domingo, 10 de janeiro de 2016

Papa diz em livro que se considera tão pecador quanto um preso


Em livro que começará a ser vendido na próxima terça-feira, o papa Francisco afirma que se considera tão pecado quanto os condenados à prisão. A obra O nome de Deus é Misericórdia traz entrevistas do pontífice em tom pessoal e será publicada em 86 países, incluindo o Brasil.

Na longa reflexão sobre o perdão concedido por Deus, tema central do Jubileu da Misericórdia iniciado em 8 de dezembro, Francisco afirma que "a Igreja condena o pecado porque deve dizer a verdade. Ao mesmo tempo abraça o pecador que se reconhece como tal". O papa é um homem que precisa da misericórdia de Deus, diz o pontífice.

Francisco espera que o Jubileu permita redescobrir a Igreja como uma estrutura ágil de intervenção rápida, na qual se pratica uma medicina de urgência.

Nas respostas às perguntas do vaticanista italiano Andrea Tornielli, o papa incide mais uma vez em sua relação especial com os presos, que já visitou diversas vezes nas penitenciárias. Ele afirma que se sente unido aos condenados porque é consciente de que também é um pecador. Francisco revela que a cada vez que entra em uma prisão se questiona por quê eles e não eu.

Destaca, ainda, que a vergonha é um dom. "Quando se sente de verdade a misericórdia de Deus, você fica com vergonha, ao perceber que, apesar de nossa história de miséria e pecado, Ele continua nos sendo fiel, afirma o pontífice". Uma ideia é ressaltada: "A vergonha permite que a pessoa reconheça que o que faz é um erro, com o que evita cair na tentação do corrupto que se cansa de pedir perdão", explica.

Francisco faz também duras críticas à corrupção, a exemplo de declarações anteriores. "O corrupto não conhece a humildade, não sente necessidade de ajuda, leva uma vida dupla", diz. Segundo o papa, o corrupto é quem peca, não se arrepende e finge ser cristão. "Quem lamenta a pouca segurança nas ruas, mas depois engana o Estado evadindo impostos".

Sobre os homossexuais, ele afirma que não devem ser marginalizados e lembra suas famosas palavras pronunciadas no voo de volta da JMJ, no Rio de Janeiro, a Roma em 2013 quando disse: "Quem sou eu para julgar? Prefiro que as pessoas homossexuais venham se confessar, que fiquem próximas do Senhor, que possamos rezar juntos". O papa ressalta que uma pessoa não é definida apenas por sua tendência sexual. "Não esqueçamos que somos todos criaturas amadas por Deus, destinatárias de seu infinito amor", prossegue.

(Com agência France-Presse)

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/papa-diz-em-livro-que-se-considera-tao-pecador-quanto-um-preso
Nota do moderador desse blog sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:

Sou um homem apaixonado pelo Papa Francisco. Francisco reflete toda a humildade que existe em Deus. Tudo o que Deus é, o Papa reflete, porque entende que é imagem e semelhança de Deus. Um profundo e intimo relacionamento com a pessoa amada, nos faz idênticos a ELA em tudo. Às vezes, as pessoas dizem que, quando nos ver, aparece estar vendo a outra pessoa, por conta da proximidade que temos, e que nos torna muito idênticos, parecidos. Assim, é o Papa Francisco com Deus, com Maria Santíssima.

Vamos entender o que o Papa nos diz:"a Igreja condena o pecado porque deve dizer a verdade. Ao mesmo tempo abraça o pecador que se reconhece como tal". O papa é um homem que precisa da misericórdia de Deus, diz o pontífice. – Quando a Igreja se coloca contra o pecado, ela sabe o quanto mal faz o homem desse tempo. O pecado nos perturba, aliena, adoece, causa exclusão, guerras, fomes, misérias, roubos, egoísmo. Tudo isso o homem é capaz de fazer, quando não freia os seus instintos. O homem sem Deus é um ser mutilado. Não compreende que nasceu para amar como Deus ama. O homem sem Deus não compreende que nasceu para ser Santo, como Deus é Santo. Quando fazemos as nossas vontades de forma desordenada, criamos muitas guerras. Não consideramos o outro como irmão, e que precisamos elimina-lo por conta disso. Por isso a Igreja precisa alertar o homem desse tempo, sobre o grande perigo do pecado.

