Cidade do Vaticano (RV) – A fé autêntica, aberta aos outros e ao perdão, faz milagres. Que Deus nos ajude a não cair em uma religiosidade egoísta e mercantil: é o que disse o Papa na Missa da manhã desta sexta-feira (29/05), na Casa Santa Marta.
O Evangelho do dia propõe “três modos de viver” com as imagens da figueira que não dá frutos, dos negociantes no templo e do homem de fé. “A figueira – afirma o Papa – representa a esterilidade, ou seja, uma vida estéril, incapaz de dar qualquer coisa. Uma vida que não frutifica, incapaz de fazer o bem”:
“Vive para si; tranquilo, egoísta, não quer problemas. E Jesus amaldiçoa a figueira, porque é estéril, porque não fez nada para dar frutos. Representa a pessoa que nada faz para ajudar, que vive sempre para ela mesma, para que nada lhe falte. No final, estas pessoas se tornam neuróticas, todas elas! Jesus condena a esterilidade espiritual, o egoísmo espiritual. ‘Eu vivo para mim, que a mim nada falte e os outros que se virem!’”.
Negociadores da religião
O outro modo de viver – destaca o Papa – “é aquele dos exploradores, dos negociantes no templo. Exploram até mesmo o lugar sagrado de Deus para fazer negócios: trocam moedas, vendem os animais para os sacrifícios, têm até um sindicato para defendê-los. Isso não somente era tolerado, mas permitido pelos sacerdotes do templo”. São “aqueles que fazem da religião um negócio”. Na Bíblia – recorda Francisco – está a história dos filhos de um sacerdote que “obrigavam as pessoas a dar ofertas e ganhavam em cima disso, tanto, também dos pobres”. E “Jesus não economiza nas palavras”: “A minha casa será chamada casa de oração. Vocês, ao contrário, fizeram dela um covil de ladrões”:
“O povo peregrinava ao templo para pedir a bênção do Senhor, fazia um sacrifício: e lá, aquelas pessoas eram exploradas! Os sacerdotes não os ensinavam a rezar, não ministravam catequese... Era um covil de ladrões. Paguem, entrem... Realizavam os rituais, vazios, sem piedade. Não sei se nos fará bem pensar se conosco acontece algo do gênero em qualquer lugar. Não sei? Usar as coisas de Deus para o lucro próprio”.
Vida de Fé
O terceiro modo de viver é “a vida de fé”, como Jesus indica: “’Tenham fé em Deus. Se alguém disser a esta montanha: ergue-te e lança-te ao mar, e não duvidar no coração, mas crer que o que diz se realiza, assim lhe acontecerá’. Acontecerá justamente aquilo que nós, com fé, pedirmos:
“É o estilo de vida da fé. ‘Pai, o que devo fazer para isto?’; ‘Mas peça-o ao Senhor, que te ajude a realizar coisas boas, mas com fé. Somente uma condição: quando vocês rezarem pedindo isso, se vocês tiverem algo contra alguém, perdoem. É a única condição, para que também o vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas’. Este é o terceiro estilo de vida. A fé, a fé para ajudar os demais, para se aproximar de Deus. Esta fé faz milagres”.
Meditação final
E, com a seguinte reflexão, o Papa concluiu a sua homilia: “Peçamos hoje ao Senhor… que nos ensine este estilo de vida de fé e que nos ajude a não cair jamais – nós, a cada um de nós, e a Igreja – na esterilidade e no mercantilismo”. (RB)
http://br.radiovaticana.va/news/2015/05/29/francisco_a_verdadeira_f%C3%A9_faz_milagres,_n%C3%A3o_neg%C3%B3cios/1147592
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
Deus não é o meu
amuleto, ou meu serviçal. Deus é Senhor e Rei. Criador de todas as coisas visíveis
e invisíveis. Deus é Pai, nosso Pai. Deus é tudo, na qual, o nosso entendimento
não consegue compreender e nem penetrar nas coisas de Deus.
Acontece que, o
pecado, o nosso pecado, estar nos fechando a essa realidade. Não queremos
entender e nem aceitar dessa forma. Não queremos entender que somos Criaturas e
não criadores. Somos fracos, falíveis, e não podemos tudo e nem conhecemos ou
dominamos tudo. Tudo, dependemos de Deus. Sem Deus não somos nada.
Viver uma vida estéril
é a pior coisa que pode acontecer em nossas vidas. Manter-se longe, ou
escondido da vida dos irmãos que sofrem, é a coisa pior que podemos fazer.
Muitas pessoas estão sofrendo, padecendo de algo, e nem ligamos para isso. Distanciamo-nos
dos nossos irmãos, nos fechamos a ele. Às vezes, queremos que a sua própria morte,
porque achamos que, morto, todos os nossos problemas estarão resolvidos. Apesar
de suas fraquezas e fragilidades, cada pessoa é o nosso irmão, filho de um
mesmo Pai do céu. Por pior que seja a vida deles, muitos não tiveram a mesma
sorte que eu e você, ou o mesmo entendimento das coisas. O que essas pessoas
podem nos dá, se não receberam para isso? Amar e perdoar acima de tudo.
Dispor-se á ajudar os mais fracos, os mais necessitados. Criar um corrente de
solidariedade para os mais próximos. Isso faz bem. Eu me sinto bem, quando faço
algo para o próximo. O mundo precisa de pessoas assim. Deus espera uma
humanidade sempre voltada para o bem, para a Santidade, para o amor.
Há também aquelas
pessoas, e isso existe em grande quantidade, pessoas não comprometidas com a
verdade e com a Salvação do outro. Pessoas que utilizam da palavra de Deus para
manipular os outros, de forma a sugar o que o irmão tem, tentando comprar a
salvação de muitos. Como, se o céu fosse uma grande loja. Essas pessoas as
vezes, apresentam um Deus dono de um supermercado que, expõe nas prateleiras todas
as suas graças com preço. Leva, que paga mais e melhor. Muitas pessoas, carente
de tantas coisas, vão em busca desse deus falso. Desse deus papai-noel. Um deus
que me possa me dá muito dinheiro, carro, muitas mulheres aqui, ou no paraíso.
Deus não é assim, e não trabalha desse forma. Deus não trabalha suprindo a falta
de material de ninguém. Ele sabe que, a nossa felicidade não estar aqui, mais
no céu. Deus nos dá, conforme a nossa necessidade, e não o que queremos e na
hora que queremos. Deus não trabalha como homens e mulheres infantis.
Deus sabe que,
precisamos muita coisa. Deus sabe o momento e a hora de agir, e como agir. Nem
sempre Deus vai nos dá aquilo que pedimos. Deus conhece o que é de melhor
necessitamos. Um Pai que ama, jamais vai fazer as vontades infantis de seus
filhos. Um Pai que ama, nunca vai abandonar os seus filhos. Deus nos ama, e nos
ama loucamente. Ninguém nessa terra, e não haverá outro, que nos ame tanto como
Deus. Não existe um amor assim. É amor demais. É amor louco.
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