sábado, 16 de janeiro de 2016

Cardeal próximo ao papa diz que há 'lobby gay' no Vaticano


O cardeal hondurenho Oscar Rodríguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa e um dos mais estreitos colaboradores do papa Francisco no grupo que estuda a reforma da cúria, afirmou que existe um "lobby gay" dentro do Vaticano. Em uma entrevista ao jornal hondurenho El Heraldo sobre a reforma levada adiante pelo papa argentino, o cardeal afirmou que "o próprio papa já disse: 'existe um lobby'. Pouco a pouco, Francisco está tentando purificar isso através de várias coisas. Uma delas é entender os homossexuais, e existe uma legislação para atender os gays pastoralmente, mas o que é equivocado nunca poderá ser uma verdade", disse Maradiaga.

"Quando o Papa fez algumas declarações sobre gays e lésbicas, muitos chegaram a considerar que o Papa estava colocando em sua agenda a possibilidade da Igreja aprovar o matrimônio do mesmo sexo. Não, devemos entender que há coisas que podem ser reformadas e outras não. A lei natural não pode ser reformada", defendeu o religioso.



Em 2013, na viagem de regresso a Roma após visitar o Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o papa Francisco se referiu, pela primeira vez, com simpatia aos gays. "Se uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas, devem ser integradas à sociedade. Devemos ser irmãos", afirmou o sumo pontífice.

A declaração do Papa foi manchete de jornais de todo o mundo, pois foi uma das raras vezes em que um Pontífice demonstrou publicamente abertura para que a Igreja acolha pastoralmente homossexuais. Nesta semana, o tema voltou à tona graças à publicação do primeiro livro-entrevista de Francisco, "O nome de Deus é Misericórdia". Em um dos trechos, o Papa diz que o caráter de uma pessoa não é definido pela orientação sexual dela.

(Com ANSA)

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/cardeal-proximo-ao-papa-diz-que-ha-lobby-gay-no-vaticano

Isto é o que diz o Papa Francisco sobre os homossexuais em novo livro




ROMA, 12 Jan. 16 / 12:10 pm (ACI).- Chegou hoje às livrarias do mundo inteiro o livro-entrevista do Papa Francisco com o título “O nome de Deus é Misericórdia”. Este é o resultado de uma série de diálogos do Santo Padre com o vaticanista italiano Andrea Tornielli.
Entre os diferentes temas mencionados pelo Pontífice neste libro, ressalta a importância do Ano Santo da Misericórdia, iniciado no dia 8 de dezembro de 2015.
Diversos meios de comunicação falaram deste texto e se centraram na pergunta que Tornielli fez a respeito dos homossexuais. A seguir a pergunta do vaticanista e a resposta completa do Papa:
Tornielli: Posso lhe perguntar sobre sua experiência como confessor de homossexuais? Na coletiva de imprensa no voo de retorno do Rio de Janeiro à Roma, você disse a famosa frase: ‘Quem sou eu para julgar?’.
Papa Francisco: Naquela ocasião disse isto: Se uma pessoa for gay e busca o Senhor e está disposto a isso, quem sou eu para julgá-la? Estava parafraseando com oCatecismo da Igreja Católica, o qual afirma que estas pessoas devem ser tratadas com delicadeza e não devem ser marginalizadas. Alegra-me que falemos sobre as pessoas homossexuais, porque antes de mais nada existe a pessoa individual em sua totalidade e dignidade. E as pessoas não devem ser definidas somente pelas suas tendências sexuais: não esqueçamos que Deus ama todas suas criaturas e que estamos destinados a receber seu amor infinito. Prefiro que os homossexuais busquem a confissão, que estejam perto do Senhor e que rezemos todos juntos. Podemos pedir-lhes que rezem, mostrar-lhes boa vontade, mostrar-lhes o caminho e acompanhá-los a partir da sua condição.
O livro
“O nome de Deus é Misericórdia” foi publicado em português pela editoria Planeta e está dividido em nove capítulos e um apêndice que traz a Bula “Misericordiae Vultus”, documento por meio do qual o Santo Padre convocou este Ano Santo ou Jubileu da Misericórdia.
Entre os capítulos, destacam “Um tempo para a Misericórdia”, “O dom da confissão”, “Um pecador como Simão Pedro”, “Muita Misericórdia?”, “Pecadores sim, corruptos não” e “Vivendo o Ano Santo da Misericórdia”.
No texto, o Santo Padre explica também de onde veio a sua inspiração para convocar este tempo especial para a Igreja: “não houve um momento particular ou definitivo. As coisas aconteceram por si mesmas, sempre do jeito do Senhor e logo foram preservadas na oração”.
“Normalmente nunca confio na minha primeira reação ante uma ideia ou uma proposta que me fazem. Nunca confio em mim mesmo, pois a minha primeira reação pode ser equivocada. Aprendi a esperar, a confiar no Senhor, pedindo a sua ajuda, a fim de que possa discernir melhor e receber orientação”, disse Francisco.
“Posso dizer que a centralidade da misericórdia, que é a mensagem mais importante de Jesus para mim, evoluiu lentamente com o passar dos anos em meu serviço como sacerdote, como consequência de minha experiência como confessor e graças às muitas histórias positivas e bonitas que conheci”.
http://www.acidigital.com/noticias/isto-e-o-que-diz-o-papa-francisco-sobre-os-homossexuais-em-novo-livro-91057/
Nota do moderador desse blog sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:

