quarta-feira, 8 de julho de 2015

Desempregados engrossam a fila dos sopões

Desempregados engrossam a fila dos sopões Mateus Bruxel/Agencia RBS




O número na planilha do IBGE pode parecer frio e distante para muita gente, mas é bem real para boa parte das pessoas que formam filas nos sopões distribuídos por voluntários na Capital e na Região Metropolitana.
Nelas, está muita gente incluída na taxa de 5,7% de desemprego na Grande Porto Alegre. Eles sentem com a falta de comida em casa os efeitos da crise econômica pela qual o país está passando.
Este foi o motivo apontado por oito organizadores de sopões beneficentes para explicar o aumento do número de pessoas na fila.
— O número de pratos que servimos aumentou expressivamente desde janeiro. Aqui, vem gente de toda parte da cidade — conta Edilson Vargas.
Ele é um dos voluntários do Sopão do Pobre da Sociedade Espírita Ramiro D'Ávila, no Bairro Menino Deus, na Capital, que oferece entre 400 e 500 pratos de sopa por dia.
Maria Elaine da Silva, da Associação Beneficente Casa da Sopa, em Alvorada, concorda que este é o assunto mais recorrente na fila que se forma em frente à associação.
— Todo mundo comenta que está desempregado. Por outro lado, as doações também diminuíram muito — diz ela, que oferece o sopão há 17 anos, para cerca de 130 pessoas por vez.
Alimento quentinho
Foi o desemprego que levou Paulo Renato da Silva, 50 anos, à fila do sopão oferecido na Rua Beira-Rio, no Bairro Americana, em Alvorada, em frente a um ônibus antigo. Até janeiro, ele trabalhava na equipe de capina da prefeitura, mas foi demitido. Agora, conta com a solidariedade para garantir um alimento quentinho na mesa.
 
Paulo garantiu comida para dois dias - Fotos: MATEUS BRUXEL

— Moro só eu e Deus. Este sopão dá para hoje e amanhã — contou ele.
Paulo estava na fila do sopão organizado pelo comerciante Etione Dornelles, de Alvorada. Ele tem uma loja de conserto de celulares na cidade e conta para todo mundo que entra lá sobre o serviço social que faz.
— E muita gente volta depois, só para entregar doação de alimentos — conta Etione, que tem a ajuda de outros dez amigos voluntários.
A distribuição do alimento na Vila Americana teve até som para animar o pessoal:
— A situação deles já é tão difícil que não custa ajudar. Como eu gosto de cantar Roberto Carlos e Amado Batista, venho para dar uma alegria para eles — conta o aposentado Rogério Ávila, 51 anos.
 
Etione (E) pede as doações e põe a mão na massa


Ficou com vontade de ajudar?
O Diário destaca oito locais que estão precisando de doações, como carnes, legumes, massa e arroz, para continuar oferecendo sopão. Eles também recebem cestas Básicas e roupas, que são repassadas para o pessoal que entra na fila da comida.
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2015/07/desempregados-engrossam-a-fila-dos-sopoes-4797318.html?utm_source=Redes%20Sociais&utm_medium=Hootsuite&utm_campaign=Hootsuite
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição

Julio Cesar disse:

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