O cardeal hondurenho Oscar Rodríguez Maradiaga, arcebispo de
Tegucigalpa e um dos mais estreitos colaboradores do papa Francisco no grupo
que estuda a reforma da cúria, afirmou que existe um "lobby gay"
dentro do Vaticano. Em uma entrevista ao jornal hondurenho El Heraldo sobre a reforma levada adiante pelo papa
argentino, o cardeal afirmou que "o próprio papa já disse: 'existe um
lobby'. Pouco a pouco, Francisco está tentando purificar isso através de várias
coisas. Uma delas é entender os homossexuais, e existe uma legislação para
atender os gays pastoralmente, mas o que é equivocado nunca poderá ser uma
verdade", disse Maradiaga.
"Quando
o Papa fez algumas declarações sobre gays e lésbicas, muitos chegaram a
considerar que o Papa estava colocando em sua agenda a possibilidade da Igreja
aprovar o matrimônio do mesmo sexo. Não, devemos entender que há coisas que
podem ser reformadas e outras não. A lei natural não pode ser reformada",
defendeu o religioso.
Em 2013, na viagem de regresso a
Roma após visitar o Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o
papa Francisco se referiu, pela primeira vez, com simpatia aos gays. "Se
uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?
O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas, devem ser
integradas à sociedade. Devemos ser irmãos", afirmou o sumo pontífice.
A
declaração do Papa foi manchete de jornais de todo o mundo, pois foi uma das
raras vezes em que um Pontífice demonstrou publicamente abertura para que a
Igreja acolha pastoralmente homossexuais. Nesta semana, o tema voltou à tona
graças à publicação do primeiro livro-entrevista de Francisco, "O nome de
Deus é Misericórdia". Em um dos trechos, o Papa diz que o caráter de uma
pessoa não é definido pela orientação sexual dela.
(Com ANSA)
http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/cardeal-proximo-ao-papa-diz-que-ha-lobby-gay-no-vaticano
Isto é o que diz o Papa Francisco sobre os homossexuais em novo livro
ROMA, 12 Jan. 16 / 12:10 pm (ACI).- Chegou hoje às livrarias do mundo inteiro o livro-entrevista do Papa Francisco com o título “O nome de Deus é Misericórdia”. Este é o resultado de uma série de diálogos do Santo Padre com o vaticanista italiano Andrea Tornielli.
Entre os diferentes temas mencionados pelo Pontífice neste libro, ressalta a importância do Ano Santo da Misericórdia, iniciado no dia 8 de dezembro de 2015.
Diversos meios de comunicação falaram deste texto e se centraram na pergunta que Tornielli fez a respeito dos homossexuais. A seguir a pergunta do vaticanista e a resposta completa do Papa:
Tornielli: Posso lhe perguntar sobre sua experiência como confessor de homossexuais? Na coletiva de imprensa no voo de retorno do Rio de Janeiro à Roma, você disse a famosa frase: ‘Quem sou eu para julgar?’.
Papa Francisco: Naquela ocasião disse isto: Se uma pessoa for gay e busca o Senhor e está disposto a isso, quem sou eu para julgá-la? Estava parafraseando com oCatecismo da Igreja Católica, o qual afirma que estas pessoas devem ser tratadas com delicadeza e não devem ser marginalizadas. Alegra-me que falemos sobre as pessoas homossexuais, porque antes de mais nada existe a pessoa individual em sua totalidade e dignidade. E as pessoas não devem ser definidas somente pelas suas tendências sexuais: não esqueçamos que Deus ama todas suas criaturas e que estamos destinados a receber seu amor infinito. Prefiro que os homossexuais busquem a confissão, que estejam perto do Senhor e que rezemos todos juntos. Podemos pedir-lhes que rezem, mostrar-lhes boa vontade, mostrar-lhes o caminho e acompanhá-los a partir da sua condição.
O livro
“O nome de Deus é Misericórdia” foi publicado em português pela editoria Planeta e está dividido em nove capítulos e um apêndice que traz a Bula “Misericordiae Vultus”, documento por meio do qual o Santo Padre convocou este Ano Santo ou Jubileu da Misericórdia.
