Um exame que foi pensado como mero indicador de qualidade acadêmica transformou-se num forte instrumento de controle, inclusive ideológico, de acesso ao ensino superior.
Nunca houve, na história do Brasil, um instrumento potencialmente tão completo, em termos de dominação ideológica do país, como o ENEM. (…) vale dizer, quem não estiver preparado para demonstrar não somente qualidade acadêmica, mas também afinação com os pressupostos ideológicos que regem os elaboradores e corretores do exame está condenado a não obter vaga nas universidades, ou ao menos privar-se das universidades de maior qualidade e dos cursos mais procurados.
Não se trata de discutir se o ENEM é ou não um instrumento pedagógico tecnicamente bom. Possivelmente ele é, e isto não diz nada em seu favor: são exatamente os instrumentos bons os que são mais aptos de produzir danos enormes quando mal utilizados. Uma faca extremamente afiada é um instrumento soberbo para um bom churrasco, mas é também uma arma letal nas mãos de um assassino. Há uma confusão básica – também no campo da educação – entre ética e técnica, como se o avanço técnico da ciência pudesse influir diretamente, ou mesmo determinar, as fronteiras da ética.
Neste ponto, há que se frisar: nenhum governo autoritário do Brasil jamais dispôs de um instrumento tão completo, abrangente e eficaz, no plano do controle ideológico, como é o ENEM. Para o bem ou para o mal. Trata-se, como disse, de condicionar o acesso a todo o ensino superior à porta única de entrada que é este exame. E que, é claro, submete-se (potencialmente ao menos, senão em ato) a um grande controle ideológico sob o ângulo de certos consensos acadêmicos e midiáticos que estão bem estabelecidos, hoje, no nosso país e no mundo.
Dou um exemplo: há uma grande discussão, hoje, sobre a verdadeira noção de “identidade sexual”. Tradicionalmente, sempre se entendeu que a “identidade sexual” do ser humano é binária: somos homens e mulheres, e as exceções clínicas, raríssimas, somente confirmavam a regra. Há, é claro, (e tradicionalmente se entendia assim) o campo das tendências, inclinações, desejos e opções sexuais, mas estes não faziam parte da própria identidade sexual, da substância da pessoa humana, senão do campo dos condicionamentos e das escolhas, das opções e vivências culturais e pessoais, na riqueza da sexualidade humana.
Compreendia-se que havia homens e mulheres, e que havia diversas maneiras e modos de se viver na prática a sexualidade, sem que tais maneiras e modos passassem a integrar a própria noção de identidade sexual. É assim que a Declaração Universal de Direitos Humanos, já nos seus “consideranda”, fala em “dignidade e valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres”, ou em vedação de “distinção de sexo”, já no seu artigo 2º. É assim, também, que no seu art. 16, reconhece-se que “Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução”. Para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, portanto, a questão de uma “identidade sexual” diversa do sexo das pessoas nem sequer se colocava. Éramos, e sempre fomos, homens e mulheres. Ponto. Todo o resto estava no campo dos condicionamentos, das escolhas, das tendências e desvios, alguns publicamente reprimidos, como a pedofilia, alguns simplesmente tolerados, como a promiscuidade, outros estimulados, em função do seu interesse para todos, como a formação de famílias complementares e fecundas. E as coisas foram assim até pelo menos os anos setenta.
O advento da ideologia do gênero.
De repente, embalados por estudos pretensamente científicos e suas interpretações filosóficas ou pseudoéticas, de pensadores como Wilhelm Reich, Marcuse, Simone de Beauvoir, Foucault, Shulamith Firestone ou Judith Butler, só para citar alguns, a “identidade sexual” passou a incorporar em si não somente a condição de homens e mulheres, mas as próprias tendências, escolhas, condicionamentos ou desvios, fazendo com que o lado estritamente subjetivo da sexualidade humana prevalecesse sobre a objetividade da convivência pública, e inserindo no campo da dignidade da pessoa humana a ser tutelada pelo Estado aquilo que, anteriormente, estava no âmbito da estrita variabilidade pessoal, com todo o grau de conforto ou desconforto que as situações concretas determinavam.
