Para realizar a vontade, que não é a minha, mas é Sua. E não é fácil”.
Portanto, resumiu o Papa, “rezar para sentir a vontade de seguir a vontade de Deus, rezar para conhecer a vontade de Deus e rezar – uma vez reconhecida – para prosseguir com a vontade de Deus”:
“Que o Senhor nos dê a graça, a todos nós, para que um dia possa dizer de nós aquilo que disse daquele grupo, daquela multidão que o seguia, daqueles que estavam sentados a seu redor, como ouvimos no Evangelho: ‘Eis minha mãe e os meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus é para mim irmão, irmã e mãe”. Fazer a vontade de Deus nos faz ser parte da família de Jesus, nos faz mãe, pai, irmã e irmão”.
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
Oferta de vida.
Aprendi que, temos uma identidade muito intima, na
qual, nos foi dada por Deus, e que carrega um significado muito grande, e
forte: SOMOS FILHOS DE DEUS, IMAGEM E SEMELHANÇA DELE – Da mesma maneira que
Deus é no céu, devemos ser nesta terra – Homens ou Mulheres, fomos criados. E
cada vez mais, temos que ser mais homens e mais mulheres, e não ao contrário –
casados, solteiros, celibatários Consagrados, Sacerdotes, cada um no seu estado
de vida, escrito no coração de Deus desde toda eternidade. Nascidos para sermos
Santos, para amar, para perdoar, para servir, doa-se por completo ao outro –
Com um carisma especifico (canção nova, shalom, etc) ou não.
Essa identidade de Deus em nós nos serve para vivermos
todos os dias, em todos os lugares e situações do nosso cotidiano, para que se
manifeste a glória de Deus. Nas coisas mais ordinárias do dia, possamos viver
intensamente a vontade de Deus. Ser o rosto de Cristo para o irmão.
Evangelizando com a minha vida ou com a Palavra de Deus. Não podemos imaginar
que, a nossa vida se resuma a um ciclo vicioso que se completa todo dia em um
ritmo monótono. A nossa vida, é muito mais que isso. Posso sempre viver nesse
ciclo ( Trabalho, estudo, família, diversão), mais dentro dele na forma dele, tenho que levar aquilo que
sou, aquilo que Deus me fez ser: Imagem e semelhança Dele.
Como o Papa diz, não é fácil. Não é fácil porque, temos
que romper com o homem velho e a mulher velha, que prefere viver em uma
fantasia, achando que a vida é essa aqui, e pronto, e então, vamos viver de
todo jeito, de todas as formas. Não. A nossa vida, vai muito, além disso tudo.
Ao fechar os olhos aqui, vamos abri-lo imediatamente diante de Deus. E, diante
de Deus vamos prestar contas de todos os nosso atos, pensamentos e palavras. A nossa
vida, somente terá sentido se acolhermos e vivermos a vontade de Deus.
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