Papa Francisco: Naquela ocasião disse isto: Se uma pessoa for gay e busca o Senhor e está disposto a isso, quem sou eu para julgá-la? Estava parafraseando com o Catecismo da Igreja Católica, o qual afirma que estas pessoas devem ser tratadas com delicadeza e não devem ser marginalizadas. Alegra-me que falemos sobre as pessoas homossexuais, porque antes de mais nada existe a pessoa individual em sua totalidade e dignidade. E as pessoas não devem ser definidas somente pelas suas tendências sexuais: não esqueçamos que Deus ama todas suas criaturas e que estamos destinados a receber seu amor infinito. Prefiro que os homossexuais busquem a confissão, que estejam perto do Senhor e que rezemos todos juntos. Podemos pedir-lhes que rezem, mostrar-lhes boa vontade, mostrar-lhes o caminho e acompanhá-los a partir da sua condição.

Que bela resposta! Mas, é exatamente isso mesmo. Porque antes de mais nada existe a pessoa individual em sua totalidade e dignidade. E as pessoas não devem ser definidas somente pelas suas tendências sexuais. Existe um ser humano dentro dela, na qual, com ajuda necessária e muita misericórdia, as pessoas vão se encontrando. As pessoas vão se ordenando em suas tendências.

Todos nós, somos amados por Deus. Deus nos ama com amor infinito. O que Deus nos pede é que nos afastemos da nossa condição de pecado. Não é o simples fato de Deus me amar, é que me dá uma falsa liberdade de que eu possa fazer tudo o que me dá na cabeça, e que considere como certo. Não. Deus nos criou como homens e mulheres, e não o contrario. “Ou todo mundo junto e misturado”. O que nos desarmoniza, são as nossas psicológicas e ambientais, e culturais.

Quando estamos sem a condição de conhecimento de causa, estaremos sempre avessos à verdade da condição e criação humana. Com isso, diversos elementos estruturais, psicológicos, e ambientais, em vez de contribuir para uma boa e saudável formação humana, acaba por vezes, retirando a verdade, em vista de um critério de vida mais aceitável, e que se fuja dos problemas. Achamos que determinado ponto de vista diferente, pode ser mais sociável, menos problemático. Ou, que nos ajude a fugir da realidade, das lutas. Ou, que me permita ficar mais infantilizado. Ou, que a minha condição, foi construída por elementos traumáticos, na qual, nos fecharam em um ambiente doloroso de causa e efeito. Passamos acreditar que somos o que realmente não somos, a partir de casos de violência, escravidão, na qual, nos reduziram o que somos agora, e acabamos acreditando nisso.

