segunda-feira, 23 de março de 2015

Babilônia reage à queda no Ibope com aborto, racismo e drogas



Após estrear com 33 pontos e cair para 22 na prévia do Ibope de sábado (21), Babilônia reage nesta semana com três temas polêmicos. A novela das nove da Globo deixa de lado as demonstrações de carinho de Estela (Nathalia Timberg) e Teresa (Fernanda Montenegro) e as aventuras sexuais de Beatriz (Gloria Pires) e investe no mau-caratismo de Aderbal (Marcos Palmeira) e Murilo (Bruno Gagliasso) e no racismo de Inês (Adriana Esteves).

Grávida do prefeito da fictícia Jatobá, a empregada da família de Aderbal será flagrada por um jornal entrando em uma clínica clandestina de aborto. Já Murilo usará um adolescente do morro para comprar drogas para seus clientes. E Inês (Adriana Esteves) vai apelidar preconceituosamente a mocinha Regina (Camila Pitanga) de "cabocla metida".

A advogada tentará subornar Regina e, além de ouvir desaforos, vai levar um tapa da vendedora. Disposta a conseguir arquivar o caso do atropelamento que Guto (Bruno Gissoni) cometeu, ela oferecerá dinheiro para a vítima, Wolnei (Peter Brandão), depor que estava bêbado e por isso não viu o barco se aproximar. Menor de idade, ele dirá na delgacia que Regina vendeu bebida alcoólica para ele. "Foi uma ideia brilhante, confessa! Agora, eu vou inocentar o Guto e dar uma rasteira naquela cabocla metida", dirá Inês a Beatriz.

Ela chamará a vendedora várias vezes de favelada, morta de fome e caboclinha. A personagem vai cometer um crime atrás do outro. Além de corromper Wolnei, ela abrirá uma empresa de fachada no nome de um parente que está em um manicômio para que a construtora de Evandro (Cassio Gabus Mendes) não apareça na compra de uma empreiteira no Nordeste. 

Aborto

No capítulo de quinta-feira (26), Babilônia entrará no tema aborto, revelando um podre do político corrupto vivido por Marcos Palmeira. Dia após dia, o público verá que de honesto, bonzinho e religioso ele não tem nada. A empregada da família será clicada entrando em uma clínica de aborto. A fotografia será publicada por um jornal de Jatobá, gerando um problema que pode arranhar a imagem do prefeito que defende "a moral e os bons costumes".


Marcos Palmeira na pele de Aderbal, o prefeito corrupto da novela das nove

A moça será humilhada por Consuelo (Arlete Salles) e acabará revelando que o filho que abortou era seu neto, filho de Aderbal. "Meu filho é homem, montou em você porque é homem, você engravidou porque é burra, até vagabunda de rua sabe evitar filho, sua cadela", gritará a mãe do prefeito. A personagem de Arlete Salles vai disparar muitos comentários preconceituosos e machistas na sequência. "Joga essa infeliz num carro e some com ela."

Para a imprensa, Aderbal vai se declarar escandalizado com a situação e contra o aborto. Para sua mulher e eleitores, Aderbal dirá que demitiu a moça porque ela "traiu sua confiança". A empregada receberá uma boa quantia para sumir. 

Drogas

Wolnei, o jovem atropelado no mar, contará uma série de mentiras. É por meio dele que o tema drogas será inserido na trama. Ele é o "aviãozinho" (pessoa que leva drogas do traficante até um cliente) usado por Murilo para conseguir entorpecentes para empresários e milionários que contratam os serviços de suas garotas de programa. 

Vinícius (Thiago Fragoso) vai seguir Wolnei disposto a descobrir porque o menino acusou Regina de vender bebida alcoólica a ele. O advogado acabará desmascarando o irmão de criação. No flagrante, Murilo quase será linchado por moradores do morro. "Se alguém tocar nele, vai responder por lesão corporal, artigo 129. Se vocês não se afastarem agora, eu chamo a polícia é pra enquadrar vocês por insuflar a violência", falará Vinícius.

Bruno Gagliasso (Murilo) em cena da novela com Bruno Gissoni (Guto, de costas)

Murilo e Vinicius vão discutir. Nos diálogos, eles não especificarão que tipo de tóxico Murilo compra, aliás nem falarão a palavra droga. Isso ficará subentendido conforme os atores falarem sobre o assunto. Para família, o cafetão diz que é produtor de eventos.

"Você não sabe o que é a vida de produtor de evento, tem que se virar nos 30 direto. É pressão, cobrança, neguinho acha que eu tenho que providenciar tudo o que os clientes querem. Na primeira vez que um cliente pediu, eu arrumei a parada com um amigo usuário, foi coisa pouca. E dei um troco para o tal Wolnei levar. É menor, se fosse pego se safava fácil", contará Murilo.

Primeiro encontro 

Além das citações racistas de Inês, do aborto que Aderbal mandará a empregada fazer e de Murilo fornecer drogas a clientes, haverá o primeiro encontro das três protagonistas da trama em cena. Regina procurará Beatriz para revelar que a advogada de seu enteado é uma bandida. A arquiteta será falsa, tratará a filha do homem que matou com respeito e se mostrará preocupada com as acusações feitas por ela.

Beatriz providenciará um "teatro" para enganar a vendedora e mostrar que não faz parte da armação de Inês. Ela colocará as duas cara a cara em sua casa. "Pois eu quero que fique bem claro que nem eu nem o meu marido aprovamos nenhuma conduta ilegal. Que o Guto responda por seus atos dentro da lei", dirá Beatriz. A sequência começará a ser exibida no final do capítulo de quarta-feira (25). 