Assim, ser, digamos, somente para exemplificar, um pedófilo, um estuprador, um heterossexual promíscuo, ou mutilar-se física e hormonalmente com o fito de simular um sexo biológico diverso daquele que sua pessoa recebeu pelo nascimento, dentre outras tendências sexuais possíveis, tudo isto transportou-se de onde estava originalmente (do plano das tendências, dos condicionamentos e das escolhas comportamentais) para o campo da própria identidade sexual substancial da pessoa humana, a ser pretensamente tutelada pela legislação que protege a dignidade da pessoa humana. E sob as penas de criminalizar-se como homofóbico o pensamento de quem insiste na concepção histórica e consentânea com a própria Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU de que a identidade sexual, quanto à substância da pessoa humana, diz respeito apenas à condição de sermos homens e mulheres. Tudo o mais tem, é certo, reflexos importantes na tutela da pessoa humana, mas não definiria, conforme sempre se pensou até a instalação hegemônica do pensamento contrário no âmbito de um certo “consenso acadêmico” e “jurídico”, identidade substancial de ninguém.
Quais as consequências sociais dessa ideologia?
As consequências práticas estão aí, e tornam impossível adotar a postura do “viva e deixe viver” que a maior parte dos pais, educadores, operadores e mesmo pessoas religiosas estão adotando. Não se trata de dizer: “ora, se você não concorda com isso, viva a sua vida e deixe que os outros vivam, afinal esta é uma sociedade democrática e plural”. Não é tão simples assim: definir que tendências e inclinações sexuais definem a própria identidade sexual para fins de tutela da dignidade da pessoa humana significa dizer, entre outras coisas, que os banheiros públicos já não terão mais, como critério de uso, a fisiologia excretora dos usuários, mas a sua “identidade sexual” definida pela “tendência” ou “inclinação” que ele escolhe ou encontra em si mesmo. Assim, em vez de usar um banheiro público conforme ao seu aparelho excretor, ele o usará conforme a sua “identidade sexual”, num grande quiproquó: o banheiro não será mais espaço de atendimento de necessidades fisiológicas determinadas pela biologia, mas espaço de afirmação de tendências ou inclinações sexuais elevadas ao grau de dignidade da pessoa humana. Não se trata, pois, de construir mais banheiros, digamos, terceiros ou quartos banheiros, para aqueles cuja escolha identitária sexual não coincide com a fisiologia excretora, por nascimento ou por mutilação cirúrgica, mas de compelir a todos, mesmo aqueles que ainda acreditam no texto original da Declaração dos Direitos Humanos da ONU, a dividir o banheiro não pelo critério da conformação excretora, mas da tendência ou inclinação sexual, inclusive e principalmente quando esta não coincidir com o aparelho excretor. A proposta, portanto, é de reeducação global impositiva estatalmente, inclusive por meios criminais, para tornar hegemônico aquilo que certo consenso acadêmico e jurídico vê como avanço social e civilizatório, tornando impossível sequer manifestar opinião contrária. Que seria, segundo eles, afrontosa aos direitos humanos e à dignidade da pessoa, e portanto, uma opinião que até outro dia fazia parte do próprio texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU passa a ser quase uma opinião bandida.E banida.
Os reflexos práticos das opções estatais nas liberdades públicas.
Imaginemos, agora, uma ação judicial coletiva que vise forçar as escolas confessionais do país inteiro a permitir, ou mesmo a impor, que suas crianças, meninos ou meninas, dividam o banheiro com pessoas adultas cuja “inclinação” ou tendência” não coincida com o respectivo aparelho excretor. Isto simplesmente inviabilizaria, no limite, a própria existência de espaços confessionais abertos ao público, remetendo a religiosidade humana exatamente para onde estes mesmos ideólogos sempre propuseram que ela deveria estar: no âmbito do estritamente privado e fechado. E onde estamos? Basicamente calados.
