A dona de casa Cassiana da Silva deu à luz um casal de gêmeos há pouco mais de um mês, mas apenas um dos bebês foi diagnosticado com microcefalia. Ela e o marido, o frentista Edson Miguel, moram em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. O caso vem sendo acompanhado pelos médicos, que buscam entender por que um bebê tem a malformação e o outro, não.
Exames estão sendo feitos para identificar se, por acaso, a mãe teve zika durante a gestação. Cassiana chegou a apresentar algumas manchas vermelhas no braço, quando estava com quatro meses de gravidez, mas os médicos acreditavam que era mais um quadro de dengue – não havia a preocupação com o vírus da zika na época. “Foram só umas manchas na pele, não espalhou pelo corpo”, recorda a mãe.
Os bebês se chamam Edson e Melissa. A mãe, Cassiana, conta que fez o acompanhamento pré-natal, mas foi só depois do parto e de uma tomografia que ficou confirmado que a menina tinha, realmente, microcefalia. “No começo, eu não aceitei bem. Meu marido foi quem mais me apoiou. Ele sempre dizia que nossa filhinha era perfeita, não tinha nada”, recorda a dona de casa.
Os gêmeos foram gerados em placentas diferentes e, com isso, cada um se desenvolveu de forma independente. “O que geralmente chama a atenção é porque a gente imagina que as duas crianças estão dentro de um ambiente único, dividido apenas por algumas membranas. Por que uma apresenta complicações de uma doença e a outra não?”, questiona a neurologista Ana Van Der Linden.
A equipe médica que acompanha as crianças espera que o exame do líquido da espinha dorsal dos bebês possa ajudar a esclarecer o que houve. No exame, os pesquisadores buscam identificar anticorpos que podem ter sido produzidos pelo próprio organismo para combater a infecção pelo vírus da zika. “Aí entram de novo os estudos para a gente tentar entender o que tinha nas placentas, já que eles tinham placentas diferentes, e o que evitou que o vírus chegasse até um bebê e o que o levou a chegar até o outro”, aponta a pediatra Danielle Cruz.
Em Pernambuco, os pesquisadores já encontraram o anticorpo correlacionado ao vírus da zika em 34 bebês com microcefalia, de acordo com o último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do estado. Outros três casos deram negativo e um teve o resultado inconclusivo. Dos 1.546 casos notificados de microcefalia, 184 foram confirmados.
Os pais dos gêmeos esperam que o caso da família deles ajude a ciência a avançar nas pesquisas e encontrar uma forma de evitar novos casos de microcefalia. "Eu acho interessante para a medicina estudar. O nosso caso foi tão raro porque a menina nasceu com microcefalia e o menino não”, avalia o pai. “Eu sei que para as mães não vai ser fácil aceitar no começo, mas é dado por Deus, a gente deve aceitar. E se um teve outro não, eu sei que foi Deus, Deus que colocou a mão”, reforça a mãe.
Combate ao Aedes aegypti
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu aos países afetados pelo surto de zika que ampliem os métodos de combate ao vírus e defendeu o uso de novas técnicas para diminuir a população dos mosquitos transmissores da doença.
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) buscam diminuir a população do mosquito Aedes aegypti através da esterilização dos machos com radiação gama, em um teste que está sendo realizado no estado. O projeto piloto está liberando mosquitos no arquipélago de Fernando de Noronha. Os resultados devem começar a ser vistos em quatro meses.
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2016/02/mulher-tem-gemeos-e-apenas-um-nasce-com-microcefalia-em-pe.html
Vírus Zika: Vaticano recorda a ONU que não há desculpas para o aborto de crianças
Roma, 17 Fev. 16 / 02:00 pm (ACI).- A Missão do Observador Permanente da Santa Sé ante a ONU teve uma intervenção nesta terça-feira, 16 de fevereiro, avaliando um dos últimos problemas sociais e sanitários: o vírus Zika. A reunião foi convocada pelo Presidente do Conselho Econômico e Social e durante esta o Vaticano assegurou que não aceitam desculpas para “acabar com a vida de uma criança”.
Em sua declaração, a Santa Sé manifestou sua solidariedade com os governos da América Latina e toda a comunidade internacional na luta contra a emergência de saúde pública internacional provocada pelo vírus Zika e insistiu a todos os esforços para ajudar a região a deter a propagação do vírus e o cuidado das pessoas afetadas, especialmente os pobres e vulneráveis, os idosos, as crianças e os deficientes.
“Gostaríamos de chamar a atenção aos pobres e aos vulneráveis, especialmente os idosos, as crianças e os deficientes que podem ter maior risco de contrair o vírus e menos probabilidades de ter acesso imediato a prevenção, informação e tratamento médico. Necessitam de nossa máxima atenção e não devemos deixá-los de lado”, disse o Vaticano.
Uma das polêmicas que surgiu ultimamente apontou que mulheres grávidas infectadas com o vírus zika poderiam transmitir a doença aos seus bebês. Por isso, a Santa Sé assinalou que não existem trabalhos científicos concludentes que conectem o vírus Zika com a microcefalia e a síndrome de Guillain-gradeei (transtorno que faz com que o sistema imunológico danifique o sistema nervoso) e disse que por essa razão a vigilância em vez do pânico deve guiar o caminho a seguir. Parte da resposta eficaz à possibilidade de transmissão da mãe infectada ao seu filho deve ser a promoção da abstinência, sublinhou o Vaticano.
Por motivo do debate suscitado durante estes dias acerca deste tema, a Santa Sé manifestou sua profunda preocupação pelo apelo de alguns funcionários do governo, assim como o Escritório das Nações Unidas do Alto Comissionado para os Direitos Humanos, para a liberalização das leis deaborto e o acesso aos remédios abortivos em toda a região. “Acabar com a vida de uma criança não é uma decisão preventiva”, denunciou.
