Na Missa desta sexta-feira, 5, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco falou da humildade de Deus. Ele explicou que o estilo de Deus não é o estilo do homem, porque Ele vence com a humildade, como demonstra o fim do maior dos profetas, João Batista, que preparou o caminho a Cristo e depois, colocou-se de lado.
O “maior” dos homens, o “justo e santo” que preparou o povo para a chegada do Messias, termina decapitado na escuridão de uma cela, sozinho e condenado ao ódio vingativo de uma rainha e à covardia de um rei submisso. Assim, Deus vence, comentou o Papa Francisco, relendo, na homilia, o Evangelho que narra a morte de João Batista.
“João Batista: o maior homem nascido de uma mulher: assim diz a fórmula de canonização de João. Esta fórmula não foi dita por um Papa, mas por Jesus, o homem que é o maior jamais nascido de uma mulher. O maior Santo: assim, Jesus o canonizou. E terminou no cárcere, degolado, e sua última frase foi quase uma renúncia: ‘Os discípulos de João, ao saber do fato, vieram, pegaram o cadáver e o colocaram no sepulcro’. Assim terminou o maior homem nascido de uma mulher’. Um grande profeta; o único a quem foi concedido ver a esperança de Israel”.
O maior tormento
Francisco não parou na evidência do Evangelho e tentou entrar na cela de João, escavar na alma da voz que gritou no deserto e batizou multidões em nome Daquele que ainda viria, e que agora estava acorrentado não só aos ferros do cativeiro, mas provavelmente à incerteza que o devastava, apesar de tudo.
“Ele sofreu na prisão, também a tortura interior da dúvida: Talvez, eu estivesse errado? Este Messias não é como eu imaginava que devia ser o Messias… ‘. E ele enviou seus discípulos para perguntar a Jesus: ‘Mas, diga, diga a verdade: és Tu quem deve vir?’, porque aquela dúvida lhe fazia sofrer. ‘Eu cometi um erro ao anunciar alguém que não é? Eu enganei as pessoas?’. O sofrimento, a solidão interior deste homem”.
Humilde até o fim
“Diminuir, diminuir, diminuir, assim foi a vida de João”, frisou o Papa. João Batista foi um grande homem, que não procurou a própria glória, mas a de Deus, e que termina no anonimato. Mas, com essa sua atitude, concluiu Francisco, preparou o caminho para Jesus, que morreu da mesma forma, em agonia, sozinho, sem os discípulos.
“Irá nos fazer bem ler hoje esta passagem do Evangelho, o Evangelho de Marcos, capítulo VI. Ler esta passagem, para ver como Deus vence: o estilo de Deus não é o estilo do homem. Peça ao Senhor a graça da humildade que tinha João, e não atribuir os méritos ou glórias de outros. E acima de tudo, a graça de que na nossa vida haja sempre o lugar, para que Jesus cresça e que diminuamos, até o fim”.
http://papa.cancaonova.com/o-estilo-de-deus-e-a-humildade-diz-papa-em-homilia/
Nota do Moderador desse blog, sobre a materia em exposição
Julio Cesar disse:
Humildade é a qualidade
de quem age com simplicidade, uma característica das pessoas que sabem assumir as suas
responsabilidades, sem arrogância, prepotência ou soberba. Em teoria, a humildade é tida como uma
qualidade bastante positiva e benéfica, onde ninguém é pior ou melhor
do que os outros, estando todos no mesmo nível de dignidade, de
cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade. A humildade é um sentimento
de extrema importância, porque faz a pessoa reconhecer suas próprias
limitações, com modéstia e ausência de orgulho.
A humildade
somente se adquiri, estando intimamente relacionado com Deus. O exemplo mais
belo e real de humildade, estar em Maria Santíssima. Deus desenhou essa
qualidade em Maria. No intimo relacionamento com Deus, o homem se refaz. O
homem se transforma. O homem conhece quem ele é, e quem é Deus.
O
homem sabe que ele não se possui, e não se pertence. O homem reconhece que é
obra das mãos de Deus. Sopro do amor de Deus. A humildade nos faz homens e
mulheres prontos a viver nesse mundo tão desigual. A humildade me faz ver que
EU não sou o centro do universo. Ou, que não domino tudo. Reconheço que sou limitado,
e preciso da ajuda de outro para seguir, para aprender. Pertenço a uma
multidão.
A humildade,
nos faz ver o quanto somos importantes para Deus e para o outro. Ou, o quanto o
outro é importante para mim, para minha formação humana. O outro se torna um laboratório
para que eu aprenda amar de verdade, e de forma ordenada. Na humildade, o homem
se reconhece, o homem é ordenado para o amor. Tudo nele, parece seguir uma
logica real.
O que
irritou Herodes, e herodiades, bem como a sua filha, é o fato de São João
Batista ser diferente. Ou, São João Batista, falar a verdade. A verdade
incomoda a muitos. A humildade de muitos, irrita esse sistema doentio. Um
sistema mundial incomodado com as mudanças de atitudes de muitas pessoas, isso
vai gerando perdas, e o inferno para de receber tantas almas. O mundo estar tão
mergulhado no pecado, que ao mínimo toque de apresentar algo diferente, existe
aquela hostilidade de que é lembrado de que estar no lugar errado, ou estar na
forma errada de vida.
Onde
entra Satanás aqui? Como pode estar Satanás a incitar o homem a se revoltar
contra os seus semelhantes, quando esses, se apresentam de forma diferente da
dele? Respondo: O pecado alterou a
nossa visão de felicidade. As nossas vontades estão muito desordenadas. Quando nascemos,
não estamos ainda prontos, com relação acerca da vida. Vamos aprendendo aos
poucos o que é a vida. Quando vamos crescendo, sempre estamos em meio a
culturas, e forma de vida, que vamos copiando, achando que seja certo. Ou,
vivenciando traumas, crises, que vai mudando o nosso conceito e forma de vida. E,
lamentavelmente, vamos acreditando que a vida seja essa de fato, na qual
escolhemos, ou o que nos apresentaram como certa.
E,
por estarmos tão envolvidos nessa realidade, tão feridos, tão machucados por
causa de tudo, ao mínimo toque de alguém para nos ajudar a seguir outro
caminho, logo nos revoltamos. Há hostilidade de nossa parte, porque queremos
agir de maneira infantil, fazendo as coisas erradas, como se fossem certas. O
pior, achamos que as nossas atitudes infantis, não existe um resultado trágico depois.
Acreditamos somente no aqui e no agora. O homem NÃO acredita, ou não aceita que
foi criado para um plano maior do que esse que ele vive. O demônio fica a nos
envolver em mentiras, se aproveitando de nossas falhas, para dizer que Deus não
presta, e não nos deixa ser “feliz” ao nosso modo.
Foi
nessa situação, que aconteceu com São João Batista, e com tantos outros, até no
dia de hoje. Ser diferente, comporta perdas. Ser diferente, comporta ser
perseguido, rejeitado ser taxado de louco. O mundo NÃO aceita esse tipo de
vida. Mas, não tenhamos medo de arriscar tudo por Deus. Dói. Dói muito, eu sei.
Mas, não existe nenhuma vantagem positiva, em ser como o mundo deseja. Não
existe nenhuma realização no pecado. O pecado somente traz a morte. Morte nessa
vida, e na outra. Nascemos para o céu. Nascemos para sermos livres e não
escravos do pecado, das mentiras. Nascemos para um amor ordenado, e não
interesseiro, doentio, possessivo.
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