IGNORAS QUONIAM BENIGNITAS DEI AD POENITENTIAM TE ADDUCIT? NÃO SABES QUE A BENIGNIDADE DE DEUS TE CONVIDA À PENITÊNCIA? (RM 2,4)
“Se Deus espera com paciência, não espera sempre. Pois, se o Senhor sempre nos tolerasse, ninguém se condenaria; ora, é larga a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele (Mt 7,13). “Quem ofende a Deus, fiado na esperança de ser perdoado , é um escarnecedor e não um penitente”, diz Santo Agostinho
Diz ainda Santo Agostinho : “.....o demônio seduz os homens por duas maneiras: Com desespero e com esperança . Depois que o pecador cometeu o delito, arrasta-o ao desespero pelo temor da justiça divina; mas, antes de pecar, excita-o a cair em tentação pela esperança na divina misericórdia” . É por isso que o Santo nos adverte, dizendo: “Depois do pecado tenha esperança na divina misericórdia; antes do pecado tema a justiça divina . E assim é, com efeito. Porque não merece a misericórdia de Deus aquele que se serve da mesma para ofendê-lo. A misericórdia é para quem teme a Deus e não para o que dela se serve com o propósito de ofende-Lo . Ai daquele que para pecar confia na esperança! A quantos essa vã ilusão tem enganado e levado à perdição”
Afirma São Paulo que de “De Deus não se pode zombar” (Gl 6,7). E seria zombar de Deus o querer ofendê-lo sempre que quiséssemos e desejar, a seguir, o paraíso. “Quem semeia pecados, não pode esperar outra coisa que o eterno castigo no inferno” (Gl 6,8). O laço com que o demônio arrasta quase todos os cristãos que se condenam é, sem dúvida, esse engano com que os seduz, dizendo-lhes: “Pecai livremente, porque, apesar de todos os pecados, haveis de salvar-vos”. O Senhor, porém, amaldiçoa aquele que peca na esperança de perdão. A esperança depois do pecado, quando o pecador deveras se arrepende, é agradável a Deus, mas a dos obstinados lhe é abominável . Tal esperança provoca o castigo de Deus, assim como seria passível de punição o servo que ofendesse a seu patrão, precisamente porque é bondoso e amável – (FONTE : Livro “Preparação para a morte” , de Santo Afonso Maria de Ligório , Bispo e doutor da Igreja)
Diz SÃO BASÍLIO : “Não duvideis que DEUS é Misericordioso, mas saibamos que Ele é também JUSTO , e estejamos bem atentos para não considerar apenas uma metade de DEUS. Uma vez que DEUS é JUSTO , é impossível que os ingratos escapem do castigo.....Misericórdia !! Misericórdia sim , mas para aqueles que TEMEM à DEUS , e não para aquele que abusa da paciência DIVINA"
“Infelizmente entre nós, há uma tolerância quase ilimitada para mudanças espetaculares e aventureiros, enquanto praticamente não há nenhuma para a TRADIÇÃO . Então, nós estamos definitivamente no caminho errado” (Riflessioni del Cardeal Joseph Ratzinger tratte dal libro “Il sale della terra”, Ed. San Paolo, pp. 199-202)
Assim, a Igreja tem como doutrina que : “não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. Não existe ninguém, por mau e culpado que seja, que não deve esperar com segurança seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero” (CIC 982)
Algo me incomoda sobremaneira. O pensamento corrente em um "deus-amor" que se contrapõe ao Deus revelado nas páginas da Bíblia e por toda a amplitude da Revelação Divina. Ora, Deus, Criador do céu e da terra, não é também um Deus-Amor? Sim, Deus é Amor, para sabermos sobre isto, basta lermos a I Carta do Apóstolo João, onde ele não somente explicita o Amor Divino como diz que quem não ama não é de Deus . Portanto , Deus é o amor perfeito , infinito !! Para tratarmos melhor esta questão, vamos então conhecer um pouco deste "deus-amor" recorrente em nosso tempo. Um dos maiores perigos, tanto pelo excesso quanto pelo desleixo é justamente querermos moldar um deus às nossas convêniencias, que seja compatível ao modo de pensar nas diversas épocas de nossa sociedade. O que acontece em nossa época?