Tudo isso, precisa ser levado em conta, para determinar a causa e os efeitos de nossas desarmonias. Precisamos nos conhecer por dentro, para que conhecedores de quem somos realmente, podemos por fora, expressar a real beleza de Deus. O homem e a mulher, serão realmente completos, quando estiverem em Deus. Conhecendo a Deus, acabamos por nos conhecer. Quem sou? De onde eu venho? Para onde vou? Qual o meu fim? Para que fui criado? – Tudo isso, Deus vem nos responder de forma pessoal. Muitos, tem medo de saber quem são, em vista de permanecerem em um mundo de fantasias. Preferem estar de forma desordenada, do que realmente ordenados no amor e na verdade.

Lamentavelmente, os homens que estão a frente da Igreja, se encontra com esse raciocínio reduzido da vida humana em sua amplitude, sua definição, sua beleza natural. Preferem de fato, que o homem e a mulher, não se amem, como criaturas amadas por Deus aceitando a sua condição natural. Muitos, parecem não ver como algo absurdo, o ser humano se mutilar tanto, em sua condição. Quando NÃO aceitamos a nossa condição de filhos de Deus, nos tornamos infantilizados. Não queremos crescer, lutar. Olhamos para nós, em vez de nos vermos com a beleza de Deus, achamos que somos coisas, e que precisamos de intervenções humanas, para nos ajudar a buscar outra imagem que nos ajude a fugir dos problemas, das carências, das crises existenciais. Ou, do vazio que existe dentro de nós. Queremos uma Igreja sem pecado, sem regras. Uma Igreja Light. Fazemos da Cruz de Cristo, apenas um símbolo. Ou, no mínimo do absurdo, “Cristo foi um tolo, um bobo, em morrer em uma Cruz. Não precisava tanto”. Papa João XXIII viu uma fumaça Negra (Satanás), entra pelas frestas da Igreja: Ideologias, ensinamentos marxistas, modas, racionalização. Muitos Padres, que lamentavelmente ingressam na Igreja, estão lá sem nenhuma vocação. Ou, que não rezam. Não tem uma vida de oração e comunhão com Deus. Ou, que entraram por conta da família que queria um religioso, sem que o mesmo tenha manifestado tal vocação.

Não fiquemos a pensar, que o demônio NÃO age nessas pessoas, só porque elas estão diretamente ligadas a Cristo. Um homem, e uma mulher sem uma vida de oração constante, renuncias, disposição para lutar contra o pecado, ambos se tronam presas fáceis para o demônio. O demônio é sujo, assassino, mentiroso, covarde. Ele fica a nos rodear sempre. É preciso estar em constante vigilância, para que ele não nos alcance. É preciso dizer NÃO ao pecado. Muitos Padres e Bispos tem caído. É uma luta muito grande. ´uma luta a ser travada todos os dias e horas, até chegar ao céu.

Mas, todos esses homens de Deus, são responsáveis por seus atos diante de Deus na qual, mesmo errando, devemos ter misericórdia por cada um deles. São homens como nós, que são passiveis de erros. São ministros de Deus que vão prestar conta de seus atos. Não nos cabe condenar. O que eles perderam, sejamos homens e mulheres corajosos, a assumir suas cruzes e leva-las até o final. Não nos afastemos da Igreja pelos erros dos demais. Com certeza, se algum medico errasse, não deixaríamos de visitar os demais consultórios. Ou, que apesar de um erro de um, todos seriam culpados. Não. A Igreja é Santo, porque tem o seu fundador Cristo que é Santo. Somos todos pecadores.


Eu, Julio Cesar Carneiro, não vou desistir de minha Igreja. Vou permanecer nela, mesmo que sobre apenas um punhado de gente. Mesmo que os meus me abandone, ou abandone a amada e Santa Igreja, eu ainda permanecerei nela. Cristo estar Nela, e a sua vitória será certa. O que importa, é que amemos uns aos outros, com amor de Deus. E, que NÃO discriminemos as pessoas por sua condição. As amemos com amor de Deus. Mas, sempre condenando o pecado.

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