domingo, 28 de fevereiro de 2016

A inutilidade do outro que me humaniza e Santifica


Nota do moderador sobre a materia em exposição 


Julio Cesar Carneiro disse:

Uma linda imagem. Essa imagem remete muito os últimos momentos que passei com meu pai. Quando existe amor na família, os filhos respondem na mesma forma como foram tratados, e ensinados. Puderam saborear os exemplos. O filho fez memoria dos anos que seu pai o tinha nos braços e sempre cuidava dele nos mais diversos momentos. Houve reciprocidade. O filho aprende amar mais, dá mais atenção, quando o amor dos pais é externado.

O meu pai sempre nos amou, apesar de suas fraquezas e limitações. Toda a minha vida era sempre amparado pelo meu pai. O meu pai sempre tinha um apreço para comigo. Fator essencial para EU correspondesse no momento certo, na hora mais aguda de sua vida, o amor doado. Amor doado, amor dado. Houve reciprocidade. O meu amor foi cristalizado pela inutilidade do meu pai. A inutilidade do meu pai, me fez ver o mundo e as pessoas de forma diferente. Sua agonia de dor, abriu uma fenda no meu coração, na qual, brotou todo um amor necessário ao próximo, e todos que de alguma forma me feriram, ou ainda ferem.

Não se enganem meus irmãos, Deus sempre vai revelar o que há de melhor em nós, através das dores, das incompreensões, das decepções. Pois, tudo o que vemos e sentimos, nascerá em nós, uma força que nos mudará. Ao subir o calvário com meu pai, levando com ele sua Cruz me fez ver o ser humano de forma diferente, e entender a sua dor. Como descrevi acima, abriu-se um fenda de amor enorme no meu coração para com o próximo, os doentes e os mais miseráveis. Pude compreender o amor através da dor. Ao passar as ultimas semanas de vida com ele, ao lado de seu leito compreendi que Deus me queria ali, com ele, segurando a sua mão, dizendo para ele não desistir. Deus queria que eu olhasse a dor humana, o quanto o pecado pode destruir a vida do ser humano. Deus queria que eu fosse o intercessor do meu pai para o céu. Pedi sempre a Nossa Senhora que no dia 8 de Dezembro de 2015 levasse ele, e o apresentasse ao Pai. No dia 8 de Dezembro de 2015, por volta das 6 horas da manhã, quando o Papa Francisco abria as partas da Misericordia, o céu se abriu para acolher o meu pai.

Por isso tenho frisado sempre a importância da família. Não desista de sua família por nada. Ame. Ame sua esposa, seu esposo e filhos. Eles são seus tesouros. Não os troquem por nada. Cultive em vossas casas, tudo o que é bom, belo e ordenado. Todo amor dado, será algum dia recebido. Ninguém nunca perde nada, amando de verdade. Amem.

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