Entre os capítulos, destacam “Um tempo para a Misericórdia”, “O dom da confissão”, “Um pecador como Simão Pedro”, “Muita Misericórdia?”, “Pecadores sim, corruptos não” e “Vivendo o Ano Santo da Misericórdia”.
No texto, o Santo Padre explica também de onde veio a sua inspiração para convocar este tempo especial para a Igreja: “não houve um momento particular ou definitivo. As coisas aconteceram por si mesmas, sempre do jeito do Senhor e logo foram preservadas na oração”.
“Normalmente nunca confio na minha primeira reação ante uma ideia ou uma proposta que me fazem. Nunca confio em mim mesmo, pois a minha primeira reação pode ser equivocada. Aprendi a esperar, a confiar no Senhor, pedindo a sua ajuda, a fim de que possa discernir melhor e receber orientação”, disse Francisco.
“Posso dizer que a centralidade da misericórdia, que é a mensagem mais importante de Jesus para mim, evoluiu lentamente com o passar dos anos em meu serviço como sacerdote, como consequência de minha experiência como confessor e graças às muitas histórias positivas e bonitas que conheci”.
http://www.acidigital.com/noticias/isto-e-o-que-diz-o-papa-francisco-sobre-os-homossexuais-em-novo-livro-91057/
Nota do moderador desse blog sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
Papa Francisco: Naquela ocasião disse isto: Se uma pessoa
for gay e busca o Senhor e está disposto a isso, quem sou eu para julgá-la?
Estava parafraseando com o Catecismo da Igreja Católica, o qual afirma que estas pessoas
devem ser tratadas com delicadeza e não devem ser marginalizadas. Alegra-me que
falemos sobre as pessoas homossexuais, porque antes de mais nada existe a
pessoa individual em sua totalidade e dignidade. E as pessoas não devem ser
definidas somente pelas suas tendências sexuais: não esqueçamos que Deus ama
todas suas criaturas e que estamos destinados a receber seu amor infinito.
Prefiro que os homossexuais busquem a confissão, que estejam perto do Senhor e
que rezemos todos juntos. Podemos pedir-lhes que rezem, mostrar-lhes boa
vontade, mostrar-lhes o caminho e acompanhá-los a partir da sua condição.
Que bela resposta! Mas, é exatamente isso mesmo. Porque antes de mais
nada existe a pessoa individual em sua totalidade e dignidade. E as pessoas não
devem ser definidas somente pelas suas tendências sexuais. Existe um ser humano
dentro dela, na qual, com ajuda necessária e muita misericórdia, as pessoas vão
se encontrando. As pessoas vão se ordenando em suas tendências.
Todos nós, somos amados por Deus. Deus nos ama com amor infinito. O que
Deus nos pede é que nos afastemos da nossa condição de pecado. Não é o simples
fato de Deus me amar, é que me dá uma falsa liberdade de que eu possa fazer
tudo o que me dá na cabeça, e que considere como certo. Não. Deus nos criou
como homens e mulheres, e não o contrario. “Ou todo mundo junto e misturado”. O
que nos desarmoniza, são as nossas psicológicas e ambientais, e culturais.
Quando estamos sem a condição de conhecimento de causa, estaremos sempre
avessos à verdade da condição e criação humana. Com isso, diversos elementos
estruturais, psicológicos, e ambientais, em vez de contribuir para uma boa e saudável
formação humana, acaba por vezes, retirando a verdade, em vista de um critério de
vida mais aceitável, e que se fuja dos problemas. Achamos que determinado ponto
de vista diferente, pode ser mais sociável, menos problemático. Ou, que nos
ajude a fugir da realidade, das lutas. Ou, que me permita ficar mais infantilizado.
Ou, que a minha condição, foi construída por elementos traumáticos, na qual,
nos fecharam em um ambiente doloroso de causa e efeito. Passamos acreditar que
somos o que realmente não somos, a partir de casos de violência, escravidão, na
qual, nos reduziram o que somos agora, e acabamos acreditando nisso.