Ora, o que se vê, mesmo, digamos, em certos âmbitos educacionais e confessionais, não é simplesmente uma preparação para conviver – e formar nossos filhos para conviver – com uma sociedade majoritariamente adversa. Trata-se de estar muitas vezes cegos para o que parece ser um discurso de “direitos humanos” e “militância” social, ou mesmo empolgados com tais perspectivas, promovendo-as até mesmo como deveres para um cristão, jovem ou idoso.(…)
Não é de estranhar que Simone de Beauvoir tenha sido tema no último exame. Nem quero imaginar o que ocorreria com os estudantes que ousassem lê-la, na prova, de maneira diversa dos tais “consensos acadêmicos”. Muito poucos, é certo, conseguiriam, porque já foram devidamente doutrinados para fazer o exame, e nem sequer sabem que há a possibilidade de uma leitura diversa daquela que o Exame espera deles. Mas e quanto aos que pensam diversamente? Dobram-se à ideologia vigente ou estão fora do mundo do ensino superior de qualidade. É uma arma poderosa.
Paulo Vasconcelos Jacobina
http://blog.comshalom.org/carmadelio/48458-o-enem-e-o-controle-ideologico-da-populacao-a-resposta-certa-e-sempre-a-ideologica-mesmo-quando-carente-de-verdade
Aloizio Mercadante diz que Enem não é 'marxista' nem será 'machista'
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, rebateu nesta terça-feira (27) as críticas de que a abordagem pedagógica do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tenha viés ideológico de esquerda. Ele disse, ainda, que, enquanto estiver à frente da pasta, a abordagem da prova tampouco será machista.
Na edição deste ano, realizada nos últimos dias 24 e 25, o tema da redação, sobre a violência contra a mulher no Brasil, e uma questão baseada no pensamento da filósofa e feminista Simone de Beauvoir causaram polêmica e receberam críticas nas redes sociais.
As reações no Twitter incluíram a criação de uma hashtag #enemfeminista e o uso pejorativo da palavra "feminazi". Políticos da oposição chegaram a acusar o Ministério da Educação de "doutrinação".
"É evidente que o Enem não pode ser o 'Exame Nacional da Educação Marxista'. Não é e não será jamais. Mas, enquanto nós estivermos lá, também não será o 'Exame Nacional da Educação Machista'. Nós viemos para mudar essa cultura", disse Mercadante durante uma audiência pública na Comissão de Educação do Senado.
O ministro defendeu a escolha do tema da redação argumentando que a questão de violência contra a mulher “é uma agenda que o Brasil precisa superar”. “Não podemos aceitar e nos acomodarmos com essas condições”, disse.
“Somos um Brasil que até [a década de] 30 as mulheres não votavam. Até 1962, a mulher era juridicamente relativamente incapaz. [...] Ela era relativamente incapaz, não tinha nenhum direito. E só foi reconhecido algum direito com a Lei do Divórcio muito mais tarde. Então, acho que é um tema que o Brasil precisa olhar a condição da mulher e discutir”, completou Mercadante.
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/10/mercadante-diz-que-enem-nao-e-marxista-nem-sera-machista.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1
Simone de Beauvoir defendia a destruição autoritária do senso de maternidade e de família e era a favor da pedofilia.
Simone de Beauvoir não é um nome que seja muito conhecido de alunos do ensino médio. Bom, na verdade, não era até esse fim de semana. Graças ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), milhões de alunos do ensino médio agora sabem que existe uma Simone de Beauvoir, que escreveu um livro chamado “O Segundo Sexo”, que “contribuiu para estruturar um movimento social” que trabalhou na “organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero” (palavras da prova do ENEM). Que linda, essa coisa de lutar pela igualdade de gênero, não é mesmo? Bom, talvez não.
