sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O Verbo assumiu nossa natureza no seio de Maria Das Cartas de Santo Atanásio, bispo (século IV)





O Verbo de Deus veio em auxílio da descendência de Abraão, como diz o Apóstolo. Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos (Hb 2,16-17) e assumir um corpo semelhante ao nosso. Eis por que Maria está verdadeiramente presente neste mistério; foi dela que o Verbo assumiu, como próprio, aquele corpo que havia de oferecer por nós. A Sagrada Escritura, recordando este nascimento, diz: Envolveu-o em panos (Lc 2,7); proclama felizes os seios que o amamentaram e fala também do sacrifício oferecido pelo nascimento deste Primogênito. O anjo Gabriel, com prudência e sabedoria, já o anunciaram a Maria; não lhe disse simplesmente: aquele que nascer em ti, para não se julgar que se tratava de um corpo extrínseco nela introduzido; mas: de ti (cf. Lc 1, 35Vulg.), para se acreditar que o fruto desta concepção procedia realmente de Maria.

Assim foi que o Verbo, recebendo nossa natureza humana e oferecendo-a em sacrifício, assumiu-a em sua totalidade, para nos revestir depois de sua natureza divina, segundo as palavras do Apóstolo: É preciso que este ser corruptível se vista de incorruptibilidade; é preciso que este ser mortal se vista de imortalidade (1Cor 15,53).

Estas coisas não se realizaram de maneira fictícia, como julgam alguns, o que é inadmissível! Nosso Salvador fez-se verdadeiro homem, alcançando assim a salvação do homem na sua totalidade. Nossa salvação não é absolutamente algo de fictício, nem limitado só ao corpo; mas realmente a salvação do homem todo, corpo e alma, foi realizada pelo Verbo de Deus.

A natureza que ele recebeu de Maria era uma natureza humana, segundo as divinas Escrituras, e o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro. Digo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso. Maria é portanto nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão.

As palavras de João: O Verbo se fez carne (Jo 1,14) têm o mesmo sentido que se pode atribuir a uma expressão semelhante de Paulo: O Cristo fez-se maldição por nós (cf. Gl 3,13). Pois da intima e estreita união com o Verbo, resultou para o corpo humano em engrandecimento sem par: de mortal tornou-se imortal; sendo animal, tornou-se espiritual; terreno, transpôs as portas do céu.

Contudo, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio da Maria, a Trindade continua sendo a mesma Trindade, sem aumento nem diminuição. É sempre perfeita, e na Trindade reconhecemos uma só Divindade; assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo.

Da Liturgia das Horas da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus (Ofício das Leituras, segunda leitura)

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Nota do moderador desse blog sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:



Jesus Cristo, divino e humano. Jesus Cristo assumiu a nossa condição humana, exceto o pecado. Cristo, por meio de Maria, teve um corpo. Um corpo foi sendo desenvolvido no ventre de Maria. Um corpo Santo, com todas as características de sua Mãe. Tudo o que é de Maria, tem em Jesus Cristo. Para a loucura de muitos, e até do inferno, Cristo se tornou humano: Pensou, teve fome, sonos, cansaço, trabalhou, foi submisso aos pais. Cristo também fez cocó, urinou, soltou pum. Um corpo normal, como qualquer outro. Porém, sua estrutura psíquica, estava toda ordenada. Não cedeu as tentações. Não cedeu as loucuras dos homens. Permaneceu calmo, sereno, equilibrado. Amou, amou loucamente o homem.


Cristo, que veio a esse mundo, sendo Deus, sendo Rei, sendo Tudo, desejou ser pequeno, e frágil. Desejou ser cuidado por cada um de nós. Um Cristo humano, que desde pequeno, sempre soube estar firme em sua humanidade. Permitiu ser cuidado por Maria e José. O Cristo que ajudou os pais. O Cristo humano que estava atento em tudo, e não desordenado. Um Cristo humano, para recuperar a nossa humanidade. A nossa carne, NÃO tinham mais salvação. Morreríamos, e o nosso destino, era o inferno. Nos perderíamos para sempre. Deus veio, e em um corpo humano, sofreu todos os tipos de tormentos, para recuperar, para Santificar, aquilo que o pecado tinha destruído. Sofreu, para mostrar ao inferno, a sua derrota. Sofreu, para elevar o nosso corpo as alturas. O nosso corpo é Santo, e não lugar de Morte. Não somos mais escravos. Somos livres.  Toda escravidão, é escolha nossa.

Com o SIM de Maria, Cristo se fez carne Nela. O que Eva perdeu, Maria recuperou. O Cristo NÃO poderia nascer de qualquer mulher que tivesse em si o pecado original. Maria, foi isenta do pecado, e por isso, o demônio NÃO poderia tocar Nela. O demônio NÃO poderia fazer Nela, o que fez com Eva. Se fosse assim, a Salvação de todos, estava mais uma vez comprometida. Por isso, que o demônio tem tanta raiva. O demônio estar perdendo e vai perder cada vez mais. O demônio não quer que saibamos que o nosso corpo é Santo. O demônio nos engana dizendo que podemos fazer tudo o que o nosso corpo pede. O demônio nos engana, em não nos mostrar, qual o resultado final de nossas más escolhas, quando trazemos isso no corpo de forma errada.

Maria tinha que ser pura, sem mancha do pecado original, para poder ter o Filho de Deus gerando Nela, e por Ela. O Filho de Deus, sem pecado, puro, somente deveria estar no lugar puro. Em um lugar também ordenado, equilibrado, Santo, como foi o ventre de Maria. Cristo NÃO poderia de forma alguma, nascer de outra mulher. Nenhuma das mulheres daquela época, estavam aptas a acolher a Boa-Nova. Somente Maria. E, é por Maria, que devemos ir ao encontro desse homem amado, louco de amor por nós, criaturas ingratas, infantilizadas, birrentas.

Maria quer nos ensinar como podemos ser Santos. Maria vai nos ensinar, como devemos agradar a Deus. Os ensinamentos de Maria, será uma veste para a nossa personalidade. Uma mudança de personalidade, de atitudes. É por meio de Maria, que vou entender tudo sobre o seu Filho. Por mim mesmo, não tenho condições de chegar até Jesus Cristo. Sou fraco, lento, infantil. Mas, por meio de Maria, vou chegar até ELE. Deus escolheu Maria por ELA, a salvação vir ao mundo. Por Maria de novo, Deus deseja que os homens conheçam, amem o seu Filho. É Maria que vai levar o homem de hoje até Deus. 

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