A situação do casal de gêmeos Edson e Melissa, de pouco mais de um mês de vida, vem comovendo muitas pessoas. Apenas a menina foi diagnosticada com microcefalia e os filhos da dona de casa Cassiana da Silva e do frentista Edson Miguel estão recebendo doações de todo o estado, desde que o caso veio à tona, no dia 16 deste mês. Quem não tem condições de comprar fraldas e materiais de higiene, doa seu tempo com palavras de apoio aos pais e se coloca à disposição para ajudar na rotina dos gêmeos.
Os bebês moram em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife , e o caso é acompanhado pelos médicos, que buscam entender por que um bebê tem a malformação e o outro, não.
A dentista Priscila Albuquerque fez parte de um grupo de dez pessoas do Recife que foi ao município para entregar algumas doações na manhã deste sábado (20). Ela acredita que o gesto de carinho voluntário, na realidade, vale e mexe muito mais com os pais do que as doações materiais.
“Quando estamos em grupo, quando a gente se sente cuidado por outro, a gente reage diferente aos problemas. Ela [mãe] sabe que a caminhada não vai se fácil, mas está se sentindo apoiada desde este momento”, comenta a dentista.
Com os olhos cheios de lágrimas, a pastora evangélica Laudicéia Oliveira disse à família dos bebês que eles não estavam sozinhos nessa “batalha”. “Eles podem contar conosco, estamos aqui para ajudar. No que for possível, estaremos juntos”, completa.
Quase sem palavras, Cassiana não sabe como agradecer tanta entrega, tanta mobilização. Ela conta que o telefone de casa não para de tocar. “Eu fico muito honrada com essa ajuda. O que mais me comoveu foi quando uma mãe que perdeu o filho fez questão de vir aqui”, relembra a mãe dos gêmeos.
O pai também segue surpreso com a sensibilidade das pessoas que os procuram e diz que esse sentimento de amor será sempre estendido aos filhos. “Para mim é uma honra muito grande cuidar deles e da minha mulher até o fim”, desabafa.
Exames estão sendo feitos para identificar se, por acaso, a mãe teve zika durante a gestação. Cassiana chegou a apresentar algumas manchas vermelhas no braço, quando estava com quatro meses de gravidez, mas os médicos acreditavam que era mais um quadro de dengue – não havia a preocupação com o vírus da zika na época. “Foram só umas manchas na pele, não espalhou pelo corpo”, recorda a mãe.
Esperança
Em Pernambuco, os pesquisadores já encontraram o anticorpo correlacionado ao vírus da zika em 34 bebês com microcefalia, de acordo com o último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do estado. Outros três casos deram negativo e um teve o resultado inconclusivo. Dos 1.546 casos notificados de microcefalia, 184 foram confirmados.
Os pais dos gêmeos esperam que o caso da família deles ajude a ciência a avançar nas pesquisas e encontrar uma forma de evitar novos casos de microcefalia.
"Eu acho interessante para a medicina estudar. O nosso caso foi tão raro porque a menina nasceu com microcefalia e o menino não”, avalia o pai. “Eu sei que para as mães não vai ser fácil aceitar no começo, mas é dado por Deus, a gente deve aceitar. E se um teve outro não, eu sei que foi Deus que colocou a mão”, reforça a mãe.
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Nota do moderador sobre a materia em exposição
Julio Cesar Carneiro disse:
Ela acredita que o gesto de carinho voluntário, na
realidade, vale e mexe muito mais com os pais do que as doações materiais. “Quando
estamos em grupo, quando a gente se sente cuidado por outro, a gente reage
diferente aos problemas. Ela [mãe] sabe que a caminhada não vai se fácil, mas
está se sentindo apoiada desde este momento”, comenta a dentista. Com os olhos
cheios de lágrimas, a pastora evangélica Laudicéia Oliveira disse à família dos
bebês que eles não estavam sozinhos nessa “batalha”. “Eles podem contar
conosco, estamos aqui para ajudar. No que for possível, estaremos juntos”,
completa.
Eu
me tornei fã e apaixonado por esse casal. Eles compreenderam tudo. Não é fácil.
Mas é possível SIM lutar, amar. Não podemos desistir. Há uma recompensa maior a
nos esperar. As limitações do outro, por mais dificil que nos seja ela se torna
um cana de graças para a nossa humanidade. A inutilidade do outro, me
transforma para melhor. A inutilidade desperta em minha humanidade a graça de
amar, de cuidar.
Eu acho interessante para a medicina estudar. O nosso caso foi tão raro
porque a menina nasceu com microcefalia e o menino não”, avalia o pai. “Eu sei
que para as mães não vai ser fácil aceitar no começo, mas é dado por Deus, a
gente deve aceitar. E se um teve outro não, eu sei que foi Deus que
colocou a mão”, reforça a mãe.
Não
podemos jamais abandonar essas mulheres e suas famílias. Temos que criar redes
de solidariedade que dure e estenda até o final de nossa vida. O mundo precisa
de pessoas dispostas a tudo dá pelo bem do outro. Amar, não é algo passageiro,
ele é continuo. O mundo precisa de homens e mulheres que decidam pela
radicalidade do amor.
Deus
permitiu que fosse assim por dois motivos: 1ª Para nos ensinar a amar de
verdade, gastando o nosso tempo em relação ao outro. Amar, e amar o outro, como
gostaríamos que ele nos amasse da mesma forma. 2º Deus sempre ver mais além.
Deus sabe que essa alma poderia se perder Essa alma serviu de canal para a
Santificação de muitas pessoas. A inutilidade dela é um canal para que aprendamos
amar de verdade. Essa alma só sofre, quando as pessoas NÃO compreende o amor, e
trata de forma desigual, discriminada, abortiva.
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