Um casal homossexual ganhou a batalha na justiça da Tailândia
contra a mãe de aluguel de sua filha, nesta terça-feira. Após o parto, a mulher
se negou a assinar os papeis que permitiam que a criança saísse do país ao
descobrir que os contratantes eram gays.
A Corte de Família tailandesa deu
a custódia da pequena Carmen, de 15 meses, ao americano Gordon Lake e ao
espanhol Manuel Santos, ambos de 41 anos. De acordo com o jornal The Guardian, Lake é o pai
biológico do bebê e o óvulo partiu de uma doadora anônima. Portanto, a mãe de
aluguel Patidta Kusolsang não é geneticamente relacionada à criança.
Desde o nascimento de Carmen, em
janeiro de 2015, Lake estava escondido em uma localidade desconhecida na
Tailândia, com medo de que o bebê fosse levado. O marido voltou para a Espanha
com o filho de dois anos do casal, Álvaro, que nasceu de uma mãe de aluguel na
Índia.
"Nós estamos extremamente
emocionados. Sempre soubemos que a nossa história teria um final feliz e mal
podemos esperar para nós quatro estarmos juntos novamente", disse Luke.
Segundo o jornal The
Telegraph, Patidta disse a uma televisão tailandesa que havia
tomado a decisão de ser barriga de aluguel para ajudar um "casal
legitimamente casado".
Apesar de o casamento gay não ser
permitido no país, a Tailândia era um destino procurado pela estrutura médica
de qualidade e um mercado já estabilizado do serviço de barriga de aluguel. O
método foi proibido para estrangeiros no país após alguns casos polêmicos, mas
Carmen foi concebida antes da nova legislação.
(Da redação)
http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/casal-gay-vence-batalha-de-custodia-contra-mae-de-aluguel-na-tailandia
Juiz
retira guarda de criança de casal de mulheres e afirma que ela ficará melhor
com pais heterossexuais
Um casal de mulheres perdeu a guarda de sua filha adotiva de 1 ano
depois que um juiz do Estado americano de Utah afirmou que a criança estaria
melhor com pais heterossexuais, em uma decisão formal tomada na última
quarta-feira. Segundo uma das mulheres, April Hoagland, contou à emissora de
televisão local KUTV,
o juiz Scott Johansen afirmou que "através de sua pesquisa descobriu que
crianças em casas homossexuais não crescem tão bem quanto em casas
heterossexuais".
April acrescentou que, quando
solicitado, o juiz não quis mostrar a pesquisa consultada. "Eu fui pega de
surpresa porque não pensei que coisas desse tipo ainda acontecessem",
afirmou à KUTV. "Não é justo, não é
certo e me magoa muito porque eu não fiz nada de errado". Beckie Peirce, a
outra mãe da criança, afirmou à emissora que podem existir outras razões por
trás da decisão do juiz. "Eu acredito que seja por uma crença
religiosa", disse ela.
Embora se trate de uma ordem
judicial, a decisão colocou o Serviço de Cuidados às Crianças do Estado de Utah
em uma situação bastante complexa, já que a retirada da guarda pode não ser
completamente legal por chocar-se com leis federais. "Por um lado, eu não
espero que meus assistentes sociais violem uma ordem da corte", afirmou
Brent Platt, diretor da Divisão de Serviços pela Criança e Família de Utah,
"mas por outro lado, eu não espero que eles violem leis federais".
Essa não é a primeira vez que uma
decisão controversa do juiz Scott Johansen repercute no noticiário. Em 1995, no
tribunal de Price, Utah, onde trabalhava na época, ele deu um tapa no rosto de
um jovem de 16 anos, filho de um amigo seu, acusado de participar de um roubo.
Johansen admitiu que sua reação foi errada, mas afirmou que por se tratar de um
adolescente conhecido, ele não precisava agir como autoridade judicial.
No ano passado, Beckie e April
decidiram se casar, mas só puderam confirmar a união em junho deste ano, quando
a Suprema Corte legalizou o casamento
homossexual nos
EUA. Logo depois, quiseram adotar uma criança e, em agosto, receberam uma
menina de 1 ano em sua casa, onde ela se juntou aos dois filhos biológicos do
casal, e vive atualmente. A decisão de Johansen deve ser efetivada nos próximos
sete dias, mas ainda cabe recurso.
(Da redação)
http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/juiz-retira-guarda-de-crianca-de-casal-de-mulheres-e-afirma-que-ela-ficara-melhor-com-pais-heterossexuais
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