Quem conhece o básico sobre Mme. de Beauvoir, sabe que ela era existencialista, socialista, companheira do filósofo Jean-Paul Sartre e um marco do pensamento feminista (contradictio in terminis) do século XX. Talvez já tenha lido um ou outro trecho de “O Segundo Sexo”, obra citada na prova do ENEM, ou “Memórias de uma moça bem-comportada”, ou até mesmo “A cerimônia do adeus”, livro dedicado a Sartre. Tudo isso aponta para a personalidade forte de Simone e seus posicionamentos rígidos contra a “sociedade patriarcal burguesa”.Uns poucos realmente interessados ultrapassaram essa barreira e foram além, buscando conhecer os meandros de seu pensamento e de seu caráter – normalmente, seguidores dos postulados de Beauvoir.
O problema é que um olhar mais atento nos mostra que a defesa da “igualdade de gênero” por Simone de Beauvoir é, na melhor das hipóteses, um engodo. Não só isso: em sua obra e sua vida, subjazem algumas coisas verdadeiramente tenebrosas.
Betty Friedan, feminista histórica dos Estados Unidos, travou um diálogo revelador com Simone de Beauvoir nos anos 1970, quando o mundo ainda sentia o rescaldo do Maio de 1968. Friedan e Beauvoir defendiam, segundo elas próprias, a libertação da mulher de todas as opressões, e concordavam que uma dessas opressões – a principal, talvez – fosse o cuidado da casa e dos filhos. No entanto, as maneiras de se lutar contra essa “opressão” eram vistas de modo diferente pelas duas. A divergência está exposta em “Sex, Society and the Female Dilemma: A Dialogue between Simone de Beauvoir and Betty Friedan”, publicado na revista Saturday Review, edição de 14 de junho de 1975 (tradução e grifos meus):
Beauvoir: Cuidados domésticos demandam muito tempo, são não-remunerados, e são uma exploração das mulheres pelos homens. Bem, sobre esse assunto, você encontrará um eco dentre as petites bourgeoises [“pequeno-burguesas”], certamente das intelectuais, e talvez das mulheres trabalhadoras.Mas, das esposas desempregadas de trabalhadores, não haverá apoio; esta é sua razão de ser. Isso criará uma grande divisão no meio das mulheres.Friedan: Eu tenho trabalhado para fundar um think tank econômico para mulheres, e uma das questões é como estabelecer um valor de salário mínimo para os cuidados domésticos. Isso poderia ser reconhecido para seguridade social, para pensões, e na divisão de bens em caso de divórcio. Certamente a dona de casa pobre e de classe média se identificaria com isso.Beauvoir: Nesse ponto, não concordamos em absoluto. Isso causa segregação; põe a mulher ainda mais em casa. Eu e minhas amigas da MLF [Mouvement de Liberation des Femmes, “Movimento de Liberação das Mulheres”] não concordamos com isso.Friedan: Mas se ela escolher cuidar de suas crianças em tempo integral, ela poderia receber dinheiro ela mesma.Beauvoir: Não, não acreditamos que qualquer mulher deva ter essa escolha. Nenhuma mulher deveria ter autorização para ficar em casa e cuidar dos filhos. A sociedade deveria ser totalmente diferente. As mulheres não deveriam ter essa escolha, precisamente porque, se há tal escolha, a maioria delas a tomaria. É uma maneira de forçar as mulheres numa certa direção.
Como escrevi em outro artigo, o ódio a tudo quanto é genuinamente humano é a força motriz que impulsiona esse tipo de ideologia. Isso fica ainda mais claro quando, num ponto posterior dessa conversa com Friedan, Beauvoir diz que, “enquanto a família e o mito da família e o mito da maternidade e o instinto maternal não forem destruídos, as mulheres continuarão sendo oprimidas”.
