OHIO - A deputada estadual democrata Teresa Fedor foi interrompida por risadas de políticos republicanos quando revelava ter sido estuprada. O episódio aconteceu durante um discurso inflamado em Ohio sobre aborto, e foi a primeira vez que a deputada americana relatou o caso.
Um projeto de lei em Ohio quer proibir o aborto assim que o batimento cardíaco do feto puder ser detectado. Isto geralmente ocorre na sexta semana. O projeto despertou polêmica e provavelmente será derrubado na Suprema Corte, que já havia decidido que não se deve impor limites ao aborto até 24 semanas de gestação.
Porém, durante o debate, a posição a favor da aprovação da lei era preponderante, o que fez Teresa Fedor relatar seu drama.
— Já ouvi todas essas histórias que só se encaixam no seu cenário. E eu respeito isso. Mas vocês não respeitam a minha razão, meu estupro, meu aborto. O que vocês estão fazendo é tão fundamentalmente desumano, inconstitucional, e eu fiquei sentada aqui por muito tempo. Eu desafio qualquer um aqui a me julgar — afirmou Fedor no debate.
Fedor foi estuprada anos atrás, quando estava nas Forças Armadas, engravidou e se submeteu a um aborto. Diante da reação dos colegas, a deputada continuou, lembrando que servira ao Exército defendendo a liberdade, até que percebeu os risos.
— E por todas essas mulheres que foram estupradas no militarismo... eu vejo pessoas rindo. Do outro lado... parece ser um homem rindo. Isto é algo sério — afirmou a deputada ao ouvir as risadas.
Apesar do depoimento emocionado, o chamado projeto de Lei Batimento Cardíaco foi aprovado por 50 votos a 44 na sexta-feira passada e agora vai para o Senado estadual.
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