UXTLA GUTIERREZ, 16 Fev. 16 / 02:30 pm (ACI).- Beatriz Muñoz é enfermeira e mãe solteira de vários filhos. Na tarde de ontem, teve a oportunidade de compartilhar sua história com o Papa Francisco e, sem medir palavras, sem maquiar suas dores, contou sua experiência e a luta que confrontou ao longo de sua vida.
A seguir a íntegra de seu testemunho:
Meu nome é Beatriz Muñoz Hernández, tenho 52 anos, sou enfermeira de profissão e mãe solteira. Sou terceira de uma família de 12 irmãos.
Minha infância esteve marcada pela pobreza, a violência e o abandono de meu pai, o que fez eu não me sentir querida e fornicar na adolescência, ficando grávida em várias ocasiões ao longo de minha vida e experimentando a tristeza, o rechaço social e a solidão mais profunda.
Encontrei-me com o amor de Deus através de sua Igreja e me resgatou, anunciando que me amava, que não me rechaçava e que, sobretudo, me perdoava.
Sendo enfermeira, muitas vezes me ofereceram a oportunidade de abortar, mas Deus me ajudou a não permitir atentar contra a vida de meus filhos.
A luta sempre foi difícil, pois com a precariedade, a solidão e o educar os filhos sozinha, a tentação do aborto sempre se apresentou como uma alternativa que parecia a solução para os problemas. Mas, com a ajuda de Deus, pude sair vitoriosa dessas batalhas e me encontrar com a verdadeira felicidade, que não está no que oferece a sociedade, mas sim ser em me encontrar com o amor do Pai, a misericórdia da Igreja e o perdão dos pecados em Cristo.
Através de um processo de constantes catequeses, me ajudou a entender e apreciar a palavra de Deus, a entrar em oração, a vida dentro da comunidade, a prática dos sacramentos, sobretudo a comunhão e a reconciliação, que alimentam agora minha vida e me permitem viver a misericórdia de Deus que o senhor, Santo Padre, anuncia para todos os fiéis, permitindo que em meu trabalho de enfermeira e em minha família, possa dar testemunho, anunciando o amor de Deus aos adolescentes, às mães solteiras e às famílias destruídas, sempre impulsionando ao encontro com Cristo através da Igreja que me acolheu como Mãe.
Santo Padre, só peço sua bênção, oração e fortaleza para as milhares de mulheres que se enfrentam ante a falsa saída do aborto, para que possam encontrar-se como eu com uma Igreja que as ama e acolhe.
http://www.acidigital.com/noticias/papa-no-mexico-esta-mae-solteira-nunca-sucumbiu-a-tentacao-do-aborto-93450/
Nota do moderador sobre a materia em exposição
Julio Cesar Carneiro disse:
Eu sempre tenho defendido a vida. E, assim sempre
farei até chegar a minha hora de deixar esse mundo. Eu acredito na vida. Eu
acredito no amor. Claro, não é fácil para nenhuma mulher passar por diversos
sofrimentos tais como: Estupros, violências físicas, abandono do esposo. Durante
o tempo que vamos passar sobre essa terra, será tempos de muitas e dolorosas
guerras. E, para vencer tudo isso, precisamos lutar, e não regredir. Pois em
tudo, devemos confiar em Deus que não nos abandona.
A vida que nasce no útero da mulher, é um presente
de Deus. Mesmo que essa vida tenha se projetado em meios turbulentos. São nesses
meios de grande turbulência que deveremos ser mais fortes. A fortaleza do homem
e da mulher, nascem nos momentos de crise. Pois, são desses momentos de guerra,
que deveremos reagir para não ser morto no campo de batalha.
As crianças que nascem de estupros, não são uma
maldição. Mesmo que dela tenha vindo de um homem perverso, de alguém que a
mulher não o ame, não o conheça. É dessa natureza decaida do agressor, que
nascerá um novo homem, uma nova mulher, capaz de amar de verdade, quando o seu
criador foi incapaz de amar de verdade a sua genitora, sua mãe. Deus acredita na
força que existe dentro da mulher. As maiores Santas do mundo são mulheres frágeis,
que mesmo diante de seus algozes, não desistiram de ser mulher, não desistiram
de acreditar no amor. Sabem que seus algozes, são frutos de uma natureza sem
amor. Só ama de verdade que sabe que foi amado. Só dá aquilo o eu se tem, o que
se domina.
Vivemos em um mundo de extrema violência, e decadência
moral. Não são leis humanas que vão mudar a humanidade. Somente Deus pode fazer
isso. Enquanto o homem não se voltar para Deus ele será um ser mutilado, um
doente. Deus aposta nesse fruto nascido de forma violenta. O amor nasce desse meio.
As grande mudanças, nascem em meio as tempestades da vida. Porque delas, eu
tenho um plano para mudar o que me cerca. Compadeço-me das dores, e lutas de
muitas mulheres. Todas que passam por isso, são verdadeira heroínas, por não
sucumbirem a loucura. Mulheres forte, que são capazes de se refazer, e de amar
novamente.
Admiro-me de muitas mães solteiras, ou com filhos com
problemas de saúde e que se limitam a viver sozinhos. Mães que se dobram para
trabalhar, amar, e não desistir de sua responsabilidade. Minha mãe sempre
cuidou dos filhos sozinha. O meu pai sempre ausente de casa por conta do vicio
da bebida, era incapaz de prover o necessário. Nada disso abalou minha mãe. Sentiu
dores, fracasso, insucessos. Mas, não desistiu, foi até o final. Não desistiu
de sua vocação de ser esposa, mãe, mulher. Soube no ultimo momento da vida de
meu pai, perdoar a ele por tudo o que lhe fizera no passado. Tornou-se livre.
Perguntado a ela se tinha arrependimento, ela diz: “ Se fosse para viver tudo
de novo, com certeza viveria”.
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