“No contexto deste vírus, as mães grávidas e seus bebês estão entre os mais vulneráveis”, disse o Observador Permanente durante a reunião na ONU. Por isso, “a suposta relação entre o Zika e a malformação dos bebês é uma grave preocupação e esta merece uma ação retificada da comunidade internacional”.
“É necessária uma melhor investigação a fim de determinar uma ligação entre o vírus, a microcefalia e a síndrome de Guillain-gradeei” embora “saibamos pela investigação e a informação atual que, felizmente, nem todas as mulheres grávidas que contraem o vírus correm o risco de que seus filhos nasçam com malformação”.
“Dadas as consequências potenciais na gravidez e na propagação da doença, é evidente que parte de uma resposta eficaz deve implicar a promoção da abstinência”, disse o Vaticano.
A Santa Sé recordou ainda que, “até a data, a transmissão do vírus foi comprovada principalmente através das picadas de mosquitos e poucas vezes de mãe para filho”.
Deste modo, o Vaticano defendeu que um diagnóstico de microcefalia, ou o medo a tal diagnóstico, não devem justificar uma sentença de morte, mas devemos solicitar a proteção e o cuidado de outros, de acordo com sua dignidade e a obrigação de “proteger toda a vida humana, sadia ou deficiente, com o mesmo grau de compromisso, sem esquecer de ninguém”.
“Estamos profundamente preocupados com o recente apelo feito por alguns funcionários do governo, assim como pelo Escritório do Alto Comissionado para os Direitos Humanos, a fim de liberar as leis de aborto e o acesso aos remédios abortivos como um meio para evitar o nascimento de crianças com malformação”.
“Deste modo, não só estão aumentando o acesso ao aborto e abortivos, uma resposta ilegítima a esta crise, mas também acaba com a vida de uma criança, o que fundamentalmente não é preventivo”, disse.
Em vez disso, “a promoção de uma política tão radical é a confirmação de um fracasso da comunidade internacional para deter a propagação da doença e para desenvolver e proporcionar às mulheres grávidas o tratamento médico que seus filhos necessitam, a fim de evitar o desenvolvimento de defeitos congênitos ou de suavizar seus efeitos e chegar ao fim da gestação”, pediu a Santa Sé na ONU.
http://www.acidigital.com/noticias/virus-zika-vaticano-recorda-a-onu-que-nao-ha-desculpas-para-o-aborto-de-criancas-26833/
Nota do moderador sobre a materia em exposição
Julio Cesar Carneiro disse:
A dona de casa Cassiana da
Silva deu à luz um casal de gêmeos há pouco mais de um mês, mas apenas um dos
bebês foi diagnosticado com microcefalia. Ela e o marido, o frentista Edson
Miguel, moram em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. O caso
vem sendo acompanhado pelos médicos, que buscam entender por que um bebê tem a
malformação e o outro, não.
As situações vão cada vez mais comprovando essa
distancia entre o vírus e a microcefalia. Os dois bebês poderiam ter contraído o
vírus, se existisse a real possibilidade de danos lesivos do mesmo as crianças
em desenvolvimento. Essas crianças tem uma lama, e um coração. Elas são
perfeita. Elas vieram e ainda virão ao mundo, para que essa humanidade aprenda
amar a vida e ser mais respeitosa para com ela.
“No começo, eu não aceitei
bem. Meu marido foi quem mais me apoiou. Ele sempre dizia que nossa filhinha
era perfeita, não tinha nada”, recorda a dona de casa.
Essa é uma atitude de um verdadeiro homem: “Ele sempre dizia que nossa filhinha era
perfeita, não tinha nada” – Quem ama de verdade, não encontra imperfeição. A
imperfeição, o que não gostamos, o que rejeitamos, começa nasce dentro de nós,
e não no que o outro produz. As rejeições estão dentro de nós, que não sabemos
acolher e amar o outro. Se, eu não amo de forma ordenada, não vou amar o outro
de verdade. Esse pai, vai ensinando muito marmanjo a ser pai de verdade.
Os gêmeos foram gerados em
placentas diferentes e, com isso, cada um se desenvolveu de forma independente.
“O que geralmente chama a atenção é porque a gente imagina que as duas crianças
estão dentro de um ambiente único, dividido apenas por algumas membranas. Por
que uma apresenta complicações de uma doença e a outra não?”, questiona a
neurologista Ana Van Der Linden. – Respondo Drª. Porque cada vez mais, vai se notando o
distanciamento entre o vírus e a microcefalia. Mesmo que fosse o vírus, o
inimigo, o problema, não é a criança, e sim o mosquito. É o mosquito que tem
que ser eliminado e não a criança.
“Eu sei que para as mães não
vai ser fácil aceitar no começo, mas é dado por Deus, a gente deve
aceitar. E se um teve outro não, eu sei que foi Deus, Deus que colocou a
mão”, reforça a mãe – Cara! Eu amo essa mulher.
Ela entendeu tudo. Ela entendeu a Cruz. Claro, ela queria uma criança perfeita,
ou que as duas nascessem perfeitas. Ela compreendeu o porque da outra. Deus
colocou a mão para que dessa criança, o amor fosse perfeito. Quem ama, é
perfeito. Quem ama de verdade, é perfeito, é ordenado.
Não podemos eliminar a vida. Toda vida é preciosa. Se,
queremos ser perfeitos de verdade, amemos, amemos com toda a força do nosso
coração. Amor gera amor, o amor constrói, restaura, cura, liberta.
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