NOVA YORK - Aliceana Belling atravessou as fileiras de vestidos de princesa cor-de-rosa no supermercado e seguiu direto até as fantasias de super-herói. Ela refletiu sobre as suas opções para o Halloween. Homem de Ferro? Homem-aranha? Hulk? Foi então que ela viu a roupa de Capitão América, com o seu escudo brilhante e tudo a que a fantasia tem direito.
— Eu posso voar pelos ares! — disse Aliceana, de 3 anos, em sua casa na cidade de Fon du Lac, em Winsconsin, onde ela planeja sair pedindo por doces ou travessuras com a fantasia do super-herói da Marvel Comics. — Eu vou salvar os cães!
Aliceana e seus pais, Brittany e A.J. Belling, são uma das muitas famílias que estão fartas dos estereótipos que restringem os brinquedos, roupas e fantasias de princesas às meninas, enquanto os meninos ficam com personagens de ação.
Varejistas e fabricantes da indústria de brinquedos, ao lado das empresas de mídia, estão começando a prestar atenção a isso. Os fabricantes estão mais cautelosos na hora de fazer propagandas de alguns dos seus produtos apenas para meninos ou para meninas. Além disso, estão criando marcas andróginas ou de gênero neutro ao lado das grandes cadeias de lojas, que reservam corredores específicos para estes brinquedos.
Em agosto, a rede de varejo americana Target anunciou que não usaria mais os rótulos para brinquedos de meninos e meninas nas suas lojas. Pela primeira vez neste ano, a loja da Disney está deixando de lado estas mesmas designações para as fantasias infantis de Halloween, dizendo que todas as roupas são “para crianças”. A mudança ainda vale para lancheiras, mochilas e outros acessórios da companhia.
A Amazon também não usa mais categorias baseadas em gênero para os brinquedos de crianças. Nos próximos meses, a Mattel vai introduzir uma nova linha de personagens de ação baseados em uma nova franquia, a CD Super Hero Girls
— As barreiras de gênero estão se quebrando e tanto os fabricantes quanto os varejistas não estão rotulando brinquedos da forma que costumavam fazer — disse Jim Silver, o editor-chefe do “TTPM”, um site sobre brinquedos. — A indústria aprendeu que não se deve criar marcas específicas para cada gênero. Existem muitas meninas por aí que querem ser o Homem de Ferro ou o Capitão América e meninos que querem usar forninhos de brinquedo.
SEM DIVISÃO
Esta mudança faz parte de um movimento mais amplo no comércio para acabar com as linhas de gênero, enquanto a sociedade se move para além dos estereótipos e celebridades como Caitlyn Jenner e Jaden Smith colocam sob os holofotes a questão das identidades de gênero. Na moda, designers estão criando marcas andróginas, enquanto designers de primeira linha — que vão de Marc Jacobs a Hermès — estão erodindo as divisões entre as roupas masculinas e femininas.
— Se um homem quer comprar uma echarpe e acredita que isso é elegante, seja qual for sua preferência sexual, isso vai ser possível — disse Marshal Cohen, analista da consultoria NPD. — Esta é uma questão em que o mundo avançou muito frente ao comércio e agora o setor está tentando alcançá-lo.
Ainda assim, a mudança mais significativa na categorização de gêneros — e certamente a mais debatida — acontece nas propagandas para crianças. Especialistas relacionam os brinquedos, as roupas e as fantasias tradicionais às diversas disparidades entre meninos e meninas, afetando inclusive sua autoconfiança e suas escolhas de carreira.
Os pais levaram seus protestos contra esta tradição da indústria de brinquedos às redes sociais e passaram a publicar na internet com orgulho os desafios dos seus filhos às normas de gênero. Recentemente, Paul Henson, um jovem pai da Virgínia, ganhou elogios generalizados quando fez uma postagem no Facebook sobre seu filho de três anos, que pretende se vestir como a princesa Elsa, do filme “Frozen”, neste Halloween.