Outro ponto tenebroso da obra e da vida de Simone de Beauvoir está expresso em um abaixo-assinado do qual tomou parte em 1977. O contexto foi o seguinte: três cidadãos franceses – Bernard Dejager, Jean-Claude Gallien, e Jean Burckardt – haviam sido presos nos últimos 3 anos sob acusações de manter relações sexuais com meninos e meninas de 13 e 14 anos de idade. A legislação francesa considerava à época que manter relações sexuais com qualquer menor de 15 anos era crime de estupro presumido. Em 26 de janeiro de 1977, o jornal Le Monde publicou o abaixo-assinado, que assim versava (tradução e grifos meus):
Em 27, 28 e 29 de janeiro, Bernard Dejager, Jean-Claude Gallien, e Jean Burckardt serão julgados pela cour d’assises des Yvelines [“tribunal do júri de Yvelines”] por atos libidinosos com um menor de 15 anos de idade. Presos no outono de 1973, há mais de três anos encontram-se detidos. Apenas Bernard Dejager beneficiou-se recentemente de presunção de inocência. Tanto tempo de reclusão para se investigar um simples caso de “vício”, onde as crianças não foram vítimas de qualquer violência, mas, ao contrário, testemunharam perante os magistrados que elas consentiram – ainda que a presente lei lhes negue o direito de consentir –, tanto tempo de reclusão é considerado por nós um escândalo. Hoje,eles correm o risco de serem sentenciados a um longo tempo de prisão tanto por terem tido relações sexuais com menores, meninos e meninas, quanto por terem encorajado e tirado fotos de suas brincadeiras sexuais. Nós acreditamos que há uma incongruência entre a designação de “crime”, que serve para legitimar tamanha severidade, e os próprios fatos; e ainda mais entre a lei antiquada e a realidade da vida cotidiana em uma sociedade que tende a conhecer melhor a sexualidade de crianças e adolescentes(meninas de 13 anos, afinal, podem receber pílulas anticoncepcionais). A lei francesa se contradiz a si mesma se reconhece a capacidade de discernimento aos treze e catorze anos para julgamento e sentença, mas nega-lhes a mesma capacidade com respeito a sua vida emocional e sexual. Três anos para carícias e beijos são suficientes. Nós não compreenderíamos se, em 29 de janeiro, Dejager, Gallien e Burckardt não fossem libertados.
O mesmo tema foi, inclusive, tratado em um diálogo entre Michel Foucault, Jean Danet e Guy Hocquenghem, transmitido pela France Culture em 4 de abril de 1978 e, depois,transcrito na íntegra para publicação. Os três participantes, a exemplo de Simone de Beauvoir, defenderam a extinção do dispositivo do estupro presumido na legislação francesa (Guy Hocquenghem foi um dos signatários do abaixo-assinado, inclusive) por defender a autodeterminação da criança em matéria sexual. Apesar das palavras bonitas e do pretenso espírito libertário, Beauvoir defendia, pura e simplesmente, que a pedofilia não deveria ser criminalizada, sequer tratada como um distúrbio, mas um relacionamento amoroso como qualquer outro.
Esses dois aspectos sombrios da obra e da vida de Simone de Beauvoir – a destruição autoritária do senso de maternidade e de família, bem como a defesa da pedofilia – não são meros acidentes em sua filosofia, mas compõem o cerne de todos os escritos da francesa. Apontar que Beauvoir “contribuiu para estruturar um movimento social” que trabalhou na “organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero” é pautar, no mínimo, um ato de profunda (e maldosa) desonestidade. Isso tudo é ainda mais grave quando se trata de um exame de ensino que, na prática, pauta todo o currículo de ensino de todas as escolas públicas e particulares do Brasil.
