quinta-feira, 24 de março de 2016

Bento XVI é "como uma vela" que se apaga lentamente, afirma secretário


O secretário pessoal de Bento XVI, Georg Gänswein, afirmou que, com seus quase 89 anos, o papa emérito é "um homem idoso, mas muito lúcido", que "é como uma vela que se apaga lenta e serenamente".

"Infelizmente o caminhar é agora fatigante e por isso utiliza um andador. Em abril, ele completa 89 anos. É como uma vela que, lenta e serenamente, se apaga, como acontece com muitos de nós", declarou o arcebispo alemão em entrevista publicada pela revista Benessere.

Em relação às condições de Bento XVI, Gänswein disse que o papa "está sereno, em paz com Deus, com ele mesmo e com o mundo".

"Ele se interessa por tudo e conserva seu humor fino e sutil. Mantém uma correspondência bastante ampla, mas já não escreve livros. Se limita a ditar cartas para sua secretária", explicou.

Bento XVI, segundo Gänswein, leva "voluntariamente uma vida de monge", mas "não está isolado: reza, lê, escuta música, recebe visitas, toca piano".

"Conservou uma grande paixão pelos felinos. Em nossos jardins vivem Contessa e Zorro, dois gatos que frequentemente vêm saudar o papa emérito", acrescentou Gaeswein, atual governador regional da Casa Pontifícia.

Bento XVI vive no mosteiro vaticano Mater Ecclesiae desde que efetivou sua renúncia ao pontificado, em 28 de fevereiro de 2013, e após permanecer no palácio de Castel Gandolfo até 2 de maio daquele ano.

Depois de anunciar sua decisão inesperada, o papa emérito assegurou que não interferiria na vida da Igreja, mas se dedicaria a rezar e ao estudo.

Por isso suas aparições públicas durante o pontificado de seu sucessor, Francisco, estão sendo muito limitadas, a última delas durante a abertura da Porta Santa da basílica de São Pedro do Vaticano, no último dia 8 de novembro, com o que se inaugurou o Jubileu.

(Com EFE)
http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/bento-xvi-e-como-uma-vela-que-se-apaga-lentamente-afirma-seu-secretario
Nota do moderador sobre a materia em exposição 


Julio Cesar Carneiro disse:

Eis um homem de verdade, na qual, a humanidade NÃO o compreendeu, e nem o acolheu. Eis um Santo em vida, que ao exemplo de Cristo quando era julgado, permanecia calado, não porque era culpado, mais, para revelar nos homens que o julgavam a sua natureza.

Como uma vela a se doar por completo a Deus. Uma vela simples, escondida em Deus para que a sua humanidade se tornasse cada vez mais Santa. Um homem de verdade que não se apegou aquilo que não lhe pertence. Um homem de verdade, em suas fraquezas que foi capaz, ousado em Deus para dizer: Não posso mais.

Bento XVI nos revela uma força muito grande, mesmo em meio às perseguições, e as mentiras desse mundo.  O seu silencio, não é, e nem nunca foi complacente com os pecados de seus irmãos. O seu silencio, é o de Deus diante das atrocidades dos homens. O silencio, revela a dor no coração pelos pecados da humanidade. Há situações que o silencio é a melhor forma de oração, diante de um mundo em gritos, ou que não acolhe a verdade, ou que precisa acomodar com a sua verdade, e não a de Cristo.


O silencio de Cristo irritava os seus algozes. No silencio de Cristo, a natureza humana se revoltava, porque esperava de Cristo uma humanidade desesperada, contraditória, medrosa. Com isso, haveria como condena-la. O que adiantaria a defesa de Cristo, se a humanidade estava crente naquilo que acreditava como certo, mesmo estando errada? Um homem Santo, que não procurou de maneira alguma cargo, luzes. Um homem que soube se retirar para que Francisco pudesse assumir a barca de Pedro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário