sábado, 4 de abril de 2015

Nos EUA, pizzaria fecha após dona dizer que não serviria em casamentos gays



RIO — Uma pequena pizzaria familiar se transformou no centro da discussão que tomou os EUA após o estado de Indiana aprovar uma lei que, de acordo com os críticos, permite que comeciantes se neguem a servir o público LGBT. Em entrevista concedida na última quarta-feira, Crystal O’Connor, proprietária da Memories Pizza, em Walkerton, afirmou que se recusaria a prestar seus serviços em casamentos homoafetivos por causa de suas crenças religiosas. Após receber ameaças, ela decidiu fechar as portas do negócio.

— Se um casal gay aparecesse e quisesse que nós servíssemos pizza em seu casamento, nós teríamos que dizer não — afirmou Crystal à WBND-TV, afiliada local da CNN.

Rapidamente, a história foi replicada por diversos veículos americanos e o pequeno negócio se tornou alvo de protestos pela internet. A Memories Pizza, conhecida apenas pelos pouco mais de 2 mil habitantes de Walkerton, se tornou conhecida nacionalmente. Ativistas usaram as redes sociais para criticar a posição de Crystal, mas alguns usaram palavras de ódio e chegaram a fazer ameaças.

“Querida #MemoriesPizza. Não. O meu boicote ao seu negócio porque eu não gosto do seu fanatismo religioso não é uma violação à sua liberdade de praticar sua religião”, tuitou um internauta.

Foram incontáveis as mensagens direcionadas à Memories Pizza pelo Twitter e Facebook, tanto que os donos se sentiram forçados a encerrar as contas nas redes sociais, mas uma mensagem em particular fez com que Crystal decidisse fechar temporariamente a pizzaria.

“Quem vai para Walkerton comigo para queimar a Memories Pizza”, escreveu uma usuária, que, de acordo com a polícia de Walkerton, se chamaria Jessica Dooley. A conta no Twitter foi encerrada após a publicação da mensagem.

Em entrevista ao site The Blaze, Crystal afirmou que suas declarações foram mal entendidas e distorcidas pela imprensa. Ela reiterou que, dentro da pizzaria, não se recusaria a servir o público gay, mas não prestaria serviços em um casamento homoafetivo.

— Nós estamos magoados e confusos — disse ela. — O noticiário tornou isso totalmente fora de proporção. Eles mentiram. Dissemos que nós serviríamos qualquer pessoa que entrasse por aquela porta, até mesmo gays, mas não prestaríamos serviços em casamentos. Nós não atenderíamos porque isso é contra as nossas crenças religiosas.

Mas se parte da internet se voltou contra os O’Connors, outra parte decidiu apoiar a Memories Pizza. Internautas criaram uma campanha de financiamento coletivo para ajudar Crystal e sua família. Em apenas dois dias foram arrecadados US$ 842.592, de 29.166 doadores. A campanha foi encerrada nesta sexta-feira.
A pizzaria continua fechada, mas os donos prometem a reabertura para breve. Eles também agradeceram aos apoiadores. Também pelas redes sociais, um internauta encerrou a discussão:

“E nenhum casal gay, ou heterossexual, pediria pizza para a recepção de casamento”.

A controversa legislação foi sancionada no último dia 26 pelo governador de Indiana, Mike Pence. A reação à iniciativa foi devastadora, com algumas companhias, inclusive a gigante Apple, propondo boicote e retirada das operações no estado. Pressionados, legisladores locais anunciaram na última quinta-feira que o texto seria alterado, deixando claro que comerciantes não podem usar suas crenças religiosas para discriminar clientes.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/nos-eua-pizzaria-fecha-apos-dona-dizer-que-nao-serviria-em-casamentos-gays-15781530#ixzz3WO9Pg3zF 
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Doações para florista dos EUA que se recusou a atender casamento gay superam US$ 100 mil


SEATTLE - Apoiadores arrecadaram mais de US$ 100 mil para pagar os custos legais de uma florista do Estado de Washington, nos EUA, que foi processada por se negar a vender flores para o casamento de um casal gay devido a suas crenças religiosas, informou um site de doações on-line nesta segunda-feira.

Amigos de Barronelle Stutzman, proprietária da Arlene Flowers, na cidade de Richland, no sul do estado, lançaram a campanha de arrecadação na semana passada por meio do site Gofundme.com, afirmando que o dinheiro seria usado também para ajudar a proteger o pequeno negócio da comerciante.


"Essa avó de 70 anos pode perder seu negócio, sua casa e suas economias" por ter se aferrado a sua fé, ela pode perder tudo que possui - diz um texto publicado no site.

Baronelle se recusou a fornecer flores para o casamento de seus antigos clientes, Robert Ingersoll e Curt Freed, em 2013, alegando que matrimônios entre pessoas do mesmo sexo iam contra as crenças de sua Igreja Batista.

Ela encaminhou o casal para outro florista, que forneceu os arranjos para a cerimônia.

Mas o casal e o procurador-geral de Washington, Bob Ferguson, processaram Barronelle, dizendo ser ilegal a recusa da comerciante em fazer negócio por causa da orientação sexual do casal.

Em março, um juiz do condado de Benton multou Stutzman em mil dólares, mais 1 dólar em custos processuais, após chegar à conclusão de que ela havia violado leis estaduais de proteção aos consumidores e de combate à discriminação.


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Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição

Julio Cesar disse:

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