Vaticano, 08 Mar. 16 / 10:00 am (ACI).- O Secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal Pietro Parolin, disse que as Missionárias da Caridade assassinadas no Iêmen são verdadeiramente mártires que decidiram permanecer servindo apesar das ameaças.
Em declarações ao jornal Avvenire da Conferência Episcopal Italiana, o Purpurado se referiu ao assassinato das quatro religiosas que cuidavam de um lar para os idosos e deficientes em Áden, no Iémen, onde foram brutalmente assassinados por um grupo de homens armados que pertencem a Al Qaeda ou o Estado Islâmico.
O Cardeal italiano disse que o ocorrido “é algo dramático. Quando me disseram, foi realmente um golpe no coração, um grande impacto, porque não se compreende como pessoas que dedicaram sua vida ao bem do próximo possam ser assassinadas; e assassinada dessa forma tão bárbara”.
“Verdadeiramente são mártires, porque me contaram que haviam recebido ameaças e ainda assim preferiram permanecer, algo que lhes custou a vida”, indicou.
“Certamente há mais perseguidos, mas estes são gestos indescritíveis, não saberia defini-los. Que mal poderiam fazer essas religiosas e essas pessoas das quais se encarregavam, nas mãos de quem ficarão, quem cuidará delas?”, questionou em seguida o Cardeal.
“Não há outro motivo além do ódio em sua forma mais pura. Verdadeiramente é algo que nos dói muito”, continuou.
O Cardinal Parolin também explicou: “Temos buscado alguns contatos, porque, certamente, essa era a única presença da Igreja Católica no país, além do sacerdote salesiano que desapareceu e que não se sabe onde está e o que aconteceu com ele”.
“Tentamos trabalhar por lá e obtermos contato. Também para retirá-las de lá, porque parece que estão com a polícia. Mas, não pude ver o Papa para falar sobre isso”, afirmou.
Em uma mensagem do Papa enviada através do Cardeal Parolin, foi indicado que “Sua Santidade Francisco está comovido e profundamente entristecido” e “assegura suas orações pelos mortos e sua proximidade espiritual às suas famílias e todos aqueles afetados por este ato de violência sem sentido e diabólico”.
No domingo, no Ângelus, o Santo Padre expressou sua proximidade às Missionárias da Caridade e elevou suas orações “por elas e pelas outras pessoas assassinadas no ataque, e por suas famílias”. “Estes são os mártires de hoje. E estes não são página de jornais, não são notícia. Eles dão o seu sangue pela Igreja”, expressou.
“São vítimas do ataque, daqueles que as assassinaram e da indiferença, desta globalização da indiferença, do ‘não importa’”, acrescentou.
http://www.acidigital.com/noticias/missionarias-assassinadas-permaneceram-no-iemen-apesar-de-ameacas-disse-cardeal-parolin-41513/
Assassinatos do Iêmen não deterão Missionárias da Caridade, afirmam de Calcutá
Roma, 07 Mar. 16 / 02:30 pm (ACI).- Os assassinatos do Iêmen não deterão o itinerário de serviço e misericórdia que as Missionárias da Caridade realizam, afirmou um importante líder católico de Calcutá (Índia), cidade na qual a Beata Madre Teresa fundou a congregação religiosa.
Em declarações ao jornal ‘Times of India’, Sunil Lucas, presidente da World Catholic Association for Communication, disse de Calcutá que “a Madre Teresa sempre chegou aos cantos mais afastados do mundo sem importar-se com a situação. Ela visitou a Palestina quando o clima neste lugar ainda era tenso. As irmãs da Caridade seguem seus princípios e ensinamentos e nunca deixarão suas responsabilidades devido aos riscos”.
“Seu trabalho é chegar aos mais necessitados em nome de Deus. Os assassinatos do Iêmen não terão impacto nenhum no itinerário das irmãs”, precisou.
Estes acontecimentos, continuou, não são algo novo para as missionárias. “Centenas de cristãos morreram e perderam suas propriedades durante os ataques em Kandhamal no estado de Orissa há alguns anos (2007-2008). Queimaram povoados e as pessoas foram massacradas. E este acontecimento não deteve as missionárias”.
“Muitas delas se vestiram sem o hábito e se misturaram entre as pessoas a fim de continuar servindo. Mas, as missionárias da Caridade não vão abandonar as suas obras e continuarão trabalhando como fizeram até agora”, disse Lucas.
As religiosas, prosseguiu, “são conscientes das ameaças que existem em alguns lugares do mundo, mas elas estão em missão e não se deterão por medo destes ataques”.
Por sua parte, a pintora Sunita Kumar, associada durante anos às religiosas na Índia, comentou que “nunca havia acontecido nada como isto. Isto é uma desgraça, pois as irmãs missionárias vão pelo mundo ajudando os pobres e as pessoas que sofrem”.
Em declarações a outro meio de comunicação da Índia, Kumar disse ainda que “não tínhamos sofrido isto nem sequer em Beirute (Líbano) na década dos anos 80. O que aconteceu em Áden foi realmente a pior violência contra as religiosas”.
As religiosas foram atacadas na última sexta-feira, 4, aproximadamente às 8:30 (hora local), enquanto serviam o café da manhã aos idosos e deficientes que atendiam no albergue de Áden. Morreram com os aventais no corpo. Os homicidas assassinaram outras 12 pessoas que as ajudavam e supostamente sequestraram um sacerdote indiano, Pe. Tom Uzhunnalil, que morava neste centro.
As irmãs Anselm (57), Reginette (32), Margarida (44) e Judith (41) morreram como “mártires da caridade, mártires porque testemunharam a Cristo e compartilharam o lugar de Jesus na Cruz”, disse sobre elas Dom Paul Hinder, Vigário Apostólico da Arábia do Sul.
A quinta religiosa que atendia o centro, a irmã Sally, está hospitalizada em Áden.
http://www.acidigital.com/noticias/assassinatos-do-iemen-nao-deterao-missionarias-da-caridade-afirmam-de-calcuta-89516/
Nota do moderador sobre a materia em exposição
Julio Cesar Carneiro disse:
Julio Cesar Carneiro disse:
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