sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Amigues para sempre



Se voltassem hoje ao mundo dos vivos, o escritor Álvares de Azevedo, o poeta Manuel Bandeira e o e­x-pr­esidente Floriano Peixoto estranhariam muitas coisas. E uma delas seria o cabeçalho da prova de biologia aplicada no ano passado no colégio em que eles estudaram, o Pedro II, no Rio de Janeiro, o terceiro mais antigo em atividade no Brasil. Ao lado do campo a ser preenchido com o nome de cada estudante, a prova trazia a palavra alunx, em vez de "aluno" ou "aluna". Todos na classe conheciam o significado daquele xis. Em mensagens trocadas nas redes sociais, jovens e adolescentes usam a letra, assim como o "e", para suprimir a identificação masculina ou feminina em palavras como "amigx" ou "queridx" - na versão com "e", mais pronunciável, "amigue" ou "queride". É o chamado gênero neutro, utilizado basicamente em duas situações: a pedido, quando o outro diz que quer ser tratado assim, ou por iniciativa de quem escreve - e prefere não cravar se o destinatário é homem, mulher, e assim por diante. Assim por diante?

Desconectados, desligados e recém-chegados da Coreia do Norte: ao menos para a geração pós-millenium - também chamada de geração Z ou geração touch -, o número de gêneros já passou de dois faz tempo. No Brasil, o Facebook acrescentou, em março passado, no espaço destinado à identificação do usuário, dezessete novas opções de gênero, além do masculino e feminino. Nos Estados Unidos são mais de cinquenta. A lista inclui cross gender, sem gênero e ainda uma alternativa para personalizar a resposta.

Para esses jovens na faixa de 15 anos, crescidos no universo digital, nunca foi tão normal ser diferente. Os adultos, ligeiramente atordoados, tentam acompanhar o ritmo das mudanças. Em colégios de grandes cidades brasileiras, discutir a diversidade de gênero virou assunto obrigatório. A aula magna do Pedro II deste ano foi sobre o tema. No Bandeirantes, em São Paulo, um grupo de discussão batizado de Bandiversidade reúne alunos para falar sobre homossexualidade, bissexualidade e pansexualidade. Já esquentaram os debates tópicos como as diferenças entre transgênero, transexual e drag queen (transgênero: termo mais abrangente usado para designar pessoas que não se identificam com o sexo de seu nascimento, mas não necessariamente se identificam com o sexo oposto; transexuais: sentem-se pertencentes ao gênero oposto; drag queen: indivíduo do sexo masculino que, em performances quase sempre profissionais, se fantasia de mulher, podendo ser homossexual, bissexual ou heterossexual. Parece complicado? Bem, ninguém disse que era simples).

A "novilíngua" das redes e a onipresença nas escolas do tema da vez podem não durar mais que alguns verões, mas o que elas sinalizam veio para ficar. Não é exagero afirmar que uma importante mudança geracional está em curso. Dados de um levantamento da agência de publicidade J. Walter Thompson mostram que 76% dos jovens brasileiros não dão importância à orientação sexual dos outros e 82% concordam que as pessoas devem explorar mais a própria sexualidade. A J. Walter Thompson ouviu 1 500 pessoas entre 12 e 19 anos no Brasil, nos Estados Unidos e na Inglaterra. Outra pesquisa, coordenada pela psicóloga Luciana Mutti, em Porto Alegre, revelou que 20% dos adolescentes entrevistados já haviam tido relações com pessoas de ambos os sexos. A pesquisa foi feita com 400 jovens de 13 a 18 anos na capital gaúcha.

Trata-se de uma mudança e tanto. Basta lembrar que, até 1990, a Organização Mundial da Saúde classificava a homossexualidade como distúrbio mental. Em 12 de maio de 1993, um levantamento do Ibope sobre o tema foi capa de VEJA. No Brasil de então, 79% dos entrevistados afirmaram que não aceitariam que seu filho saísse com um amigo gay; 62% declararam que um pai deveria tentar convencer seu filho a mudar de condição se descobrisse que ele é homossexual; 56% responderam que alterariam sua conduta com um colega se soubessem que ele é homossexual; 45% trocariam de médico pelo mesmo motivo; 36% deixariam de empregar um candidato com esse perfil, ainda que fosse o mais qualificado; e 58% se disseram contrários à adoção de uma criança por um casal gay.

