domingo, 3 de abril de 2016

Papa: uma fé que não é capaz de misericórdia não é fé


Na tarde deste sábado dia 2 de abril o Papa Francisco presidiu na Praça de S. Pedro à Vigília de Oração da Divina Misericórdia. Na sua homilia o Santo Padre afirmou que “a misericórdia é, antes de mais nada, a proximidade de Deus ao seu povo. Uma proximidade que se manifesta principalmente como ajuda e proteção”.
O Papa exortou as dioceses a promoverem uma obra estrutural de misericórdia que perdure no tempo.

Muitas são as faces da misericórdia com que Deus vem ao nosso encontro – disse o Papa. “São verdadeiramente muitas; é impossível descrevê-las todas, porque a misericórdia de Deus cresce sem cessar. Deus nunca Se cansa de a exprimir, e nós não deveríamos jamais recebê-la, procurá-la e desejá-la por hábito” – afirmou.

Francisco enfatizou que não temos um Deus que não saiba compreender e compadecer-Se das nossas fraquezas. Pelo contrário, foi precisamente em virtude da sua misericórdia que Deus Se fez um de nós.

O Papa Francisco ressaltou ainda que a misericórdia vai à procura da ovelha perdida e, quando a encontra, irradia uma alegria contagiosa. “A misericórdia sabe olhar cada pessoa nos olhos; cada uma delas é preciosa para ela, porque cada uma é única” – declarou o Santo Padre.

O Papa lembrou ainda que a misericórdia nos irrequieta e jamais pode deixar-nos tranquilos. “Não devemos ter medo” – disse ainda o Santo Padre: “é um amor que nos alcança e envolve de tal maneira que se antecipa a nós mesmos, permitindo-nos reconhecer a sua face na dos irmãos.”

Deixemo-nos conduzir docilmente por este amor, e tornar-nos-emos misericordiosos como o Pai – exortou o Santo Padre lembrando que “uma fé que não é capaz de ser misericórdia, como são sinal de misericórdia as chagas do Senhor, não é fé: é ideia, é ideologia.”

E o Papa Francisco concluiu a sua homilia pedindo que seria belo que cada diocese fizesse uma obra estrutural de misericórdia que perdure no tempo:

“Que belo seria que como uma lembrança, digamos, um monumento deste Ano da Misericórdia, que existisse em cada diocese uma obra estrutural de misericórdia: um hospital, uma casa de repouso para idosos, para crianças abandonadas, uma escola onde não haja, um hospital, uma casa para recuperar toxicodependentes… Seria belo que cada diocese pensasse: o que posso deixar como lembrança viva, como obra de misericórdia viva, como chaga de Jesus vivo neste Ano da Misericórdia.”
(RS/RL)


http://pt.radiovaticana.va/news/2016/04/03/papa_uma_f%C3%A9_que_n%C3%A3o_%C3%A9_capaz_de_miseric%C3%B3rdia_n%C3%A3o_%C3%A9_f%C3%A9/1219929
Nota do moderador sobre a materia em exposição 


Julio Cesar Carneiro disse:

Francisco enfatizou que não temos um Deus que não saiba compreender e compadecer-Se das nossas fraquezas. Pelo contrário, foi precisamente em virtude da sua misericórdia que Deus Se fez um de nós.

É muito interessante isso. Deus se fez homem, para conhecer e viver a nossa natureza na pele, e dá um novo sentido a ela. Deus poderia somente nos falar em uma aparição, e muda a historia da humanidade. Mas não. Deus foi além. Deus desejou viver a nossa vida, a nossa historia, para Santifica-la. Um Deus tão grande, que se fez de pequeno, pobre, humilde, para tudo ser transformado. Um Deus que provou com a sua morte, que nos ama loucamente, e que nos quer. U Deus de Misericórdia, que se compadeceu de minhas misérias. Deus conhece as nossas misérias. Deus humano, sabe o que penso, sinto, e por isso, vem ao nosso socorro.

O Papa Francisco ressaltou ainda que a misericórdia vai à procura da ovelha perdida e, quando a encontra, irradia uma alegria contagiosa. “A misericórdia sabe olhar cada pessoa nos olhos; cada uma delas é preciosa para ela, porque cada uma é única” – declarou o Santo Padre.

Deus NÃO deseja nos perder. É um amor louco que nos procura. Deus sabe onde estou. Deus sabe que dor atravessa a minha alma, e me deixa dessa forma. Deus sabe de nossos vícios, de nossas angustias. Deus viveu a nossa vida, e a transformou na ordem do amor, da doação de si por completo, tomando as nossas miserias.

É assim que Deus nos chama a viver. Como Deus nos olhou, amou, também somos chamados a olhar a dor da humanidade, e poder ama-la. A dor da humanidade, o cansaço e o peso de sua Cruz, nos motiva a ajuda-la a levar. Que a nossa humanidade seja essa oficina do amor. A minha humanidade seja esse laboratório para que Deus more dentro de nós, e que passamos a viver o amor plenamente, e o que o outr se beneficie desse amor.

Vemos os erros, as maldades, as traições do outro que nos fere, e isso de fato cria em nós um sentimento de raiva, de ódio, e passamos a ser mais inimigos, do que irmão. Passamos a fazer mais guerras, doq eu estabelecer Paz, e levar o perdão. Todo erro precisa ser denunciado. Toda maldade humana, é uma perda completa. Não existe vitória no mal. Do mal, existem perdas. Quando o mal NÃO encontra na vitima um sinal de retaliação, ele já perdeu tudo. Quando as ações negativas de nossos irmãos, não encontram respaldo em nossa humanidade, e muito menos reciprocidade, o amor estar vencendo, e sempre vai vencer. Todo mal é anulado pelo amor, pelo perdão, pela NÃO contribuição do mal. Todo mal é anulado pela luz da denuncia. O mal não consegue se manter escondido.


Diante das misérias humanas, temos que amar. Amar de forma ordenada. Amar, onde somente vemos misérias, maldades. A fraqueza do outro, deve ser a fortaleza de minha alma, para ajuda-lo. O mundo estar carente de sinais vivos de uma humanidade nova. As pessoas querem ver pessoas novas. As pessoas querem ver Deus nas outras pessoas, para que elas também busquem esse mesmo Deus. Muitas pessoas abandonam a Igreja, porque elas se deparam com a nossa pior humanidade. Nós, que vivemos nas Igrejas e fazemos tudo, e ainda não somos nada. É hora de virá. É hora de contrariar esse mundo. 

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