terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de menina”



Vire e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre “As vantagens de ser mãe de menina” ou “Por que é bom ser mãe de menino”: “meninos não tem frescura”, “meninas são mais delicadas”, “eles são mais corajosos”, “elas são mais choronas” e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel? Ao entrevistar recentemente uma pesquisadora para uma reportagem sobre o desenvolvimento das crianças ela me contou que sim, os meninos costumam ser mais hábeis motoramente. Mas a razão disso não é genética e sim ambiental. Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros, escalar os brinquedos do playground enquanto as meninas não, veja bem, vai sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha, não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a ideia de que os meninos são mais “aventureiros” e “danados” e as meninas mais “cuidadosas”. Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Semana passada li no Facebook um post sensacional do músico João Erbetta, pai de Martina, 7 anos, e Júlia, 5 meses. Ele contava a história de uma festa infantil de um amiguinho de Martina, no dia anterior à postagem. O tema era “futebol” e, por isso, muitas meninas e meninos se vestiram a caráter, com camisas de times. Haveria também um mini campeonato, com direito a medalha e troféu aos vencedores. Mas as garotas, mesmo aquelas que estavam no clima, eram estimuladas a se divertir em “brincadeiras de menina”: pula-pula e escorregador. “Entre chutes a gol esporádicos elas eram levadas a brincar de pega-pega ou encorajadas a pular corda. Nas raras vezes com a bola no pé, longe dos meninos, vi uma delas, compenetradíssima, dominar a redonda na intermediária , driblar três colegas e marcar um golaço num goleiro imaginário. Vi essa mesma guria colada à grade, vendo o jogo ‘sério’ dos meninos, com um semblante interpretado por mim como 20% de vontade estar junto deles, 20% não compreendendo o porque de não estar e 60% de resignação, pois ‘o mundo é assim mesmo’. Voltei para casa triste para dedéu, sem saber direito o que fazer diante desse lance todo. Fiz o que pude: repeti para a minha filha que nunca, nunca da vida dela ela deve se sentir inferior pelo fato de ser uma menina.”

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer que “tudo bem” as mães ou babás ficavam à vontade em deixa-lo empurrar as bonecas ou carrega-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro? Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era fabricado: só havia pias rosa e lilás. “Esse brinquedo é de menina”, alertou a vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não percebido o “engano” ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa lavar louça é uma atividade unissex, que pai do meu filho encara muito prato e panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu leva-lo à reflexão:

“Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa em ordem?” E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina. Olhe ao redor de qualquer loja. Para os meninos há super-heróis, bombeiros, astronautas. Para elas princesas (submissas), geladeiras, ferros de passar, bonecas para trocar fralda. Para eles: naves espaciais, pistas de corrida, kits de cientista. Para elas: bonecas loiras com cinturas impossíveis. Na escola não é diferente. Uma amiga me contou que entre as atividades extracurriculares da filha, há ballet e judô. No mesmo dia e horário. Se a filha quiser fazer judô, terá que abrir mão do ballet. Mas ela sabe que a escola montou os horários dessa forma acreditando que uma aula é para as meninas e outra para os meninos. Por que aprisionar nossos filhos dessa forma?

E para quem gosta de listas, proponho uma única: “As vantagens de ser mãe de uma criança feliz.” É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não determinar como meu filho pode ou não ser.


http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ser-mae/a-crueldade-de-dividir-o-mundo-entre-coisas-de-menino-e-coisas-de-menina/


Nota do moderador sobre a materia em exposição 




Julio Cesar Carneiro disse:

Vamos começar a trabalhar pelo titulo da matéria:  “A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de menina”. Crueldade? Como assim? Porque? Porque meninos não podem ser meninos, e ter coisas, e brinquedos de menino? Porque meninas, não podem ser meninas, e ter coisas e brinquedos de meninas? Onde estar a crueldade aqui? O homem tem que ser cada vez mais homem, e a mulher, cada vez mais mulher, para que ambos estejam de fato ordenados para o amor. Homens e mulheres ordenados no amor de Deus se completam, se amam, são felizes, livres, e não escravos do pecado, da moda, ou de conceitos furados.

