“Medo e alegria” são as duas palavras da liturgia desta sexta-feira (15/05). Elas foram o centro da homilia do Papa na missa presidida na Casa Santa Marta.
“O medo – disse – é uma atitude que nos faz mal; nos enfraquece, nos limita e até nos paralisa. Quem tem medo não faz nada, não sabe o que fazer. Concentra-se em si mesmo para que não lhe aconteça nada de mal; o medo leva a um 'egocentrismo egoísta', que paralisa. O cristão medroso é aquele que não entendeu a mensagem de Jesus”:
“E por isso, Jesus diz a Paulo: ‘Não tenha medo, continue a falar’. O medo não é cristão; é um comportamento de quem tem a alma aprisionada, presa, sem liberdade de olhar para a frente, de criar, de fazer o bem... E diz sempre: ‘Não, aqui há este perigo, aqui outro... e assim por diante... E isto é um vício. O medo faz mal”.
“Não ter medo é pedir a graça da coragem, da coragem do Espírito Santo que nos envia”:
“Existem comunidades medrosas, que apostam sempre no certeiro: ‘Não, não vamos fazer isso... isso não, não pode...’. É como se na porta de entrada estivesse escrito ‘proibido’: tudo é proibido, por medo. E quando se entra numa comunidade assim, se sente o marasmo, porque é uma comunidade doente. O medo faz adoecer a comunidade e a falta de coragem também”.
“O medo – explicou ainda o Papa – deve ser distinguido do ‘temor de Deus’, que é santo, é o temor da adoração diante do Senhor. O temor de Deus é uma virtude: não é limitativo, não enfraquece, não paralisa: faz ir adiante para cumprir a missão dada pelo Senhor”.
A outra palavra da liturgia é ‘alegria’. “Ninguém pode tirá-la de vocês”, diz Jesus. “E nos momentos mais tristes, nos momentos de dor” – ressaltou Francisco – “a alegria se torna paz. Ao contrário, um divertimento no momento da dor se torna sombrio, escurece.
Um cristão sem alegria não é cristão; um cristão que continuamente vive na tristeza não é cristão. E um cristão que no momento da provação, das doenças ou das dificuldades, perde a paz... é porque lhe falta algo”.
“A alegria cristã, que não é um simples divertimento, não é uma alegria passageira; a alegria cristã é um dom, um dom do Espírito Santo. É ter o coração sempre alegre porque o Senhor venceu, o Senhor reina, está à direita do Pai; Ele olhou para mim e me enviou; me deu a sua graça e me fez filho do Pai... É esta a alegria cristã. Um cristão vive na alegria”.
“Uma comunidade sem alegria – acrescentou o Papa – também é uma comunidade doente: pode até ser uma comunidade ‘divertida’, mas é ‘doente de mundanidade’, porque não tem a alegria de Jesus Cristo. Assim, quando a Igreja é medrosa e não recebe a alegria do Espírito Santo, a Igreja adoece, as comunidades adoecem e os fiéis adoecem”.
O Papa concluiu a homilia com a prece: “Elevai-nos Senhor, ao Cristo, sentado à direita do Pai; elevai o nosso espírito. Despojai-nos de todo o medo e dai-nos a alegria e a paz”.
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
Alegria e
coragem, e Tristeza e medo. Estamos aqui, diante de tantos sentimentos que vai
passando dentro de nós, vamos vivenciando a cada dia e em cada situação.
Ao momento
quando escrevo, lendo a leitura que o Papa Francisco faz, vou também, em minhas
palavras, moldando a minha personalidade, para continuar a lutar em meio a
muitos tormentos. Não é fácil, eu sei. Mas, não temos como viver sem lutar. Se,
nessa vida não lutarmos, vamos perder, vamos adoecer, vamos morrer.
Eu sei que
dentro de mim, existe uma vontade enorme de que as coisas ao redor fossem tudo
diferente. Tivesse uma imagem linda e não feia daquilo que contemplo. Acontece que,
esses sentimentos nós iremos vivenciar a todo o instante de nossas vidas. Não
há como escapar, ignorar esses sentimentos. Há como dá um significado para
eles. A minha tristeza, naquilo que tenho direito, posso em Deus transformar
tudo isso em alegria. Em saber que, Jesus Cristo passou por primeiro. Suportou
tudo, as traições, às incompreensões, as calunias, o indiferentismos dos seus. Em
tudo ele soube amar e perdoar. Não adiantaria em nada e nada mudaria, se ele no
desespero começasse a zombar, a murmurar do que ouvia e sentia. Não procurou se
vingar de seus desafetos, das palavras mentirosas que eram proferidas contra
ele. Calou.
Esse mundo,
onde tudo foi criado por Deus, o pecado desarmonizou tudo. O homem tem cada vez
mais se afastado de Deus. Em vez de Adorar e Amar o Criador de todas as coisas,
preferem amar a criação, as coisas criadas. Prefere fazer o seu próprio deus,
que não exige nada, que não tem pecado, que tudo é permitido. Estamos sendo
eternas crianças quando queremos fazer de nossa vida, um paraíso falso.
Deus não
estar nos impedindo de sentir a dor das perdas, das incompreensões, das
traições. Vejamos tudo isso, e olharmos acima do que vemos: Toda essa
desarmonia, são fruto do nosso pecado. É a nossa vontade desordenada. O demônio
se aproveita de nossa fraqueza, e nos faz olhar para outro lado, para o lado da
mentira, do desespero, da falta de esperança.
Vamos passar
por isso, para conhecer que, nessa vida tudo passa. Não estar a nossa
felicidade, nas coisas que passam. Não estar a nossa segurança aqui. A nossa
vida estar em Deus. Deus não passa, e não se altera. Não muda nunca, é o mesmo
sempre. Tudo o que vai no doer, e com certeza vai doer, acolhemos a isso.
Possamos vivenciar isso de maneira natural. Na hora de nossa dor, Deus vem nos
abraça e nos diz: “ Eu compreendo a tua dor. Eu passei por ela ao ver o meu filho sendo
morto pelos homens na qual ele muito os ama. Não foi fácil para mim aceitar a
tudo aquilo. Mas, tive que ir até o final para te salvar. Para te mostrar o
quanto eu te amo. Eu te amo demais. Nada consegue mudar o meu amor por ti. Nem
os teus pecados consegue alterar o meu amor por ti. Eu compreendo a tua dor. Eu
acolho as tuas dores, teus questionamentos, teus medos, e te digo: Vamos
continuar. Não pare. Já estamos quase lá. Falta pouco. Confia e espera”.
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