sábado, 27 de fevereiro de 2016

Papa: misericórdia é conjugar o verbo amar de acordo com Jesus


No final da manhã desta sexta-feira dia 26 de fevereiro, o Papa Francisco recebeu na Sala Clementina no Vaticano os participantes no Congresso Internacional sobre o tema: “A caridade nunca mais terá fim”, uma iniciativa do Conselho Pontifício “Cor Unum”. Este evento acontece nos dez anos da publicação da Encíclica “Deus Caritas est”, do Papa Bento XVI.
No discurso que pronunciou na ocasião, o Papa Francisco afirmou que “o ato de caridade, na verdade, não é apenas uma esmola para lavar a consciência; inclui ‘uma atenção de amor dirigida ao outro’ (cf. ibid., n. Evangelii gaudium, 199), que considera o outro “uma coisa como ele mesmo” (cf. S. Tomás de Aquino, Summa Theologica, II-II, q. 27, art. 2).
O Santo Padre recordou as palavras de Jesus que declaram a caridade como o primeiro e maior dos mandamentos, que no texto de S. Marcos nos diz: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda tua alma, com toda a tua mente e com toda a tua força… Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Marcos 12,30-31).
Segundo o Papa Francisco, o Ano Jubilar que estamos a viver é também “uma oportunidade para voltar a esse coração pulsante da nossa vida e do nosso testemunho, no centro do anúncio da fé: ‘Deus é amor’ (1 Jo 4,8.16). “Deus não tem simplesmente o desejo ou a capacidade de amar; Deus é caridade: a caridade é a sua essência, a sua natureza” – sublinhou o Santo Padre.
Desta forma, caridade e misericórdia estão intimamente ligadas porque são a maneira de ser e agir de Deus – explicou o Papa que enfatizou dois aspetos da Encíclica de Bento XVI: em primeiro lugar é um texto que nos recorda “o rosto de Deus” que “derrama o seu amor em nós” e assim, “somos chamados a ser testemunhas deste amor no mundo”. Um segundo aspeto salientado pelo Santo Padre é que a Encíclica “Deus caritas est” de Bento XVI “lembra-nos que esta caridade quer ser refletida cada vez mais na vida da Igreja.”
Neste momento da sua reflexão o Papa Francisco referiu-se à importância da missão das organizações de caridade da Igreja que permitem fazer sentir a cada ser humano que é “amado pelo Pai”.
Na conclusão do seu discurso o Papa Francisco reafirmou a frescura da mensagem da Encíclica “Deus caritas est” e declarou que neste Jubileu “viver as obras de misericórdia significa conjugar o verbo amar de acordo com Jesus” para comunicar o amor de Deus.
(RS)
http://pt.radiovaticana.va/news/2016/02/26/papa_miseric%C3%B3rdia_%C3%A9_conjugar_verbo_amar_de_acordo_com_jesus/1211318

Nota do moderador sobre a materia em exposição 


Julio Cesar Carneiro disse:

“Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda tua alma, com toda a tua mente e com toda a tua força… Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Marcos 12,30-31).

Para amar de verdade o outro, preciso aprender a amar. Somente de Deus a fonte única do amor verdadeiro é que seremos capazes de amar o outro, mesmo sabendo quem ele é.  O pecado deixou o amor humano muito doente, amamos a partir de nossas escolhas pessoais, egoístas, diminutas. Amamos por um tempo, depois descartamos. Isso não é amor. O amor verdadeiro, fiel e ordenado, passa longe desse sentimento mesquinho.

Para entender o amor, tenho que ir para Deus. Pois, Deus é amor. Quando criatura e criador se encontram, se entrelaça, o Criador revela o seu coração que se derrama em profunda graça de amor a alma que busca e que tem sede. Alma sedenta de amor bebe dessa graça, que copiosamente é derramada para todos os homens. A alma conhece o amor. A alma conhece que ele foi criada por amor, e que é ao mesmo tampo amada, com todas as sua imperfeições. Desse ponto, ela passa amar os demais, como ela se ama, a  partir de Deus.


Nós só podemos dá ao outro, aquilo que tenho, e aquilo que conheço. Se, tenho amor verdadeiro em mim, outro se torna beneficiário desse amor, porque eu passo á ama-lo como Deus me ama. Somente o amor cura e renova todas as coisas. O amor de Deus.

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