sábado, 21 de março de 2015

Relatório enviado ao governo mostra cooptação de brasileiros pelo Estado Islâmico

Imagem tirada de um vídeo mostra o líder do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Abu Bakr al Baghdadi


O governo brasileiro recebeu relatórios de diferentes órgãos de inteligência que detectaram tentativas do grupo terrorista Estado Islâmico de recrutar jovens brasileiros no país, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo. De acordo com os documentos, o grupo tem procurado potenciais "lobos solitários" brasileiros. Essa classe de insurgente é caracterizada por jovens capazes de arquitetar e executar ataques com facilidade, passando incólumes pela polícia justamente por não constarem de listas internacionais de terroristas. Segundo os relatórios, a situação é de "luz amarela".

A reportagem do jornal afirma que houve reuniões sobre o tema na Casa Civil ao longo da última semana. Representantes da pasta analisam os riscos de recrutadores tentarem driblar a segurança no período que antecede os Jogos Olímpicos de 2016. Os textos dos órgãos de inteligência apontam que, apesar de os maiores riscos envolvendo o evento esportivo recaírem sobre as manifestações e as possíveis greves, a maior preocupação é, mesmo, o terrorismo.


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Segundo os relatórios, apesar da aparente tranquilidade do governo em relação à ameaças, o país é alvo significativo. O Estado Islâmico, que tem buscado seus recrutas exclusivamente na Europa, teria a intenção de expandir o campo de procura para a América do Sul. Diante de tal risco, policiais europeus estiveram no país e fevereiro para se reunir com autoridades.

Os documentos detalham que o governo brasileiro estaria seguindo uma estratégia de prevenção direcionada às famílias, e não apenas aos jovens. Com isso, órgãos como a Abin e a Polícia Federal poderiam detectar focos de cooptação e alvos mais suscetíveis. Ainda de acordo com o jornal, as autoridades teriam encontrado mais de dez brasileiros convertidos se utilizando de redes sociais para estimular sírios deslocados pelo conflito a se juntar ao grupo terrorista. A intenção dos jovens, segundo a investigação, não é aderir à luta armada no exterior - mas convencer os sírios dissidentes a voltar.

O agravante, apontam os documentos, é que devido à ausência de uma lei antiterrorismo no país, o poder das autoridades em situações como essa é limitado a um acompanhamento das atividades dos suspeitos.

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/relatorio-enviado-ao-governo-mostra-cooptacao-de-brasileiros-pelo-estado-islamico

23/03/2015
 às 20:17

Estado Islâmico já tenta recrutar jovens no Brasil, mas esquerdas impedem que o país aprove uma Lei Antiterror! Acordem, senhores congressistas!

