Vire
e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre “As vantagens de ser mãe de
menina” ou “Por que é bom ser mãe de menino”: “meninos não tem frescura”,
“meninas são mais delicadas”, “eles são mais corajosos”, “elas são mais
choronas” e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver
estereótipos de gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já
pensou que seu filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser
ou sentir não cabe em listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como
ele deve ser ou se comportar dependendo de seu gênero pode ser muito, muito
cruel? Ao entrevistar recentemente uma pesquisadora para uma reportagem sobre o
desenvolvimento das crianças ela me contou que sim, os meninos costumam ser
mais hábeis motoramente. Mas a razão disso não é genética e sim ambiental. Aos
meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros, escalar
os brinquedos do playground enquanto as meninas não, veja bem, vai sujar seu sapato
de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha, não é assim
que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a ideia de que os
meninos são mais “aventureiros” e “danados” e as meninas mais “cuidadosas”.
Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.
Semana
passada li no Facebook um post sensacional do músico João Erbetta, pai de
Martina, 7 anos, e Júlia, 5 meses. Ele contava a história de uma festa infantil
de um amiguinho de Martina, no dia anterior à postagem. O tema era “futebol” e,
por isso, muitas meninas e meninos se vestiram a caráter, com camisas de times.
Haveria também um mini campeonato, com direito a medalha e troféu aos vencedores.
Mas as garotas, mesmo aquelas que estavam no clima, eram estimuladas a se
divertir em “brincadeiras de menina”: pula-pula e escorregador. “Entre
chutes a gol esporádicos elas eram levadas a brincar de pega-pega ou
encorajadas a pular corda. Nas raras vezes com a bola no pé, longe dos meninos,
vi uma delas, compenetradíssima, dominar a redonda na intermediária , driblar
três colegas e marcar um golaço num goleiro imaginário. Vi essa mesma guria
colada à grade, vendo o jogo ‘sério’ dos meninos, com um semblante interpretado
por mim como 20% de vontade estar junto deles, 20% não compreendendo o porque
de não estar e 60% de resignação, pois ‘o mundo é assim mesmo’. Voltei para
casa triste para dedéu, sem saber direito o que fazer diante desse lance todo.
Fiz o que pude: repeti para a minha filha que nunca, nunca da vida dela ela
deve se sentir inferior pelo fato de ser uma menina.”
Ser
menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que “tudo bem” as mães ou babás ficavam à vontade em deixa-lo empurrar as
bonecas ou carrega-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de
brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro? Uma vez, em uma loja
de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma pia que funcionava de
verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para que eu comprasse. As
opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era fabricado: só havia
pias rosa e lilás. “Esse brinquedo é de menina”, alertou a vendedora, cheia de
boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não percebido o “engano” ao
considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa lavar louça é uma
atividade unissex, que pai do meu filho encara muito prato e panela suja e, por
isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu filho saiu da
loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma cor,
como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu leva-lo à reflexão:
“Quantas
pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa em
ordem?” E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao acreditar
que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina. Olhe ao redor de
qualquer loja. Para os meninos há super-heróis, bombeiros, astronautas. Para
elas princesas (submissas), geladeiras, ferros de passar, bonecas para trocar
fralda. Para eles: naves espaciais, pistas de corrida, kits de cientista. Para
elas: bonecas loiras com cinturas impossíveis. Na escola não é diferente. Uma
amiga me contou que entre as atividades extracurriculares da filha, há ballet e
judô. No mesmo dia e horário. Se a filha quiser fazer judô, terá que abrir mão
do ballet. Mas ela sabe que a escola montou os horários dessa forma acreditando
que uma aula é para as meninas e outra para os meninos. Por que aprisionar
nossos filhos dessa forma?
E
para quem gosta de listas, proponho uma única: “As vantagens de ser mãe de uma
criança feliz.” É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.
http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ser-mae/a-crueldade-de-dividir-o-mundo-entre-coisas-de-menino-e-coisas-de-menina/
Julio Cesar Carneiro disse:
Nota do moderador sobre a materia em exposição
Julio Cesar Carneiro disse:
Vamos
começar a trabalhar pelo titulo da matéria: “A
crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de menina”. Crueldade?