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Para Sam Bourcier, professor da Universidade de Lille, na França, o modelo binário (dois sexos, dois gêneros) acabou. Bourcier é um dos mais respeitados porta-vozes da chamada teoria queer. Nasceu mulher, mas não se identifica com nenhum gênero, razão pela qual adotou nome masculino, que apresenta junto com o original, Marie Hélène. O termo queer é uma apropriação da gíria inglesa que significa "estranho", "esquisito" e que originalmente era usada para se referir jocosamente a homossexuais. Festejadíssima pela geração Z, a teoria sustenta que a sexualidade é fluida e que as preferências nessa área podem mudar ao longo da vida. Um indivíduo do sexo masculino, por exemplo, pode passar boa parte da existência sentindo-se atraído por outros indivíduos do sexo masculino e mais tarde mudar de ideia - o que não necessariamente quer dizer que começará a gostar de mulheres. "Há muitas outras possibilidades de gênero e sexo além daquelas que foram apontadas no nascimento", diz Bourcier.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/amigues-para-sempre

Nota do moderador sobre a materia em exposição 


Julio Cesar Carneiro disse:

Vamos analisar o básico: A natureza fez o homem e a mulher. Não existe um terceiro sexo, ou alguém neutro. Esse tipo de “neutralidade sexual”, ou indefinição em sua sexualidade, ocorre quando as pessoas sofrem diversas rupturas e perturbações em seu desenvolvimento. O ambiente favorece essa desconstrução. Um ambiente cheio de perturbações, falta de amor, conflitos, crises, todo gênero que se agrega a ele (homem ou mulher), acaba sofrendo esse impacto em sua vida.

O pecado perturbou, e adoeceu o amor.  O amor é visto como lago usual, mercadológico, interesseiro. Se, não deu certo, troca-se. Ou, descarta-se. Estamos tão carentes de amor verdadeiro e ordenado que, nos atiramos em qualquer coisa, de qualquer forma, para tentar preencher o vazio que existe dentro de nós. Há uma lacuna que não foi preenchida, que não foi trabalhada em nossa infância e adolescência, de maneira certa. Todo tipo de representação de amor, buscamos como forma de tentar nos explicar, nos definir. Sem Deus, sem o amor verdadeiro e ordenado, sempre vamos ficar perdidos, soltos.

Outro fator de nossas perturbações, estar no fato de nossa constituição genética. Somos partes de um todo, de muitas pessoas com seus mais diversos temperamentos, e perturbações. Vivemos dentro de uma família na qual, estando errada ou não, tem o seu tipo de pensamento, comportamento, na qual, vai se desenhando em nossa humanidade e personalidade. Mas, tudo isso pode e deve ser revestido em sua originalidade. Há influencias boas que vem de fora, na qual, pode nos ajudar a encontrar o caminho que não nos foi mostrado, ou que perdemos em certa ocasião de nossa vida.

Quando há esse tipo de neutralidade, ou essa perda de identidade, não quer dizer que a pessoa nasceu assim, e deve ser assim. Permanecer assim, é um estado cômodo, onde não de agrega a vontade de lutar para chegar ao conhecimento de nós mesmo. Quando se permanece nesse estado, a pessoa tem medo de enfrentar as realidades, porque precisa estar escondida em um tipo de caricatura que a deixa em conformidade com suas vontades.

Deus criou o homem e a mulher. O que temos com relação a esse tipo de cultura, ocorre com a entrada de uma cultura que deseja afastar o homem e a mulher da verdade. É preciso entender que o ser humano é alguém em processo de crescimento e de conhecimento. Quem perturba isso, manipula a verdade, não tem nenhum amor pelo próximo, e pela verdade. Quando assumo uma característica diferente de minha sexualidade, eu estou perturbando toda logica humana e pessoal minha. Estou dizendo para mim mesmo, que não me amo como sou. Ou, desejo me sentir bem, com alguém que não sou.

Esse tipo de fuga, estar centralizado em sua formação. Há pais que não se preocupam com um bom relacionamento para com seus filhos. Há pais que fogem dessa situação de acompanhar, educar, rezar com eles, participar de forma verdadeira e ordenada da vida dos filhos, porque existem outras diversas ocupações mais importantes. As vezes, acham que encher os filhos de coisas, presentes, viagens, roupas de marcas, já estejam dando tudo o que eles querem. Ou, há pais em grandes conflitos que transferem para os filhos uma imagem perturbadora do amor, da família. Com isso, há uma fuga dos filhos para um mundo que não os amam, e vão trata-los da pior forma possível.

É na família que estar à chave para todo sucesso da sociedade. É trabalhando a família de forma verdadeira e ordenada, que teremos filhos curados, prontos a amarem o que são, sem precisar recorrer a formas ou a outros meios para tentar buscar uma felicidade falsa, que cedo ou tarde, acabem por os matarem, e os aprisionarem. Sem Deus não vamos para lugar algum. Sem Deus toda sociedade estar fadada ao fracasso. Por isso, que estão fazendo tudo, para tirar Deus. Com Deus o sistema perde. Com Deus há casamentos mais felizes, e duradouros. Com Deus os sistemas das drogas perdem. Com Deus os sistemas das bebidas perdem. Com Deus o sistema desse mundo, morre por completo.

O demônio tá investindo pesado nas escolas, e nas família, levando uma cultura que destroem o homem e a mulher. Precisamos ser diferentes para tentar recuperar a beleza de ser homem e mulher de verdade. A crescente pertubação na sexualidade, estar também no campo da humanidade. Uma humanidade perturbada, em crise, reflete o seu pior. Com isso, muitas pessoas não desejam ser o que são, com a compreensão errada de que o ser humano, sendo homem ou mulher, é uma das piores espécie.

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