Tenho dois filhos homens, e os ensino a serem cada vez mais HOMENS de verdade. E, se tivesse filhas mulheres, as ensinaria a ser cada vez mais mulheres. Temos que ensinar as pessoas a se amarem como são, e não desprezar a sua humanidade e sexualidade. Colocar as pessoas em conflito com a sua humanidade e sexualidade, vamos formar pessoas com problemas de comportamento sérios, depressivas, insatisfeita, incompletas. Será que, o homem só vai ser homem de verdade, se ele estiver lavando louças, vestindo roupas de mulheres, ou brincando com brinquedos de mulheres? Onde estar isso? Onde estar os estudos sérios sobre isso?  Da mesma forma também as mulheres. Onde estar os estudos?

O homem, e a mulher, só vão ser ordenados para o amor, quando eles forem formados dentro de casa, já no berço, para a verdade. Pais ordenados, teremos filhos ordenados, sociedade equilibrada. Todo bem que esperamos da sociedade, parte de dentro de casa, da relação dos pais para com Deus, e para com os filhos. Sem Deus, o ser humano é nada. Sem Deus o ser humano NÃO sabe amar de forma ordenada e verdadeira, seja ele homem ou mulher. Homem e mulher, tem que aprender que, ambos nasceram para se completar, e não criar uma guerra entre os sexos.

É lamentável que exista em varias sociedades homens que para se sentirem poderosos, tenham que escravizar, e matar suas mulheres. Ou, que simplesmente, tenham um tipo Harém dentro de casa. Quando o homem possui muitas mulheres, ele não ama nenhuma delas. Existe um amor desordenado, interesseiro, mentiroso. Da mesma forma também a mulher. Há muitas mulheres que preferem estar relacionadas com muitos homens. Ambos buscam um tipo de felicidade que não existe. Somente em Deus nos sentimos completos e realizados, curados, ordenados para o amor. Toda humanidade precisa encontra-se com Deus.

Vamos entender o tipo de relação entre os sexos:

Gênesis 3:1-12: Ora, a serpente era mais astuta que todas as animais do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.

O demônio não queria somente que Adão e Eva desobedecessem a Deus. O demônio anunciava assim, uma grande divisão entre os sexos. Vejamos que Adão, não coloca a culpa somente na Mulher, ele também culpa a Deus por ele ter colocado a mulher para dividir o paraiso. O demônio conseguiu o que queria. E, com isso, vemos por muito tempo essa divisão. Deus enviou o seu Filho Jesus Cristo a esta terra para restaurar todas as coisas. O amor de Deus explicou tudo. O amor de explicou que somos um todo, e não uma divisão. Somos um corpo unido ao Dele, porque pertencemos a ELE. Porque fomos criados para sermos diferente. Fomos criados para a beleza, para o amor ordenado, e não um amor desordenado, desequilibrado, interesseiro.


Toda sociedade perturbada com tantas coisas, e muitas culturas, vai ferindo cada vez mais essa relação. Essa pertubação que vemos, denigre a imagem das pessoas, tentando inverter a sua formação, deformando todas as coisas, colocando o homem como inimigo da mulher, ou, a mulher como inimiga do homem. O homem acha que, para ser “feliz e realizado”, precisa usar todas, e depois descarta-las. A Mulher acha também que, para ser “feliz e realizada” precisa estar no mesmo pé de igualdade desordenada dos homens. Os homens e mulheres tem que começarem a perceber que, agindo dessa forma desordenada, quem ganha com isso, é o demônio. Sem saber, estamos fazendo a vontade dele, e não a de Deus. Não existe Paz, amor, ordem de todas as coisas, se ambos (homens e mulheres), não se permitirem serem moldados por Deus. 

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