A decisão da Target, por exemplo, de remover os rótulos de gêneros do seu setor de brinquedos veio depois que um protesto tomou o Twitter contra a venda de conjuntos de construção de brinquedos feitos especialmente para meninas. Segundo a empresa, no entanto, suas marcas para brinquedos femininos ou masculinos permanecem na loja virtual, porque muitos consumidores fazem sua busca pelos produtos no site com o filtro de gênero. Mas, agora, a companhia já permite que os compradores façam buscas específicas por brinquedos de gênero neutro também na página da internet.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/esqueca-os-brinquedos-so-para-meninos-ou-so-para-meninas-17900086#ixzz3pvFfke6F
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Os Cinco Mandamentos da Ideologia de Gênero
O Brasil não é o único país a lutar contra a ideologia de gênero. Na Itália, as escolas reabriram recentemente o debate sobre o assunto, graças ao protesto da ministra da educação, Stefania Giannini, para quem todo esse alvoroço não passa de " truffa" (em bom português, uma fraude).
Um regime autoritário não poderia fazer melhor. De fato, o que unem a ministra italiana, a comunidade LGBT e as grandes manchetes é a negação das evidências. Para o movimento gay, "a ideologia gender não existe", "é uma invenção do Vaticano". Para La Repubblica, "é um fantasma que ronda a Itália". Para a BBC, "é só uma invenção retórica, um ídolo polêmico cheio de nada". Junto a esses grandes veículos de comunicação, está uma multidão de programas de TV, blogs e pequenos jornais, todos alinhados com a causa negacionista.
Mas, será mesmo a "ideologia de gênero" uma "invenção de católicos"?
Os "estudos de gênero" (gender studies) – que começaram a surgir nas universidades ainda na década de 1960, evoluindo nos anos 80 para a proteção das chamadas "minorias LGBT" – não nos deixam mentir. A teoria gender não só existe, como já está dando os seus frutos ao redor do mundo.
Para entender como funciona essa ideologia, seguem aqui alguns dos seus principais "mandamentos", princípios sem os quais toda a farsa desmorona e não se pode ir adiante no processo revolucionário.
I. Não há diferenças entre homens e mulheres
A finalidade original dos "estudos de gênero" ( gender studies) nos anos 60 era afirmar a absoluta igualdade entre homem e mulher, a fim de libertar e emancipar esta última da "discriminação". Era preciso negar a distinção entre masculino e feminino, contestando, por exemplo, a existência de profissões tipicamente masculinas e outras tipicamente femininas, além de negar as especificidades dos papéis materno e paterno na educação dos filhos. Para a ideologia de gênero, homem e mulher são intercambiáveis em qualquer função. A importância do papel da mulher, particularmente no âmbito familiar, não passaria de uma convenção social e de uma opressão histórico-cultural, da qual ela se deveria libertar.
Curiosamente, um dos países com as mais altas taxas de "igualdade de gênero", a Noruega, sempre viu a engenharia civil repleta de homens e a enfermagem repleta de mulheres, não obstante os múltiplos esforços educacionais para incutir na cabeça dos jovens que não há nada de diferente entre os sexos. Foi o que observou o documentário Hjernevask ("Lavagem Cerebral"), exibido pelo comediante nórdico Harald Eia. Há alguns anos, ele gravou um documentário expondo ao ridículo os "estudos de gênero". O resultado pode ser acompanhado abaixo:
Como consequência desse material, em 2011, o Conselho Nórdico de Ministros retirou boa parte dos investimentos ao Instituto Nórdico de Gênero (NIKK).
II. O sexo biológico é modificável
A ideologia de gênero vê o sexo biológico como um dado transitório e maleável, que pode ser tranquilamente transformado pela escolha de um "gênero" diferente, não importando a idade em que a pessoa se encontre. Comportamentos como a transexualidade são encorajados e vistos como demonstração de liberdade e emancipação individuais. ( Embora, na verdade, não seja nada disso.)
A própria definição de ser humano, ainda que a nível burocrático, passa a ir além dos dois sexos biológicos universalmente reconhecidos (masculino e feminino), adaptando-se a infinitas e fantasiosas nuances de gênero. As redes sociais já se adequaram a essa ditadura ideológica. No formulário de cadastro do Facebook, por exemplo, constam 56 diferentes formas de uma pessoa definir a própria sexualidade. Enquanto isso, as legislações de alguns países afora já reconheceram, além dos sexos masculino e feminino, um fantasmagórico gênero "neutro".
III. Família natural? Um estereótipo.
Para os ideólogos de gênero, a família natural, composta por pai, mãe e filhos, não passa de um estereótipo cultural baseado na antiga opressão do homem sobre a mulher – agora superada pela liberação sexual feminina e pelas várias definições abstratas de gênero. Superado o esquema homem-mulher, até mesmo a ideia tradicional de família vem abaixo. O plural passa a ser obrigatório: não existe mais "a" família, mas "as" famílias, que incluem todo agregado social fundado sobre um conceito genérico de "amor". Entram na lista, obviamente, até mesmo os relacionamentos chamados "poliafetivos", que constituem o mais novo objeto de reivindicações políticas e sociais.