Tudo isso, precisa ser levado em conta, para determinar a causa e os
efeitos de nossas desarmonias. Precisamos nos conhecer por dentro, para que
conhecedores de quem somos realmente, podemos por fora, expressar a real beleza
de Deus. O homem e a mulher, serão realmente completos, quando estiverem em
Deus. Conhecendo a Deus, acabamos por nos conhecer. Quem sou? De onde eu venho?
Para onde vou? Qual o meu fim? Para que fui criado? – Tudo isso, Deus vem nos
responder de forma pessoal. Muitos, tem medo de saber quem são, em vista de
permanecerem em um mundo de fantasias. Preferem estar de forma desordenada, do
que realmente ordenados no amor e na verdade.
Lamentavelmente, os homens que estão a frente da Igreja, se encontra com
esse raciocínio reduzido da vida humana em sua amplitude, sua definição, sua
beleza natural. Preferem de fato, que o homem e a mulher, não se amem, como
criaturas amadas por Deus aceitando a sua condição natural. Muitos, parecem não
ver como algo absurdo, o ser humano se mutilar tanto, em sua condição. Quando NÃO
aceitamos a nossa condição de filhos de Deus, nos tornamos infantilizados. Não
queremos crescer, lutar. Olhamos para nós, em vez de nos vermos com a beleza de
Deus, achamos que somos coisas, e que precisamos de intervenções humanas, para
nos ajudar a buscar outra imagem que nos ajude a fugir dos problemas, das carências,
das crises existenciais. Ou, do vazio que existe dentro de nós. Queremos uma
Igreja sem pecado, sem regras. Uma Igreja Light. Fazemos da Cruz de Cristo,
apenas um símbolo. Ou, no mínimo do absurdo, “Cristo foi um tolo, um bobo, em
morrer em uma Cruz. Não precisava tanto”. Papa João XXIII viu uma fumaça Negra
(Satanás), entra pelas frestas da Igreja: Ideologias, ensinamentos marxistas,
modas, racionalização. Muitos Padres, que lamentavelmente ingressam na Igreja,
estão lá sem nenhuma vocação. Ou, que não rezam. Não tem uma vida de oração e
comunhão com Deus. Ou, que entraram por conta da família que queria um
religioso, sem que o mesmo tenha manifestado tal vocação.
Não fiquemos a pensar, que o demônio NÃO age nessas pessoas, só porque
elas estão diretamente ligadas a Cristo. Um homem, e uma mulher sem uma vida de
oração constante, renuncias, disposição para lutar contra o pecado, ambos se
tronam presas fáceis para o demônio. O demônio é sujo, assassino, mentiroso,
covarde. Ele fica a nos rodear sempre. É preciso estar em constante vigilância,
para que ele não nos alcance. É preciso dizer NÃO ao pecado. Muitos Padres e
Bispos tem caído. É uma luta muito grande. ´uma luta a ser travada todos os
dias e horas, até chegar ao céu.
Mas, todos esses homens de Deus, são responsáveis por seus atos diante
de Deus na qual, mesmo errando, devemos ter misericórdia por cada um deles. São
homens como nós, que são passiveis de erros. São ministros de Deus que vão
prestar conta de seus atos. Não nos cabe condenar. O que eles perderam, sejamos
homens e mulheres corajosos, a assumir suas cruzes e leva-las até o final. Não nos
afastemos da Igreja pelos erros dos demais. Com certeza, se algum medico
errasse, não deixaríamos de visitar os demais consultórios. Ou, que apesar de
um erro de um, todos seriam culpados. Não. A Igreja é Santo, porque tem o seu
fundador Cristo que é Santo. Somos todos pecadores.
Eu, Julio Cesar Carneiro, não vou desistir de minha Igreja. Vou
permanecer nela, mesmo que sobre apenas um punhado de gente. Mesmo que os meus
me abandone, ou abandone a amada e Santa Igreja, eu ainda permanecerei nela.
Cristo estar Nela, e a sua vitória será certa. O que importa, é que amemos uns
aos outros, com amor de Deus. E, que NÃO discriminemos as pessoas por sua
condição. As amemos com amor de Deus. Mas, sempre condenando o pecado.
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