Nas respostas às perguntas do vaticanista italiano Andrea Tornielli, o papa incide mais uma vez em sua relação especial com os presos, que já visitou diversas vezes nas penitenciárias. Ele afirma que se sente unido aos condenados porque é consciente de que também é um pecador. Francisco revela que a cada vez que entra em uma prisão se questiona por quê eles e não eu.Vejamos e aprendamos com a humildade de Francisco, sendo homem de carne e sangue, também se considera como pecador. Essa deva ser a nossa postura, em nos ver como pecador. Achamos que sempre somos melhores que os outros, ou talvez, até melhor do que estão presos. Pois, aqueles que estão presos, NÃO conheceram o amor de Deus, como nós conhecemos, e às vezes, agimos como se não o conhecêssemos. Às vezes, “matamos” as pessoas com o nosso olhar, com a nossa postura. Ou, que não ajudamos, tendo condições reais para isso. Claro, os que estão presos, tiveram a chance de dizer não. Mas, é tão complicado, quando a  natureza humana não tem um referencial verdadeiro de amor real a quem copiar. Nenhum de nós, é capaz de sair de nosso comodismo e Evangelizar. Achamos que, somente estar em uma Missa, em um culto, já é o bastante.

Destaca, ainda, que a vergonha é um dom. "Quando se sente de verdade a misericórdia de Deus, você fica com vergonha, ao perceber que, apesar de nossa história de miséria e pecado, Ele continua nos sendo fiel, afirma o pontífice". Uma ideia é ressaltada: "A vergonha permite que a pessoa reconheça que o que faz é um erro, com o que evita cair na tentação do corrupto que se cansa de pedir perdão", explica. – Temos muito medo, mais muito medo de saber quem realmente somos. Muitas pessoas NÃO se aproximam de Deus com medo de saber quem realmente elas são, e tão capazes são de fazer qualquer coisa. Precisamos nos esconder. Somos pessoas infantilizadas. Não queremos crescer. O demônio vai se alimentando disso. Precisamos conhecer que somos, e do que somos capazes. Ao conhecer quem sou, e minha capacidade, será mais fácil de trabalhar o meu humano, e assim, evitar tantas burradas. Erraremos muitos, mais, sempre teremos a condição de nos levantar e nos corrigir. Somos inteligentes. Burros seremos, se acreditarmos que não somos melhores do que realmente podemos ser.

Sobre os homossexuais, ele afirma que não devem ser marginalizados e lembra suas famosas palavras pronunciadas no voo de volta da JMJ, no Rio de Janeiro, a Roma em 2013 quando disse: "Quem sou eu para julgar? Prefiro que as pessoas homossexuais venham se confessar, que fiquem próximas do Senhor, que possamos rezar juntos". O papa ressalta que uma pessoa não é definida apenas por sua tendência sexual. "Não esqueçamos que somos todos criaturas amadas por Deus, destinatárias de seu infinito amor", prossegue.  - Quando me reconheço pecador, a, partir de alguém de fora veja isso, e tenha a coragem de me falar, com certeza, acolhendo tudo, será um grande sinal de maturidade. Quando reconheço o quanto o pecado é capaz de nos fazer de pessoas feias, desumanizadas, egoístas, centralizadas em nós mesmo e não na verdade, não na necessidade de ajudar ao outro, começo então a acordar desse estado de fantasia que nos encontramos. Achamos que a nossa vida, da maneira que vivemos, talvez NÃO esteja nem me prejudicando, e nem ao outro. Mas, nos enganamos. Tudo o que é fora da verdade, com certeza, me prejudica, e prejudica ao outro.

Quando há, (não falo somente aqui dos homossexuais) uma postura de diferente de viver, isso incide em todos os campos de nossa vida. Principalmente nas relações que temos para com o outro. Quando nos possuímos, tudo ao nosso redor, se torna novo, ordenado, verdadeiro. Quando ordeno os meus comportamentos para a verdade do que eu sou, vivo a verdade do amor para com outro: Não o uso, Não o descarto, não o excluo, mato, traio. Um amor desordenado, uso os outros, porque dentro de mim, não sei amar. Tenho medo de amar de verdade. Tenho medo de perder. Por isso, preciso fazer com eles, o que eles poderiam fazer comigo. Com isso, vamos nos adoecendo, e vamos nos perdendo.

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