Criado em Vitória, no Espírito Santo, no ano de 2011, o movimento "Eu Escolhi Esperar" já conta com adesão de mais 3 milhões de jovens evangélicos e católicos pelo Brasil, segundo a organização. Manaus recebe pela terceira vez o seminário das lideranças do movimento nesta sexta-feira (1º) e no sábado (2). Um dos precursores, o cantor Lincoln Borges, também participa do evento. Ele afirma que casou virgem aos 28 anos de idade e que o primeiro beijo do casal foi dado no altar da igreja. O cantor defende que a vida sexual e o primeiro beijo aconteçam somente após o casamento.
Lincoln Borges conheceu a esposa ainda em 2009 e, a partir de 2013, se aproximaram. Foram oito meses de conversas, orações e sem nenhum beijo. Segundo Borges, casal resolveu casar. O pedido foi feito ao vivo durante transmissão de um dos seminários do "Eu Escolhi Esperar" pela TV. Ele afirmou que o primeiro beijo do casal ocorreu durante a cerimônia de casamento no altar da igreja, no último dia 28 de março.
"Eu resolvi viver dessa forma. Fazer a diferença. Casei com 28 anos, dei meu primeiro beijo de namoro com minha esposa no altar. Estou com um mês e três dias casado feliz. Sei que essa foi a melhor escolha para a minha vida. Ambos tinham o mesmo propósito, não daria certo se houvesse caminhos diferentes", disse o cantor.
Borges disse que o casal não trocou beijos durante o namoro para evitar "cair em tentação". "Difícil é, mas não é impossível. Tudo tem sua hora. Optamos por não beijar no relacionamento para segurar melhor a onda da vontade de fazer sexo. O beijo desperta e é o início do sexo, porque o corpo entende que está acontecendo algo que vai despertar. Procuramos não ficar sozinhos para não ficarmos propícios a fazer algo que estávamos renunciando", comentou Lincoln Borges.
O músico está no movimento desde o surgimento. Ele viaja pelo Brasil e alguns países difundindo a reflexões sobre as relações, a ideia do sexo depois do casamento e a valorização da família. "Temos levantado essa bandeira para mostrar ao jovem que ele não está sozinho. Existe uma geração que escolheu se guardar e viver diferente do que temos visto por aí: as pessoas com relações descartáveis e sem compromisso umas com as outras", justificou.
Preconceito
O preconceito é uma principais queixas dos seguidores do movimento que prega o sexo após o casamento. Com irreverência, o líder e criador do "Eu Escolhi Esperar", pastor Nelson Júnior, tem percorrido o país para orientar os jovens que fizeram a escolha.
"O preconceito ainda existe, mas o preconceito é um problema generalizado em todas as áreas das nossas vidas. O preconceito existe contra o Eu Escolhi Esperar, contra o homossexual, contra o negro, a mulher, o nordestino ou pessoas com algum tipo de deficiência. Mais importante do que saber esperar é saber o porquê esperar. Saber os motivos e propósitos da decisão é o que ajuda a tomar atitudes corretas e chegar ao casamento cumprindo os votos que fez", ressaltou o pastor, que diz ter casado virgem aos 21 anos.
O "Eu Escolhi Esperar" não tem uma religião específica, mas conta com a participação mais expressiva de católicos e evangélicos. "É uma campanha cristã. Com isso, conseguimos reunir jovens evangélicos como também abraçar os católicos. São mais de 3 milhões de seguidores no Brasil e estamos alargando nossas tendas para outros países. Ainda neste ano iremos para Austrália, França, Londres, Luxemburgo, Estados Unidos, México, Colômbia e Argentina", disse Nelson Júnior.
No Amazonas, a adesão de novos seguidores também tem sido percebida pelos idealizadores do movimento. Os estudantes Samatha Lins, de 18 anos, e Paulo Henrique dos Santos, de 20, seguem o movimento. Há dois anos, eles estão se conhecendo e aguardam a permissão do pai da jovem para namorar. "Meus pais que determinarão as regras. Se no namoro poderá beijar ou não. Meu pai apoia totalmente o movimento", disse disse a estudante.
Neste primeiro dia do seminário, nesta sexta-feira, cerca de 1.500 pessoas estiveram na Igreja Madureira, na Zona Centro-Sul de Manaus. No sábado (2), o evento ocorrerá na Igreja Maranatha, localizada na Avenida Beira Mar, no bairro Coroado, na Zona Leste.
