Dezenas
de milhares de norte-coreanos estão sendo enviados a outros países para
trabalhar em condições análogas à escravidão, informou o relator especial da
Organização das Nações Unidas (ONU) para o país, Marzuki Darusman, nesta
quinta-feira. Segundo as Nações Unidas, os trabalhadores são forçados a
trabalhar 20 horas por dia, sem comida suficiente e sob constante vigilância.
Darusman
alertou em uma conferência de imprensa sobre o envio que o governo fez de mais
de 50.000 norte-coreanos, principalmente para a China e Rússia, para trabalhar
em projetos de construção, mineração, madeireiras e empresas têxteis. De acordo
com o enviado, os trabalhadores estão sendo usados como nova fonte de renda,
pois a Coreia do Norte enfrenta, há muitos anos, "uma situação econômica e
financeira muito apertada".
Segundo
o relatório apresentado, os norte-coreanos recebem entre 120 e 150 dólares (460
e 580 reais) por mês, enquanto o governo de Kim Jong-un embolsa "quantias
significantemente altas" dos empregadores. Além de Rússia e China, os
trabalhadores também são enviados para muitos outros países, incluindo Argélia,
Angola, Camboja, Guiné Equatorial, Etiópia, Kuwait, Líbia, Malásia, Mongólia,
Mianmar, Nigéria, Omã, Polônia, Qatar e Emirados Árabes Unidos.
O
enviado da ONU acusou o governo norte-coreano de violar o Pacto Internacional
sobre Direitos Civis e Políticos, que proíbe o trabalho forçado e do qual a
Coreia do Norte faz parte. Darusman afirmou que as empresas que contratam os
trabalhadores se "tornaram cúmplices em um sistema inaceitável de trabalho
forçado". O relator lamentou também que as autoridades norte-coreanas
tenham rejeitado suas propostas de diálogo e defendeu que a comunidade
internacional continue pressionando a Coreia do Norte por mais justiça e
direitos civis.
(Da
redação)
http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/coreia-do-norte-lucra-com-exportacao-de-seus-proprios-cidadaos-como-escravos
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
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