Grupos de direitos humanos e da
população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e
Transgêneros (LGBT) criticaram a decisão da Secretaria Municipal de Saúde
do Rio de Janeiro, que revogou a resolução que garantia a travestis e
transexuais o direito de ficarem em alas de unidades municipais de saúde de
acordo com sua orientação sexual.
A revogação foi publicada nesta
semana. Em nota, a secretaria informou que a revogação obedeceu critérios
técnicos. O comunicado acrescentou que a definição do local ou da ala da
unidade de saúde onde o paciente permanecerá internado será feita pelos
médicos.
Vice-presidente
do Grupo Arco-Íris, Marcelle Esteves denominou a revogação de retrocesso. “Foi
revogado o direito de cidadãos e cidadãs, inviabilizando a identidade de
gênero. Estou tentando contato com a secretaria, de modo a entender que
questões técnicas foram essas", disse. Segundo ela, o Rio sempre
esteve à frente de outros Estados na questão da cidadania. "Nos últimos
tempos, temos percebido que estamos retrocedendo, retirando direitos de uma
população que já é tão massacrada.”
Para
Marcelle, que há 20 anos trabalha com direitos humanos e causas LGBT, há uma
pressão de grupos religiosos radicais para que políticas públicas não saiam do
papel.
“Não
podemos fazer política pautada em nenhum tipo de ideologia religiosa. Esse
fundamentalismo tem matado mulheres e homens trans. Todo e qualquer retrocesso
que retire as questões da identidade de gênero da pauta de direitos cria uma
possibilidade maior de os homofóbicos, lesbofóbicos e transfóbicos praticarem
violência contra essa população”, acrescentou.
Representante
da Associação de Travestis e Transexuais do Estado do Rio de Janeiro (Astra),
Kathyla Katheryne Valverde lamentou que o respeito à identidade de gênero
dependa da opinião de um médico. “A resolução tornava oficial o que já é
oficioso. É que hoje dependemos da boa vontade do médico. É um constrangimento
para as partes que uma travesti mulher tenha de ficar com um monte de homens. É
preciso sensatez”, concluiu.
http://noticias.terra.com.br/brasil/prefeitura-do-rio-e-criticada-por-retirar-direitos-da-populacao-trans,22bff92cfc498fb63b6a348171ae0e563a68RCRD.html
Lei que multa discriminação a gays em até R$ 60 mil entra em vigor no RJ
A lei nº 7041, que estabelece a punição a agentes públicos e estabelecimentos comerciais por discriminação de preconceito de sexo ou orientação sexual, foi publicada nesta quinta-feira (6) no Diário Oficial. Aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no final de junho, o projeto foi sancionado pelo governador Luiz Fernando Pezão e pode significar multa de até R$ 60 mil aos condenados.
A discriminação, segundo o texto, pode ser entendida de várias maneiras. Hotéis ou motéis não poderão impedir acesso ou permanência de pessoas do mesmo sexo, assim como a administração pública não poderá dificultar o acesso de homossexuais a cargos ou vagas do ensino público. O agente que for flagrado cometendo discriminação sexual poderá ficar afastado do emprego por 60 dias e, depois, ser cassado. A responsabilidade será apurada em procedimento administrativo.
A lei, no entanto, não se aplica às instituições religiosas. Desde outubro de 2013, o projeto estava parado na Alerj justamente por conta da resistência da bancada evangélica contra o projeto. Na ocasião, somente ela votou contra a lei.
Aprovação na Alerj
O projeto foi aprovado no dia 25 de junho em sessão plenária da Assembleia Legislativa do Rio. Uma lei anterior de autoria do deputado Carlos Minc (PT) de 2000, havia sido derrubada na justiça em 2013 por inconstitucionalidade. Mesmo com o projeto de lei enviado pelo governador Sérgio Cabral, o projeto estava parado nas comissões da casa.
Como discriminação, segundo o texto, entende-se "recusar ou impedir o acesso ou a permanência ou negar atendimento", impor tratamento diferenciado ou cobrar preço ou tarifa extra para ingresso ou permanência e negar oportunidades do trabalho devido à orientação sexual ou identidade de gênero de alguém. Em um dos incisos do projeto de lei, está a proibição da prática, indução e incitação "pelos meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza, a discriminação, preconceito ou prática de atos de violência ou coação contra qualquer pessoa em virtude de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero".
Histórico de agressão a casais
No dia 1º de março, um grupo de homens arremessou copos contra um casal gay que se beijavana praça São Salvador, em Laranjeiras, na Zona Sul. Em abril, três pessoas afirmaram ter sidoagredidas pelo dono e por um funcionário de um bar em Botafogo na Rua Voluntários da Pátria.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/07/lei-que-pune-discriminacao-gays-em-ate-r-60-mil-entra-em-vigor-no-rj.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
Duas situações,
que nos meu ponto de vista pessoal, é uma coisa horrível. Porque tais leis
carecem de legitimidade, de verdade para ser imposta. Um hospital permitir que
homens, participem do mesmo alojamento das mulheres nos hospitais, porque a ideologia
o classificou como uma mulher, e não sendo, é totalmente errada permitir tais
conclusões. E isso meus caros, não fere direitos de ninguém. Fere o ego, o
orgulho da pessoa em não admitir a verdade. Fere o lado infantil dela.
Já temos uma
aprovação do governo, que crianças e adolescentes, com transcrição ideológica e
não biológica, chamadas, ou classificadas de identidade de gênero, podem
participar do mesmo banheiro feminino, como se ambos (homens e mulheres),
fossem um, é algo tenebroso. Agora, tentar igualar as pessoas, e colocando uns
contras as outras, quando alguém pensa diferente, tais pessoas, governos que
agem dessa forma, se mostram entes sem caráter, e amor ao próximo.
E o mais
absurdo, imoral, e INCONSTITUCIONAL, disso tudo, é essa nova medida do governo
do Rio de Janeiro, de punir quem pensa diferente das atitudes dos homossexuais.
Ou, quem não faz de acordo com que eles querem. Creio que todos devam ter seus
direitos SIM garantidos. Mas, na forma e no desenho que foi imposto, colocam em
risco o direitos dos demais. O acesso a todas as coisas, é livre. Mas, existem
pessoas que tem outra visão de tais comportamentos: Acham errado. É direito
delas. E será que elas vão ser punidas por isso? Onde estar a democracia aqui?
Se, o dito
cidadão, tem um restaurante, um bar, um hotel ou pousada, Igreja, comunidades
religiosas, não aceitar tais atos de natureza afetiva e provocativa, não tem
eles o direito de pedirem para mudar o comportamento ou saírem do recinto? Isso
é lesar o direito de alguém? Ou alguém olhar torto? Ou, alguém achar que isso é
pecado? Ou, será que nós vamos ter que aceitar quais marchas ridicularizem mais
ainda a nossa fé? O ato é INCONSTITUCIONAL, e inclina demais para o autoritarismo.
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