"A cada ano tem crescido o número de seguidores no Amazonas. Dessa vez, precisamos fazer duas sessões para atender ao maior número de pessoas possível. O seminário com mesmo conteúdo, mas com públicos diferentes", destacou o pastor Nelson Júnior.
http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2015/05/adepto-do-namoro-sem-sexo-diz-que-casou-virgem-e-deu-1-beijo-no-altar.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1
Novo estudo: Casais que esperam para ter relações sexuais são mais felizes no casamento.
O site ACI/EWTN Noticias informou que um estudo realizado pelo National Marriage Project dos Estados Unidos revelou que aqueles casais que esperam para começar a ter relações sexuais têm um nível maior de qualidade matrimonial.
O estudo, difundido pelo site Business Insider, chama-se “Antes do ‘sim’. O que as experiências pré-matrimoniais têm a ver com a qualidade conjugal entre os jovens adultos de hoje?”, e foi realizado por Galena Rhoades Ph.D., professora associada do departamento de psicologia da Universidade de Denver, e Scott Stanley, Ph.D., professor pesquisador e Co-diretor do Centro para Estudos Conjugais e da Família da Universidade de Denver.
A pesquisa recebeu a aprovação de ética da Junta Institucional de Revisão da Universidade de Denver.
Os pesquisadores destacaram que “as experiências que têm (ou não têm) com seus cônjuges antes de casar-se estão também relacionadas com a qualidade de seu matrimônio”.
“Um terço (32 por cento) dos indivíduos da nossa amostra reportou que a relação com o seu eventual cônjuge começou como um ‘sexo casual’ (hook up)”, indicaram, encontrando que estas pessoas, em média apresentaram “uma qualidade conjugal mais baixa”.
Os autores assinalaram que “estes resultados são compatíveis com o de outros estudos que encontraram sobre a associação entre qualidade conjugal e quanto tempo o casal esperou antes de ter relações sexuais”.
“Em geral, os casais que esperam para ter sexo mais tarde em suas relações reportam maiores níveis de qualidade conjugal”, indicaram.
Rhoades e Stanley assinalaram que entre as muitas explicações possíveis para esta relação, “uma é que algumas pessoas que já são mais propensas a dificuldades em relações românticas –tais como pessoas que são impulsivas ou inseguras–, também são mais propensas a ter sexo casual”.
“Aqueles em nosso estudo que disseram que a sua relação começou com sexo casual também disseram ter mais companheiros sexuais”.
Outra possível explicação apresentada pelos pesquisadores é que “essas relações que começaram com sexo casual poderiam ser relações cujos integrantes não estão em sintonia com relação a outras características que promovem felicidade conjugal, tais como compartilhar visões parecidas do mundo, valores e interesses”.
“Certamente, muitas relações que começam com sexo casual não terminam em matrimônio, mas daquelas que sim terminam em casamento, algumas terão companheiros que estavam unidos principalmente por causa da atração sexual antes de avaliarem um ao outro sobre outros aspectos importantes de compatibilidade”.
Por outra parte, Rhoades e Stanley também encontraram em seu estudo que “aqueles que já moravam juntos antes de ter um mútuo e claro compromisso para casar-se reportaram menores níveis de qualidade conjugal que aqueles que esperaram para mudar juntos até depois de planejar o matrimônio ou casar-se”.
“Em teoria, parecia que adaptar-se a viver juntos antes do matrimônio ajudaria o casal a negociar a transição ao matrimônio mais suavemente. Então por que coabitar antes de fazer um compromisso por casar-se poderia estar associado com menor qualidade conjugal? Um problema é que fica mais difícil de romper a relação”.
Os especialistas assinalaram que “os casais que coabitam compram móveis juntos, adotam bichos de estimação, assinam contratos de aluguel e se acostumam com uma rotina de viver em certo lugar juntos, todas as restrições que podem manter as pessoas em uma relação, inclusive quando não estão certas de que querem permanecer”.
“Alguns, portanto, poderiam cair em um matrimônio que poderiam de outra forma ter evitado”.
Em resumo, assinalaram, “viver juntos cria um destino de inércia que torna difícil mudar o seu rumo”.
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
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