O secretário pessoal de Bento XVI, Georg Gänswein,
afirmou que, com seus quase 89 anos, o papa emérito é "um homem idoso, mas
muito lúcido", que "é como uma vela que se apaga lenta e
serenamente".
"Infelizmente
o caminhar é agora fatigante e por isso utiliza um andador. Em abril, ele
completa 89 anos. É como uma vela que, lenta e serenamente, se apaga, como
acontece com muitos de nós", declarou o arcebispo alemão em entrevista
publicada pela revista Benessere.
Em relação às
condições de Bento XVI, Gänswein disse que o papa "está sereno, em paz com
Deus, com ele mesmo e com o mundo".
"Ele se
interessa por tudo e conserva seu humor fino e sutil. Mantém uma
correspondência bastante ampla, mas já não escreve livros. Se limita a ditar
cartas para sua secretária", explicou.
Bento XVI, segundo
Gänswein, leva "voluntariamente uma vida de monge", mas "não
está isolado: reza, lê, escuta música, recebe visitas, toca piano".
"Conservou uma
grande paixão pelos felinos. Em nossos jardins vivem Contessa e Zorro, dois
gatos que frequentemente vêm saudar o papa emérito", acrescentou Gaeswein,
atual governador regional da Casa Pontifícia.
Bento XVI vive no
mosteiro vaticano Mater Ecclesiae desde que efetivou sua renúncia ao
pontificado, em 28 de fevereiro de 2013, e após permanecer no palácio de Castel
Gandolfo até 2 de maio daquele ano.
Depois de anunciar
sua decisão inesperada, o papa emérito assegurou que não interferiria na vida
da Igreja, mas se dedicaria a rezar e ao estudo.
Por isso suas
aparições públicas durante o pontificado de seu sucessor, Francisco, estão
sendo muito limitadas, a última delas durante a abertura da Porta Santa da
basílica de São Pedro do Vaticano, no último dia 8 de novembro, com o que se
inaugurou o Jubileu.
(Com
EFE)
http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/bento-xvi-e-como-uma-vela-que-se-apaga-lentamente-afirma-seu-secretario
Nota do moderador sobre a materia em exposição
Julio Cesar Carneiro disse:
Eis um homem
de verdade, na qual, a humanidade NÃO o compreendeu, e nem o acolheu. Eis um
Santo em vida, que ao exemplo de Cristo quando era julgado, permanecia calado,
não porque era culpado, mais, para revelar nos homens que o julgavam a sua
natureza.
Como uma
vela a se doar por completo a Deus. Uma vela simples, escondida em Deus para
que a sua humanidade se tornasse cada vez mais Santa. Um homem de verdade que
não se apegou aquilo que não lhe pertence. Um homem de verdade, em suas
fraquezas que foi capaz, ousado em Deus para dizer: Não posso mais.
Bento XVI
nos revela uma força muito grande, mesmo em meio às perseguições, e as mentiras
desse mundo. O seu silencio, não é, e
nem nunca foi complacente com os pecados de seus irmãos. O seu silencio, é o de
Deus diante das atrocidades dos homens. O silencio, revela a dor no coração
pelos pecados da humanidade. Há situações que o silencio é a melhor forma de
oração, diante de um mundo em gritos, ou que não acolhe a verdade, ou que
precisa acomodar com a sua verdade, e não a de Cristo.
O silencio
de Cristo irritava os seus algozes. No silencio de Cristo, a natureza humana se
revoltava, porque esperava de Cristo uma humanidade desesperada, contraditória,
medrosa. Com isso, haveria como condena-la. O que adiantaria a defesa de
Cristo, se a humanidade estava crente naquilo que acreditava como certo, mesmo
estando errada? Um homem Santo, que não procurou de maneira alguma cargo,
luzes. Um homem que soube se retirar para que Francisco pudesse assumir a barca
de Pedro.
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