E a frase "não estou disposta" dita por Beatriz no primeiro capítulo de Babilônia voltará a ser repetida pela arquiteta. Pedro (André Bankoff) sentirá que ela está estressada e tentará acariciá-la. "Eu não estou disposta", dirá a grã-fina.. 

http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/novelas/babilonia-reage-a-queda-no-ibope-com-aborto-racismo-e-drogas-7067


As telenovelas moldaram O Brasil



ENTREVISTA – ALBERTO CHONG

 DivulgaçãoQUEM É Economista nascido em Lima, no Peru. Tem 45 anos e mora em Washington, nos Estados Unidos

O QUE FEZ
Desde 2000, trabalha como pesquisador do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

O QUE PUBLICOU
As pesquisas Novelas e fertilidade: evidências do Brasil, com Suzanne Duryea, do BID; e Televisão e divórcio: evidências de novelas brasileiras, em parceria com Eliana Ferrara, economista da Bocconi University

ÉPOCA – De que forma as telenovelas influenciaram a sociedade brasileira? 


Alberto Chong – Durante o período da ditadura, os autores já viam nas novelas a oportunidade de lutar contra o sistema, apresentando novas ideias e valores. Há, de forma recorrente, a crítica à religião, ao machismo e ao consumo de luxo e a ideia de que a riqueza e o poder não trazem felicidade. A família está no centro dessas transformações. As novelas são um instrumento muito poderoso na formação de um modelo bastante específico de família: branca, saudável, urbana, bonita, consumista – e pequena.

ÉPOCA – Vem daí a explicação para a influência das novelas na queda da taxa de fertilidade? 


Chong – Sim. A família pequena é uma imposição da produção, que tem limitações de elenco. Para que a história aconteça, são necessários pelo menos cinco ou seis núcleos. Então nenhum pode ser grande demais. Por um tempo essa família tão reduzida era irreal. Com o tempo, porém, a repetida exposição desse perfil influenciou fortemente na preferência por menos filhos e pelo custo financeiro mais baixo dessa escolha. Ao longo dos anos, essa queda na taxa de fertilidade foi caindo mais em áreas alcançadas pela televisão do que em áreas que não recebiam o sinal.

ÉPOCA – As mulheres são o público principal das novelas. Elas são mais influenciáveis por esse tipo de conteúdo? 


Chong – Uma das ideias mais disseminadas pelas novelas, em todos os tempos, é, certamente, a emancipação feminina, junto com a entrada da mulher no mercado de trabalho. A busca do amor e do prazer pelas personagens femininas também é uma constante em qualquer trama – mesmo que ela tenha de cometer adultério, o que também é comum nas histórias.

ÉPOCA – No Brasil, de acordo com o IBGE, vem das mulheres a maior parte dos pedidos de divórcio. Quanto as novelas contribuem para isso? 


Chong – Estudar o Brasil sob esse ponto de vista é interessante, porque os casos de divórcio aumentaram dramaticamente nas últimas três décadas. Estima-se que as taxas aumentaram de 3,3 em cada cem casamentos em 1984 para 17,7 em 2002, mais do que em qualquer outro país latino-americano. Nosso estudo avança na hipótese de que os valores da televisão, mais precisamente das novelas, contribuíram de fato para esse aumento, principalmente a partir do momento em que no Brasil há um alcance desse tipo de programa como em nenhum outro país. A novela é, de longe, a maior atração da TV e é veiculada pela Rede Globo, que tem mantido um domínio quase absoluto do setor por cerca de três décadas. Percebemos que, quando a protagonista de uma novela era divorciada ou não era casada, a taxa de divórcio aumentava, em média, 0,1 ponto porcentual. A mudança é positiva. A simples possibilidade do divórcio dá às mulheres a chance de igualdade de gênero no casamento e na distribuição do trabalho, dentro e fora de casa. Também diminui a violência doméstica, os homicídios e suicídios.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI26593-15295,00-ALBERTO+CHONG+AS+TELENOVELAS+MOLDARAM+O+BRASIL.html
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição

Julio Cesar disse:

Vamos lá.

De acordo com reportagens, a novela Global Babilônia estar em constate queda, devido á abordagem desastrosa de temas polêmicos. Alguns sugerem que, essa medida se deve ao fato de que, hoje no Brasil, estar se adotando a mesma situação que a ditadura no passado fez em tentar impedir a divulgação IMORAL das novelas, nas quais, davam um ar de comunismo, de uma liberdade sem regras.

A reportagem abaixo, nos dá a dimensão da capacidade da Globo em suas novelas, DESTRUIR as famílias brasileiras. Por isso, se investe tanto na teledramaturgia. Agora, para tentar piorar de vez a questão, além das relações homossexuais, na qual, estar espalhada em torno de toda a programação da grade da Globo, a mesma vai exibir a questão do aborto, e das drogas. O fato é, a Globo trabalha para que essa abordagem de uma nova sociedade libertaria se faça cada vez mais presente. Nem que para isso, precise destruir os valores Cristãos.


O alcance da Globo é muito grande. O investimento é grande. A procura para a destruição da dignidade do ser humano tem levado a tores e diretores a fazer da ficção, algo bastante real que fixe nas mentalidades das pessoas, na qual, elas acreditem que isso, seja realmente, e fácil de ser vivido.  Com isso, quando nos colocamos contra essa forma IMORAL de manipular a mente das pessoas, a sociedade em geral, nos taxam de fanáticos. Pois bem. Ser fanático é ser igual e fazer a igual a Jesus Cristo? Então serei fanático. Ser fanático é falar a verdade, e ir contra a mentira e toda a corrupção? Então, serei fanático. Ser fanático é ser fiel a esposa e o esposo? Então, serei fanático. Ser Santo é ser fanático? Então, serei fanático. Amar como Jesus amou, perdoar como Jesus perdoou, é ser fanático? Então, serei fanático.

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