Acontece que há um esfriamento da Fé, um esquecimento muito grande do compromisso com a Fé e seus mínimos preceitos, um aniquilamento do modo geral de que Fé não é exatamente necessário para ser uma boa pessoa, o clima atual nos faz pensar que a Fé é apenas um ato bom e natural e que no fundo no fundo não leva ninguém a nada, a não ser confortá-las até o fim da vida. Já que há uma dormência do conhecimento de Deus, então alarga-se o campo das teorias religiosas de nossos tempos e que estas teorias, muitas delas bestiais, encontrem um grandioso campo fértil para a sua propagação e que acabam sendo acolhidas por muitos e muitos, grandes e pequenos, ricos e pobres, etc
A Santa Igreja ensina , que a presunção da salvação sem merecimento , ou seja , vou me salvar sem arrependimento , sem conversão , e sem obedecer ás leis e os mandamentos de Deus , pois Deus é misericordioso , é um PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO , E PORTANTO , UM PECADO QUE NÃO TEM PERDÃO !! É muito fácil, muito bom e confortável acolhermos a imagem de um "deus-amor", que concede a liberdade não para que O amemos, mas para que possamos fazer tudo o que se pode fazer, principalmente, este "deus-amor" é contrário a repressão dos sentimentos desordenados, pelo contrário, é a imagem de um deus que antes incentiva tais desordens, já que este deus é a pura misericórdia, tudo e todos estão salvos, então comamos, bebamos e morramos depois. Para propagar este deus-amor, muitas vezes as pessoas, já confortavelmente envolvidas com este deus, gostam de contrastar o deus-amor de hoje com o Deus de nossos pais, ou seja, o Deus de nossos pais, o Deus que os nossos pais tiveram a virtude de nos ensinar desde o nosso berço, é um Deus de castigo, um Deus de rosto fechado, bravo, pronto a nos dar cachimbadas pelos nossos erros, então claro, o deus de nossa época é muito melhor que o Deus de nossos pais, pois não castiga, não cobra respostas inteligíveis ao dom da Fé, não nos ameaça com a perdição eterna do inferno . Eu lhes afirmo : Este deus , é falso
Um deus praticamente hippie, que se possivel viria a terra para gandaiar conosco e conduzir a festa. Deus não muda, mesmo que as nossas conveniências nos insitem a querer isso. Dizer que o Deus de nossos pais é diferente do deus de nossos tempos é dizer que deus somente existe pela nossa necessidade natural de crer e assim podemos então, ao invés de se abrir ao grande mistério divino, criar o nosso deus, seja ele deus-amor, deus-paz, deus-justiça, dos pobres, do homossexualismo, fraternal, um deus escondido, irreconhecível, e mais uma vez, etc. Deus não muda e este Deus eterno e soberano, Todo-Poderoso, Criador do Céu e da terra, é sim um Deus de Amor, do Amor único, pois fora Dele não há amor verdadeiro, não há vida, não há nada que preste
Reflitamos de forma demasiadamente simples sobre o amor. Amor é não querer que o mal aconteça a nós e a ninguém, para isso temos limites que muitas vezes só conseguimos suportar por Amor. Logo, este deus-amor não se encaixa em sua omissão, pois permite que as pessoas se atolem até o pescoço com essa liberdade que conduz à ruina da pessoa humana, confundindo a individualidade da pessoa humana com o egoísmo. Por isso eu digo que esse deus-amor bonzinho ao ponto de nos permitir afundar na nossa própria miséria e de nos deleitarmos nela, deve ser tido como nada. Abra-se sim a Deus da Redenção, ao Deus que falou ao Povo de Israel, ao Deus que nos deixou por herança a sua própria obra que é a Santa Igreja, na qual se congrega todo o seu povo e que o conduz a presença deste Deus que é Amor, mas que também è JUSTIÇA , e corrige aqueles que ama e castiga aqueles que tem por seus filhos . Claro, ao dizerem sobre Deus Amor verifique se ele é o Deus que a Igreja ensina , pois ela foi fundada por Ele e enviada a anunciá-Lo sem enganos até o fim dos tempos , se é o Deus da Bíblia, o Deus da Divina Revelação Cristã, completa e imperecível. Deus é Pai, é Amor é Vida. O Deus Verdadeiro.
(Fonte:Marcelo Costa via e-mail)
http://tocadeassis.org.br/de-olho-na-rua/ver/14/a-ilusao-da-misericordia-sem-conversao-e-sem-arrependimento
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
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