Cidade do Vaticano (RV) – O Papa
recebeu nesta manhã de quinta-feira (07/05), membros do Comitê Conjunto da
Conferência das Igrejas Europeias (CEC) e do Conselho das Conferências
Episcopais da Europa, (CCEE). No início de seu discurso, Francisco agradeceu as
palavras a ele dirigidas pelo Cardeal Péter Erdö e pelo Reverendo Christopher
Hill. Francisco afirmou que hoje as Igrejas e as
Comunidades eclesiais na Europa enfrentam novos e decisivos desafios, aos quais
podem responder de modo eficaz somente falando a uma só voz.
Tolerância
“Penso,
por exemplo, no desafio apresentado pelas legislações que, em nome de um
princípio de tolerância mal interpretado, acabam por impedir aos cidadãos de
exprimir livremente e praticar de modo pacífico e legítimo a suas convicções
religiosas”.
Além
do mais, diante do comportamento com o qual a Europa parece enfrentar a
dramática e frequentemente trágica migração de milhares de pessoas em fuga de
guerras, perseguições e miséria, as Igrejas e as Comunidades eclesiais da
Europa têm o dever de colaborar na promoção da solidariedade e da acolhida. Os
cristãos – finalizou Francisco – são chamados a interceder com a oração e a
atuar ativamente para levar o diálogo e paz aos conflitos em andamento.
Atividades
do Comitê
O
Comitê tem como finalidade acompanhar o caminho ecumênico na Europa, onde
muitas das divisões que ainda hoje existem entre cristãos tiveram início. Por
muito tempo os cristãos deste continente – recordou o Papa – combateram entre
si. Hoje, graças a Deus, a situação é muito diferente. O movimento ecumênico
permitiu às Igrejas e Comunidades eclesiais na Europa dar grandes passos no
caminho da reconciliação e da paz.
O
Pontífice citou as recentes Assembleias Ecumênicas e a Charta
Oecumenica, redigida em Estrasburgo em 2001, que são fatores de fecunda
colaboração entre a Conferência das Igrejas Europeias e o Conselho das
Conferências Episcopais Europeias. E afirmou:
Unidade
“Estas
iniciativas são motivo de grande esperança para a superação das divisões, mesmo
conscientes de quanto seja ainda longa a estrada em direção à plena e visível
comunhão entre todos aqueles que creem em Cristo”. Na realidade, porém –
acrescentou o Papa – o caminho, com todas as suas fadigas, é já parte
integrante do processo de reconciliação e de comunhão que o Senhor nos pede e nos
faz realizar, desde que seja vivido na caridade e na verdade.
O
Papa Francisco recordou o Decreto conciliar sobre o ecumenismo Unitatis
redintegratio o qual afirma que a divisão entre os cristãos “prejudica
a santíssima causa da pregação do Evangelho a todas as criaturas”. Isso fica
evidente, por exemplo, quando as Igrejas e as Comunidades eclesiais na Europa
apresentam visões diferentes sobre importantes questões antropológicas ou
éticas. O Santo Padre fez votos então de “que não faltem e sejam frutuosas as
ocasiões de reflexão comum, à luz da Sagrada Escritura e da partilhada
tradição”. (SP)
http://br.radiovaticana.va/news/2015/05/07/papa_alerta_para_leis_que_interpretam_mal_a_toler%C3%A2ncia_na_eu/1142356
Julio Cesar disse:
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