Da Holanda, por exemplo, vem o curioso caso de Jaco e Sjoerd, Daantje e Dewi, dois pares homossexuais que decidiram formar, os quatro, uma só "família". Ambos os "casais" já têm os seus relacionamentos registrados no civil, mas, agora, anseiam pelo reconhecimento de um "quinteto amoroso". Tudo porque Jaco e Sjoerd decidiram compartilhar a sua "união" com outro homossexual, Sean. Agora, Daantje está esperando um filho de inseminação artificial e quer ver os seus parceiros como pais da criança. "Cinco genitores com iguais direitos e deveres, divididos em duas famílias", ela diz. "São essas as condições do contrato que todos nós assinamos e submetemos ao cartório."
Foto: Vice Netherlands
Há quem diga que isso representa o avanço da humanidade – só se for no processo de destruição da família.
IV. "Dessexualizar" a paternidade
Se a família natural não passa de um estereótipo, a consequência inevitável é a dessexuação da paternidade. Os filhos deixam de ser frutos da relação sexual entre um homem e uma mulher para serem gerados artificialmente por qualquer grupo social. Promove-se a fecundação in vitro e sustentam-se práticas objetivamente brutais, como a da "barriga de aluguel".
Falar do direito de uma criança ser educada por um pai e uma mãe é considerado ofensivo. Os homossexuais não só passam a ter o "direito" de adoção, como as suas relações são alçadas à categoria de "modelo", não obstante as sérias e abalizadas objeções de quem viveu na pele o drama de ser criado por pares do mesmo sexo:
"A maior parte das crianças criadas por 'pais gays' tem dificuldades com sua identidade sexual, está se recuperando de abusos emocionais, lutando contra o vício nas drogas, ou estão tão feridas por sua infância, que lhes falta a estabilidade de vir a público e encarar os ataques de um lobby gay cada vez mais totalitário, que recusa a admitir que haja algo errado em tudo isso."
V. Conquistar as escolas e a mídia
Para realizar a sua "colonização ideológica" – como denunciou o Papa Francisco –, um passo importante no avanço da agenda de gênero é conquistar os ambientes de educação e de comunicação: as escolas e a mídia. É decisivo para esses ideólogos conseguir o dinheiro público para entrar nos institutos escolares e formar as mentes de gerações e mais gerações de jovens e crianças na sua cartilha. Cursos e seminários sobre a "igualdade de gênero" ou a "homofobia" não passam, pois, de Cavalos de Troia, cuidadosamente introduzidos nas escolas e nas universidades para modelar e (de)formar as almas dos mais frágeis.
Ao mesmo tempo, ocupando papéis-chave nos meios de comunicação, os ideólogos de gênero visam influenciar mais massivamente a opinião pública, enunciando os seus princípios como uma ideia avançada de liberdade e descrevendo os seus opositores como retrógrados perigosos, que, motivados por pura maldade, querem limitar a liberdade dos outros. Descrições maniqueístas desse tipo estão espalhadas em toda a sociedade ocidental: constituem uma característica do plano de ação da ideologia de gênero, que pretende criar ícones homossexuais e transexuais, em oposição à ainda resistente opinião pública. Quem discorda é abertamente intimidado e atacado em sua liberdade de expressão. Daí a necessidade de criar leis criminais para punir os adversários e acabar com a objeção de consciência, promovendo, por outro lado, o linchamento midiático de quem não se adequa à nova ditadura ideológica.
*
Resistir pressupõe, em primeiro lugar, conhecer os princípios que regem essa "colonização ideológica" ainda em curso. Será realmente verdade que a ideologia de gênero não existe? Cada um, observados os fatos, pode julgar por si só. A realidade pode ser admitida ou negada. Podemos permanecer de pé e enfrentar com coragem a batalha que está por vir ou, ao contrário, podemos fingir que nada está acontecendo, ficar de braços cruzados e deixar que a caravana passe. A escolha é individual. Cada um deve escolher se quer deixar para os seus filhos um mundo construído sobre a verdade, ou sobre a falsidade de uma ideologia.
Com informações de Tempi.it | Por Equipe CNP
https://padrepauloricardo.org/blog/os-cinco-mandamentos-da-ideologia-de-genero
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
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