É certo que Simone de Beauvoir queria outro tipo de sociedade. E, diante do que defendeu ao longo de sua vida, é também certo que o tipo de sociedade que ela desejava estava bem longe de ser uma sociedade mais livre e justa. O admirável mundo novo de Beauvoir, sua visão de Paraíso terreno, tem se concretizado pouco a pouco nos nossos dias, e fica mais e mais evidente que esse sonho tão acalentado por Beauvoir é, na verdade, um grande pesadelo.
Autor: Felipe Melo
http://blog.comshalom.org/carmadelio/48436-simone-de-beauvoir-defendia-a-destruicao-autoritaria-do-senso-de-maternidade-e-de-familia-e-era-a-favor-da-pedofilia
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
O que seria
dos sabidos, se não existisse os tolos, né Ministro?
O Ministro
nega o obvio: Há manipulação SIM para trazer a vida da sociedade, da família,
uma ideologia doente e perversa. Simples. Mas, vamos a analise das coisas:
“Somos um Brasil que até [a
década de] 30 as mulheres não votavam. Até 1962, a mulher era juridicamente relativamente
incapaz. [...] Ela era relativamente incapaz, não tinha nenhum direito. E só
foi reconhecido algum direito com a Lei do Divórcio muito mais tarde. Então,
acho que é um tema que o Brasil precisa olhar a condição da mulher e discutir”,
completou Mercadante.
De fato,
existem sim problemas nesse campo. Existe SIM violência contra as mulheres.
Mas, acontece que, a manipulação da esquerda, é para uma libertação da mulher
em sua concepção para qual foi criada e pensada por Deus. Uma liberdade sem
regras, que a faça perder o que ela é realmente.
Concordo e
apoio que a mulher tenha uma participação na sociedade. Ela não pode ser
colocada ao lado, e nem diminuída por suas características femininas. O que
seriamos sem elas? Nasceríamos?.
O ponto da violência
é algo perverso. Mas, a violência estar em todas as áreas. A violência, é fruto
do pecado do homem. Quando o homem pecou, ele se afastou de Deus. O homem disse
para ele mesmo, que não mais precisaria de Deus e nem de seus conselhos. O
homem morreu para ele mesmo, e toda a sociedade foi formada e pensada sobre o aspecto
dos interesses, das separações de forças, inteligência, status, cor, raça. Porque
cada homem, foi se isolando, e se desagregando de seus semelhantes, formando
ilhas de pensamento, intelectualidades, etc.
É patético,
e doentio, a forma como a esquerda lida com essa questão. A esquerda NÃO estar
preocupada com a mulher. À esquerda, quer destruir a imagem e semelhança de
Deus, e colocar no homem e na mulher, uma imagem doentia do inferno.
Para a
esquerda a mulher é apenas uma coisa, algo descartável: Uso, não prestou mais,
jogue fora. Para a esquerda, a mulher pode ser o que ela quer menos mãe,
esposa, Santa. Para a esquerda, a mulher tem que ser vagabunda, puta,
prostituta. Ou, que possa matar o seu filho como queira, onde queira, e de que
forma ela pense. A mulher se tornou “livre”. Acaso, pensando e agindo dessa
forma, a mulher estará longe da violência? Destruir a mulher, a tornará feliz?
Vivemos em
um mundo onde as imagens são exploradas de todas as formas. O mundo explora as imagens
das mulheres, como se elas fossem apenas objeto de uso. Uma sociedade que não é
Evangelizada, corre o risco de achar que a mulher realmente, seja de fato, um
objeto. Quando o homem não tem a Deus como centro de sua vida, o homem passa a
acreditar que ele é o próprio deus: Genesis 3:
“Oh, não! – tornou a serpente – vós não morrereis! Mas Deus bem sabe que,
no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses,
conhecedores do bem e do mal.”
O demônio sabendo que existe em nós vontades
desordenadas, procura de todas as formas, explorar com imagens exteriores, até que sejamos escravos
delas por nossas decisões erradas a partir do que vimos e tomamos como verdade. E isso, se dá para ambos os sexo: Masculino, e feminino. explico:
- Que a mulher quando estar nua em publico, ela estar ansiosa para que alguém a possua.
