TUXTLA GUTIERREZ, 16 Fev. 16 / 04:00 pm (ACI).- No multitudinário Encontro com as Famílias em Tuxtla Gutiérrez, um casal de divorciados em nova união compartilhou seu testemunho com o Papa Francisco. Visivelmente emocionados, reconheceram que não podem acessar à Eucaristia, mas não por isso deixam de participar ativamente da Igreja.
A seguir seu emotivo testemunho:
Somos Humberto e Claudia Gómez. Eu, Humberto, antes era solteiro e eu, Claudia, divorciada com três filhos. Temos 16 anos de casados pelo civil.
O Senhor nos permitiu a bênção de ter um filho de ambos que atualmente tem 11 anos e é coroinha.
Nossa relação tem sido de amor e compreensão, mas estávamos afastados da Igreja, sentíamos que não tínhamos um lugar. Faz três anos que o Senhor nos falou e entramos ao grupo para DVC (em espanhol, “Divorciados vueltos a casar” - divorciados em nova união).
Isto mudou nossa vida, aproximamo-nos da Igreja e recebemos amor e misericórdia de nossos irmãos de grupo, de nossos sacerdotes. Depois de receber o abraço e amor de nosso Senhor, sentimos que o coração não cabia em nosso peito.
Os DVC não podem acessar à Eucaristia, mas podemos comungar através do irmão necessitado, do irmão doente, do irmão privado de sua liberdade, por isso somos voluntários em hospitais.
Ao visitá-los, vimos a necessidade de alimento, roupa e cobertor. Graças a Deus, temos mais de dois anos compartilhando o alimento com nossos irmãos. Posteriormente, Claudia aceitou ajudar como coordenadora de voluntárias da creche que está dentro da penitenciária de Topo Chico.
Uma vez integrada, conhecemos as necessidades dos internos que estão na clínica de reabilitação de vícios dentro da penitenciária de homens e decidimos apoiá-los com acompanhamento e levando artigos de higiene pessoal.
O Senhor é maravilhoso e nos permite servir a quem necessita, só dissemos “sim” e Ele se encarregou de nos mostrar para onde caminhar. Somos abençoados porque temos um matrimônio e uma família na qual o centro é Deus. Papa Francisco, obrigado por seu amor.
http://www.acidigital.com/noticias/comungamos-atraves-do-irmao-necessitado-estes-divorciados-em-nova-uniao-emocionaram-o-papa-42217/
Nota do moderador sobre a materia em exposição
Julio Cesar Carneiro disse:
Vamos colocar as coisas no lugar para que possamos
entender o que se passa:
Temos aqui, uma historia realmente lindam de um
casal que mesmo vivendo uma situação fora do casamento, estão integrados na
Igreja de Cristo. “Vocês podem perguntar: Então Deus e a Igreja aceitam uma segunda união”?
Respondo: NÃO!! A Igreja NÃO aceita uma segunda união. Mas, a Igreja
que é Misericórdia do Pai acolhe todas essas realidades e as trata de forma
ordenada.
“Somos Humberto
e Claudia Gómez. Eu, Humberto, antes era solteiro e eu, Claudia, divorciada com
três filhos. Temos 16 anos de casados pelo civil”. – Existe uma
realidade em curso na qual, a Igreja NÃO pode simplesmente pedir que se
separem. Ambos, tem um filho, e esse filho, precisa dos pais. Agora, os pais
compreendendo a natureza das relações, precisam estar unidos, sem estar de
fato. Ambos passam a viver como irmãos, sem manterem qualquer vinculo sexual. Como eles podem fazer isso? – Fácil,
ordenando as suas vidas, na vida de Cristo. Quando temos a Cristo toda a nossa
vida passa a ser ordenada na verdade. Tudo passa a ter sentido, e conseguimos
encaixar as coisas no seu devido lugar.
A nossa vida, os nossos afetos, é como uma cômoda
com muitas gavetas, e em cada uma delas, estar os nossos afetos. Gavetas
desarrumadas, afetos desordenados. Gavetas arrumadas, afetos ordenados,
equilibrados. Esse ordenamento acontece quando conhecemos a verdade de nossa
vida. Ou, quando nos esforçamos para bem corresponder ao amor de Deus.
Nossa
relação tem sido de amor e compreensão, mas estávamos afastados da Igreja,
sentíamos que não tínhamos um lugar. Faz três anos que o Senhor nos falou e
entramos ao grupo para DVC (em espanhol, “Divorciados vueltos a casar” -
divorciados em nova união). Isto mudou nossa vida,
aproximamo-nos da Igreja e recebemos amor e misericórdia de nossos irmãos de
grupo, de nossos sacerdotes. Depois de receber o abraço e amor de nosso Senhor,
sentimos que o coração não cabia em nosso peito.
O que vejo aqui, é um tipo de
amor ordenado: Nossa relação tem sido de
amor e compreensão. Depois de receber o abraço e amor de nosso Senhor, sentimos
que o coração não cabia em nosso peito. – Eis aqui um amor ordenado. O amor
ordenado, não é somente a presença do sexo. O amor ordenado é quando passo a
compreender o que é o amor. E, mesmo sem o sexo, o amor não morre, porque existe
o respeito de ambos. Um deseja o céu para o outro. Um, não será o motivo de
levar para o inferno. Se, queremos o bem da pessoa amada, somente desejamos o
tudo de bom para ela. Nunca desejamos o inferno, a morte. É isso que esse casal
passou.
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