Como assim? Porque? Porque meninos não podem ser meninos, e ter coisas, e
brinquedos de menino? Porque meninas, não podem ser meninas, e ter coisas e
brinquedos de meninas? Onde estar a crueldade aqui? O homem tem que ser cada
vez mais homem, e a mulher, cada vez mais mulher, para que ambos estejam de
fato ordenados para o amor. Homens e mulheres ordenados no amor de Deus se
completam, se amam, são felizes, livres, e não escravos do pecado, da moda, ou
de conceitos furados.
Tenho dois
filhos homens, e os ensino a serem cada vez mais HOMENS de verdade. E, se
tivesse filhas mulheres, as ensinaria a ser cada vez mais mulheres. Temos que
ensinar as pessoas a se amarem como são, e não desprezar a sua humanidade e
sexualidade. Colocar as pessoas em conflito com a sua humanidade e sexualidade,
vamos formar pessoas com problemas de comportamento sérios, depressivas,
insatisfeita, incompletas. Será que, o homem só vai ser homem de verdade, se
ele estiver lavando louças, vestindo roupas de mulheres, ou brincando com brinquedos
de mulheres? Onde estar isso? Onde estar os estudos sérios sobre isso? Da mesma forma também as mulheres. Onde estar
os estudos?
O homem, e a
mulher, só vão ser ordenados para o amor, quando eles forem formados dentro de
casa, já no berço, para a verdade. Pais ordenados, teremos filhos ordenados,
sociedade equilibrada. Todo bem que esperamos da sociedade, parte de dentro de
casa, da relação dos pais para com Deus, e para com os filhos. Sem Deus, o ser
humano é nada. Sem Deus o ser humano NÃO sabe amar de forma ordenada e
verdadeira, seja ele homem ou mulher. Homem e mulher, tem que aprender que,
ambos nasceram para se completar, e não criar uma guerra entre os sexos.
É lamentável
que exista em varias sociedades homens que para se sentirem poderosos, tenham
que escravizar, e matar suas mulheres. Ou, que simplesmente, tenham um tipo
Harém dentro de casa. Quando o homem possui muitas mulheres, ele não ama
nenhuma delas. Existe um amor desordenado, interesseiro, mentiroso. Da mesma
forma também a mulher. Há muitas mulheres que preferem estar relacionadas com
muitos homens. Ambos buscam um tipo de felicidade que não existe. Somente em Deus nos sentimos completos e realizados, curados, ordenados para o amor. Toda humanidade precisa encontra-se com Deus.
Vamos
entender o tipo de relação entre os sexos:
Gênesis
3:1-12: Ora, a serpente
era mais astuta que todas as animais do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E
esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do
jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim
comeremos, Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse
Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a
serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que
no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus,
sabendo o bem e o mal. E viu a
mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a
seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos,
e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si
aventais. E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela
viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus,
entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe:
Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque
estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu?
Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então
disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
O demônio não queria somente que Adão e Eva
desobedecessem a Deus. O demônio anunciava assim, uma grande divisão entre os
sexos. Vejamos que Adão, não coloca a culpa somente na Mulher, ele também culpa
a Deus por ele ter colocado a mulher para dividir o paraiso. O demônio conseguiu
o que queria. E, com isso, vemos por muito tempo essa divisão. Deus enviou o
seu Filho Jesus Cristo a esta terra para restaurar todas as coisas. O amor de
Deus explicou tudo. O amor de explicou que somos um todo, e não uma divisão.
Somos um corpo unido ao Dele, porque pertencemos a ELE. Porque fomos criados
para sermos diferente. Fomos criados para a beleza, para o amor ordenado, e não
um amor desordenado, desequilibrado, interesseiro.
Toda sociedade perturbada com tantas coisas, e
muitas culturas, vai ferindo cada vez mais essa relação. Essa pertubação que vemos, denigre a imagem das pessoas, tentando inverter a sua formação, deformando todas as coisas, colocando o homem como inimigo da mulher, ou, a mulher como inimiga do homem. O homem acha que, para
ser “feliz e realizado”, precisa usar todas, e depois descarta-las. A Mulher
acha também que, para ser “feliz e realizada” precisa estar no mesmo pé de
igualdade desordenada dos homens. Os homens e mulheres tem que começarem a
perceber que, agindo dessa forma desordenada, quem ganha com isso, é o demônio.
Sem saber, estamos fazendo a vontade dele, e não a de Deus. Não existe Paz,
amor, ordem de todas as coisas, se ambos (homens e mulheres), não se permitirem
serem moldados por Deus.
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