O Estadão trouxe uma reportagem horripilante no domingo. O Estado Islâmico recruta jovens na América Latina e estende seu proselitismo ao Brasil. O risco é, sim, grande. Hoje, milhares de europeus sem vínculo original com o islamismo participam de ações terroristas na Síria e no Iraque. Trata-se de uma espécie de fenômeno cultural maligno. Parece que o relativismo que tomou conta da cultura ocidental — ambiente que tende a considerar todas as escolhas justificáveis e igualmente válidas — empurra frações da juventude para a busca de um valor absoluto, ainda que seja o terror.
A coisa pode ser especialmente séria entre nós porque inexiste no país uma lei antiterror. Sim, senhores! Somos a única democracia relevante do mundo que não prevê pena para ações terroristas. Todas as tentativas de votar um texto com esse conteúdo se mostraram infrutíferas.
 tratei do assunto aqui diversas vezes. Não é a primeira vez que o terrorismo dá mostras de atuar no Brasil. Em maio de 2009, foi preso no país um libanês identificado como “K”, nada menos do que um homem da Al Qaeda. Era o responsável mundial pelo “Jihad Media Battalion”, uma organização virtual usada como uma espécie de relações públicas online da Al Qaeda, propagando pela internet, em árabe, ideais extremistas e incitando o povo muçulmano a combater países como os EUA e Israel.
Reportagem da VEJA de Abril de 2011 informava que o iraniano Mohsen Rabbani, procurado pela Interpol, entrava e saía do Brasil com frequência sem ser incomodado. Funcionário do governo iraniano, ele usa passaportes emitidos com nomes falsos para visitar um irmão que mora em Curitiba. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) descobriu que Rabbani já recrutou pelo menos duas dezenas de jovens do interior de São Paulo, Pernambuco e Paraná para cursos de “formação religiosa” em Teerã. “Sem que ninguém perceba, está surgindo uma geração de extremistas islâmicos no Brasil”, disse, então, o procurador da República Alexandre Camanho de Assis. Rabbani é acusado de arquitetar atentados contra instituições judaicas que vitimaram 114 pessoas em Buenos Aires, nos anos de 1992 e 1994. Calma, que tem mais!
Análise de processos judiciais e de relatórios do Departamento de Justiça, do Exército e do Congresso americanos, como informou a VEJA  em 2011, expõe laços de extremistas que vivem ou viveram no Brasil com a Fundação Holy Land (Terra Santa, em inglês), uma entidade que, durante treze anos, financiou e aparelhou o Hamas, o grupo radical palestino que desde 2007 controla a Faixa de Gaza e cujo objetivo declarado é destruir o estado de Israel. A Holy Land tinha sede em Dallas, no Texas, e era registrada como instituição filantrópica. Descobriu-se que havia enviado pelo menos 12,4 milhões de dólares ao Hamas e que ajudava o grupo a recrutar terroristas nos Estados Unidos e na América do Sul.
Em 2001, a entidade entrou para a lista de organizações consideradas terroristas pela ONU e, em 2008, seus diretores foram condenados na Justiça americana por 108 crimes, entre os quais financiamento de ações terroristas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A maior pena, de 65 anos de prisão, foi para Shukri Abu Baker, fundador, presidente e diretor executivo da Holy Land, que hoje cumpre a duríssima pena numa cadeia do Texas. Curiosamente, passou despercebido o fato de que Baker é brasileiro. Mais do que isso: durante muitos anos ele manteve operações no Brasil.
A Polícia Federal reúne desde 2008 provas de que traficantes ligados ao grupo terrorista Hezbollah, que domina o sul do Líbano, atuam em nosso país em parceria com o PCC. O epicentro dessa ação, em nosso território, é Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai). Há muito os órgãos de segurança dos Estados Unidos consideram essa região infiltrada pelo terror, coisa que o governo brasileiro se nega a admitir. Documentos obtidos pelo jornal “O Globo” apontam que a parceria entre o terrorismo e o crime organizado teve início em 2006. Traficantes libaneses de cocaína, ligados ao Hezbollah, teriam aberto canais para a venda de armas ao PCC. Quando esses traficantes são presos no Brasil, contam com a proteção da facção criminosa nos presídios.
E por que o Brasil não tem uma Lei Antiterror? Porque as esquerdas, incluindo os petistas e o MST, não querem. A razão é simples: não seria difícil enquadrar certas práticas de alguns movimentos ditos sociais entre as ações terroristas. Há, sim, um Projeto de Lei no Senado, o 499/2013. Lá se estabelece: “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação de liberdade da pessoa. Pena de reclusão de 15 a 30 anos ou de 24 a 30 anos, se resultar morte”. Outro projeto de lei, 762/2011, prevê: “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo. Pena de reclusão de 15 a 30 anos.”
E por que nada prospera? Porque os ditos “movimentos sociais” consideram que uma lei antiterrorismo tolheria as suas ações. Assim, as esquerdas reivindicam que, caso se vote um texto para punir esse crime, os movimentos sociais sejam considerados, de saída, inimputáveis, isto é: não haveria terrorismo quando os militantes dizem lutar em nome de uma causa.
Ora, votar uma lei assim seria o mesmo que estimular a prática de atos terroristas por movimentos sociais. O Inciso XLIII da Constituição define:
“XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;”
Pois bem: não existe crime sem uma lei que o defina, estabelecendo uma pena. E o Brasil, por vontade das esquerdas, torna o terrorismo uma prática impune.
Texto publicado originalmente às 19h29
Por Reinaldo Azevedo
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição

Julio Cesar disse:


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