RIO - Uma nova extensa pesquisa realizada pelo Pew
Research Center apontou que a parcela
cristã de adultos nos Estados Unidos diminuiu drasticamente desde 2007,
afetando quase todas as principais tradições cristãs e denominações, cruzando
idade, raça e região. Setenta e um por cento dos adultos americanos eram
cristãos em 2014, revelando a estimativa mais baixa de qualquer levantamento
considerável até o momento, e um declínio de 5 milhões de adultos e 8 pontos
percentuais desde a pesquisa semelhante do mesmo centro realizada em 2007.
Enquanto a queda na afiliação cristã é particularmente acentuada entre jovens adultos, ela está ocorrendo em todas as idades. A mesma tendência é vista entre brancos, negros e latinos; entre graduandos e adultos com somente ensino médio; entre mulheres e homens também.
Enquanto a queda na afiliação cristã é particularmente acentuada entre jovens adultos, ela está ocorrendo em todas as idades. A mesma tendência é vista entre brancos, negros e latinos; entre graduandos e adultos com somente ensino médio; entre mulheres e homens também.
“O
declínio está ocorrendo em todas as regiões do país, incluindo o Cinturão da
Bíblia [localizado na região sudeste dos EUA]”, disse ao "New York
Times" Alan Cooperman, diretor de pesquisa de religião no Pew Research
Center e o editor principal do relatório.
O
fenômeno tem sido impulsionado em parte pela mudança geracional, ao passo que a
geração do milênio relativamente não-cristã atinge a idade adulta e,
gradualmente, substitui os adultos mais velhos e mais cristãos. Mas também é
porque muitos ex-cristãos, de todas as idades, se juntaram às filas de rápido
crescimento dos religiosamente não afiliados ou dos “sem religião”: uma
categoria ampla, incluindo ateus, agnósticos e aqueles que não aderem à “nada
em particular”.
A
pesquisa Pew, que incluiu 35 mil adultos, oferece um panorama abrangente de
religião nos EUA, uma vez que o Census Bureau, principal fonte de informação
estatística do país, não pergunta a americanos sobre sua religião. Além disso,
a maioria das outras pesquisas não-governamentais não entrevistam adultos
suficientes para permitir estimativas precisas, não fazem outras perguntas
detalhadas sobre religião ou não têm pesquisas mais antigas para comparar.
O
relatório não oferece uma explicação para o declínio da população cristã, mas
os baixos níveis de afiliação cristã entre os jovens e bem educados são
consistentes com as teorias prevalecentes para a ascensão dos não afiliados.
Essas são, por exemplo, a politização da religião pelos conservadores
americanos, um desengajamento mais amplo de todas as instituições e etiquetas
tradicionais, a combinação de casamento tardio e de pessoas com religiões
diferentes, e o desenvolvimento econômico.
O
total dos religiosamente não afiliados é de 56 milhões e representam 23% dos
adultos, mais do que os 36 milhões e 16% em 2007, segundo estimativas do Pew.
Quase metade do crescimento foi de ateus e agnósticos, cuja representação quase
dobrou para 7% dos adultos. O restante dos não-afiliados, aqueles que se
descrevem como não tendo “nenhuma religião particular”, eram menos propensos a
dizer que a religião era uma parte importante de suas vidas do que há oito
anos.
O total de não-afiliados têm sido reforçado por ex-cristãos. Quase um quarto das pessoas que foram levantadas como cristãs deixaram o grupo, e ex-cristãos representam agora 19% dos adultos.
O
atrito foi mais substancial entre protestantes e católicos romanos, que têm
diminuído em números absolutos e em percentagem da população desde 2007. O
declínio agudo na população católica, que caiu em cerca de 3 milhões, é
potencialmente um novo resultado. A maioria das outras pesquisas apontaram que
a parcela católica da população tem sido bastante estável ao longo das últimas
décadas, em grande parte porque ele tem sido reforçada pela migração da América
Latina.
Nem
todas as religiões ou mesmo tradições cristãs declinaram tão acentuadamente. O
número de protestantes evangélicos caiu apenas ligeiramente em percentagem da
população, em 1 ponto percentual, e, na verdade, aumentou, em números brutos.
Religiões não-cristãs, como o judaísmo, o islamismo e o hinduísmo geralmente
mantiveram estáveis ou aumentaram o número de sua população. Religiões
não-cristãs representavam 5,9% da população, mais que os 4,7% em 2007.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/religiao/eua-tem-grande-queda-no-percentual-de-cristaos-16129869#ixzz3a0uh6Hvh
© 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
Nenhum comentário:
Postar um comentário