- Quando ela aparece em filme pornográficos, a personagem pode representar as outras mulheres.
- Ou, a mulher só vai ser feliz, e liberta, quando ela quiser fazer do seu corpo, tudo aquilo que a sua mente pensa. nem que seja os pensamentos mais sujos ou desordenados. Por isso, que as imagens, os filmes, as novelas, jogam tanto com esse tipo de personalidade liberal.
- Ou, que para homem ser homem, ele precisa ter tantos mulheres que o seu corpo consiga aguentar. Ou, que mulher realmente é para ser objeto, e nunca amada, respeita, cuidada.
- Ou, que a mulher descarte os filhos. Não seja mãe. Que mate um inocente em formação. Que ela não seja humana, mais, alguém sem identidade, uma fera incontrolável.
Estamos sempre
em conflitos enquanto não pararmos diante de Deus, na qual, possa revelar quem
somos. O pecado nos fez pessoas teimosas, e arrogantes. Não queremos perder,
entender, aceitar, mudar, converter. Queremos fazer o que estar em nossa
cabeça. Mesmo que venhamos a nos arrepender pelos atos falhos. O amor estar
doente, estar desordenado. Há mais relação de uso e troca, do que amor, e
fidelidade.
Explora-se qual a imagem perfeita de mulher que a
sociedade possa aceitar: Bonita, musculosa, nua, gostosa, atirada, safada,
liberal. Ou, que ande pelas ruas com as demais, seminuas. Ou, que saia pelas
ruas nuas, como tem acontecido algum tempo atrás. Ou, que se mostre de forma
sensual nos Big Brothers da vida, nas escolas de Sambas. Mas, onde estar o cuidado
com a mulher, como a sua feminidade?
Existe SIM uma cultura machista que precisa ser
quebrada, trabalha, de forma a fazer com que a sociedade percebe que o homem
foi criado para estar com a mulher para formar uma nova sociedade. Que, a
mulher perceba que Deus a criou, para ser complemento para o homem, uma ajuda
necessária. Que, a sociedade não aceite essa guerra de sexo que a esquerda
fomenta. Ou, que a mulher, passe a ser homem. A mulher, tem que ser cada fez
mais mulher na sociedade, na família, no casamento, na geração de filhos.
Se, a mulher mutila o seu ser feminino, ela
perde, a sociedade perde, todo mundo perde. A mulher perde muito mais, quando
ela não percebe que a sua beleza, estar mais no interior, do que nos exterior. O
exterior atrai olhares desejosos, e nunca amorosos. Não sabemos qual a intenção
do outro. Não sei a sua natureza. Ou, que ideia a mulher passe para as pessoas
que a sua expressão corporal, signifique um convite a algo mais.
Quando Deus pensou na mulher, pensou na grande
ajuda que ela poderia dá ao homem. O pecado, é que alterou toda essa relação. Deus
separou todas as coisas para que elas fossem diferentes, mais, complementares.
O homem é quem estar destruindo isso. A sociedade só vai ser curada, quando
homem e mulher, tiverem um encontro pessoal com Deus. E ver em Deus a figura de
homens e mulheres que eles tanta buscam.
Combater SIM a violência contra mulher. Mas,
nunca destruir a mulher e nem a família, como a esquerda deseja. As provas do
ENEM que trabalhou a redação com o tema: Violência contra as mulheres, o
governo esquerdista, alimenta as pessoas a dividirem os sexos, criando uma
guerra, e nunca favorecendo a cultura de paz. Pega-se um tema com diversas
visões, e cria um ambiente perigoso para a destruição da dignidade da pessoa
humana, como foi pensada e criada por Deus como sendo homem e mulher, e não as
misturas e perdas de ambos os sexos.
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